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16/03/2007 - 11h32

Taleban anuncia morte de motorista de jornalista seqüestrado em Cabul

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da Folha Online

O motorista afegão seqüestrado ao lado do jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo, 52, há 11 dias no Afeganistão foi executado, anunciou nesta sexta-feira a agência de notícias afegã Pajhwok, citando um porta-voz do mulá Dadullah --importante líder taleban.

De acordo com a agência, que cita uma fonte que se apresentou como Shahbuddin Atao, o motorista Sayed Agha foi "considerado culpado" de espionagem e foi executado pela milícia.

Ontem, o jornalista do "La Repubblica" fez um apelo para que as autoridades cumpram as exigências dos seqüestradores, afirmando que, caso contrário, seria morto em dois dias.

"Eles vão nos matar", disse a voz atribuída a Mastrogiacomo em uma gravação de áudio divulgada pela agência Pajhwok. "Há apenas dois dias, por favor", diz.

A agência de notícias não informou como a gravação foi obtida, nem quando foi feita.

14.mar.2007/AP
Jornalista Daniele Mastrogiacomo, aparece em vídeo divulgado pelo "La Repubblica"
Jornalista Daniele Mastrogiacomo, aparece em vídeo divulgado pelo "La Repubblica"
Mastrogiacomo foi seqüestrado na Província de Helmand (sul) ao lado de dois afegãos. De acordo a milícia Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão], a quem se atribui o seqüestro, ele confessou ter servido de espião para as tropas britânicas destacadas no país.

O jornal "La Repubblica", negou que Mastrogiacomo, que trabalha desde 1980 para o jornal, seja um espião. Ele estava no Afeganistão desde 28 de fevereiro.

No início do aúdio divulgado ontem pela agência Pajhwok, um suposto comandante Taleban ordena que um subordinado force o jornalista a fazer a gravação.

A Pajhwok é uma agência de notícias privada que mantém repórteres em todo o país.

Ameaça

No começo desta semana, uma agência paquistanesa de notícias informou que o Taleban teria ameaçado matar o jornalista e os dois afegãos que o acompanhavam na sexta-feira.

Anteriormente, o grupo havia dito que libertaria Mastrogiacomo caso ele provasse sua inocência. Depois, um porta-voz do Taleban afirmou que a milícia mudou de idéia depois que o Parlamento italiano decidiu manter os 1.900 soldados destacados no Afeganistão.

O Taleban exige que a Itália retire suas tropas do país em troca da libertação dos reféns.

O governo italiano pediu que os seqüestradores provem que Mastrogiacomo está vivo.

Outro jornalista italiano, Gabriele Torsello, foi seqüestrado na mesma Província de Helmand em outubro, e ficou em cativeiro durante três semanas antes de ser libertado.

Especial
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