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18/03/2007
-
10h03
da Efe, em Londres
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, afirmou ser possível que o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sejam processados algum dia pelos crimes cometidos no Iraque.
Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Telegraph", Moreno disse que se disporia a coordenar uma investigação nesse sentido. Além disso, pediu aos países árabes, principalmente ao Iraque, que reconheçam o tribunal, para que seja possível a apresentação de uma denúncia.
Perguntado se acreditava na possibilidade de Blair e Bush se sentarem algum dia no banco do Tribunal de Haia para responder aos supostos crimes da Guerra do Iraque, o procurador afirmou que "certamente há uma possibilidade".
"Qualquer país que aderir ao Tribunal sabe que qualquer um que cometa um delito em seu território pode ser processado por mim", disse Moreno.
Segundo o jornal, o embaixador iraquiano nas Nações Unidas, Hamid al-Bayati, disse que o país planeja aderir ao Estatuto de Roma, que estabeleceu o TPI, do qual é membro o Reino Unido, mas não os Estados Unidos, que rejeitam a jurisdição do Tribunal.
Na entrevista, Moreno expressou sua frustração com o fato de alguns países muçulmanos verem o tribunal como favorável aos interesses ocidentais, a ponto de o ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, ter anunciado planos para a constituição de um tribunal alternativo.
Embora não seja membro do TPI, o governo do Sudão, que está sendo investigado por sua participação no massacre de civis na região de Darfur, pediu à corte que investigue as atividades da coalizão anglo-americana no Iraque, segundo a publicação.
Moreno destaca que os países árabes poderão ser ouvidos se aderirem ao tribunal, que poderia abrir investigação se a ONU pedir, como acontecei no caso de Darfur, ou se um país-membro apresentar uma reivindicação.
Ainda segundo o "Sunday Telegraph", dias antes da invasão do Iraque em 2003, o então presidente iraquiano, Saddam Hussein, também teria expressado a intenção de aderir ao TPI.
Se o país árabe tivesse aderido, acrescenta o jornal, as ações dos EUA contra o Iraque se enquadrariam na jurisdição do tribunal. Moreno afirma que ainda é possível iniciar uma investigação sobre os supostos delitos das potências ocidentais no Iraque, se o país aderir ao Estatuto de Roma.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre tribunais internacionais
Tribunal Internacional pode processar Bush e Blair, diz procurador
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O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, afirmou ser possível que o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sejam processados algum dia pelos crimes cometidos no Iraque.
Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Telegraph", Moreno disse que se disporia a coordenar uma investigação nesse sentido. Além disso, pediu aos países árabes, principalmente ao Iraque, que reconheçam o tribunal, para que seja possível a apresentação de uma denúncia.
Perguntado se acreditava na possibilidade de Blair e Bush se sentarem algum dia no banco do Tribunal de Haia para responder aos supostos crimes da Guerra do Iraque, o procurador afirmou que "certamente há uma possibilidade".
"Qualquer país que aderir ao Tribunal sabe que qualquer um que cometa um delito em seu território pode ser processado por mim", disse Moreno.
Segundo o jornal, o embaixador iraquiano nas Nações Unidas, Hamid al-Bayati, disse que o país planeja aderir ao Estatuto de Roma, que estabeleceu o TPI, do qual é membro o Reino Unido, mas não os Estados Unidos, que rejeitam a jurisdição do Tribunal.
Na entrevista, Moreno expressou sua frustração com o fato de alguns países muçulmanos verem o tribunal como favorável aos interesses ocidentais, a ponto de o ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, ter anunciado planos para a constituição de um tribunal alternativo.
Embora não seja membro do TPI, o governo do Sudão, que está sendo investigado por sua participação no massacre de civis na região de Darfur, pediu à corte que investigue as atividades da coalizão anglo-americana no Iraque, segundo a publicação.
Moreno destaca que os países árabes poderão ser ouvidos se aderirem ao tribunal, que poderia abrir investigação se a ONU pedir, como acontecei no caso de Darfur, ou se um país-membro apresentar uma reivindicação.
Ainda segundo o "Sunday Telegraph", dias antes da invasão do Iraque em 2003, o então presidente iraquiano, Saddam Hussein, também teria expressado a intenção de aderir ao TPI.
Se o país árabe tivesse aderido, acrescenta o jornal, as ações dos EUA contra o Iraque se enquadrariam na jurisdição do tribunal. Moreno afirma que ainda é possível iniciar uma investigação sobre os supostos delitos das potências ocidentais no Iraque, se o país aderir ao Estatuto de Roma.
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