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21/03/2007
-
10h25
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washington
O Brasil e os EUA não vão "etanolizar" sua relação, no sentido de que não restringirão a colaboração entre os países ao entendimento sobre biocombustíveis anunciado em São Paulo. Quem afirma é o responsável pela América Latina do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon.
O diplomata incorporou neologismo usado em pergunta feita por um assessor do senador republicano Richard Lugar durante evento ontem à tarde, em Washington, que queria saber que outras questões serão discutidas no novo encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, marcado para o fim do mês.
"Não, não vamos 'etanolizar' a relação, porque há muito mais fazer", afirmou Shannon, na resposta. Os dois líderes realizam novo encontro em 31 de março, em Camp David, retiro presidencial no Estado de Maryland, vizinho a Washington, 22 dias depois de se reunirem no Brasil, quando anunciaram um memorando bilateral sobre biocombustíveis.
O diplomata não quis adiantar a nova agenda, definindo-a como um "trabalho em andamento", mas afirmou que ultrapassará o tema. "Há muito o que falar", disse Shannon, pois se tratam de "dois grandes países, duas grandes economias, duas grandes democracias, as duas maiores democracias no hemisfério ocidental, com vários interesses em comum não só na região mas no mundo e muitos negócios inconclusos".
Indagado sobre se os dois presidentes fariam um novo anúncio de peso como o dos biocombustíveis, o norte-americano desviou-se da questão. "Vamos ter uma agenda cheia", disse. "Mas temo que não possa revelar se vamos fazer um anúncio tão grande quanto o memorando, talvez tenha de perguntar ao Antonio [Patriota, embaixador do Brasil em Washington, que estava na platéia], que está balançando a cabeça sabiamente."
De qualquer maneira, adiantou que o próximo encontro tratará também de procurar maneiras de "promover prosperidade econômica e estabilidade democrática" na América Latina. "Brasil e EUA podem mostrar que grandes democracias, via diálogo e cooperação, podem ajudar a determinar uma agenda internacional maior, focada em preservar liberdades individuais e promover prosperidade ao combater a pobreza."
O diplomata chegaria a qualificar elogiosamente de "impressionante" a declaração do presidente Lula de que o memorando bilateral representava não só um novo momento para a indústria, "mas possivelmente um novo momento para a humanidade".
"É uma declaração impressionante, especialmente quando feita por alguém como o presidente Lula, mas eu acho que captura de certa maneira o que nós consideramos ser o poder simbólico desse acordo de biocombustíveis".
"Face humana"
O diplomata fazia um balanço da recente viagem de George W. Bush pela América Latina, promovido pelo Diálogo Interamericano, centro de estudos especializado na relação EUA/América Latina, com sede em Washington. Um dos principais objetivos do giro, afirmou, foi apresentar efetivamente "a face humana" dos EUA à região.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o etanol
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
Leia o que já foi publicado sobre Thomas Shannon
Brasil e EUA não vão "etanolizar" sua relação
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da Folha de S.Paulo, em Washington
O Brasil e os EUA não vão "etanolizar" sua relação, no sentido de que não restringirão a colaboração entre os países ao entendimento sobre biocombustíveis anunciado em São Paulo. Quem afirma é o responsável pela América Latina do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon.
O diplomata incorporou neologismo usado em pergunta feita por um assessor do senador republicano Richard Lugar durante evento ontem à tarde, em Washington, que queria saber que outras questões serão discutidas no novo encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, marcado para o fim do mês.
"Não, não vamos 'etanolizar' a relação, porque há muito mais fazer", afirmou Shannon, na resposta. Os dois líderes realizam novo encontro em 31 de março, em Camp David, retiro presidencial no Estado de Maryland, vizinho a Washington, 22 dias depois de se reunirem no Brasil, quando anunciaram um memorando bilateral sobre biocombustíveis.
O diplomata não quis adiantar a nova agenda, definindo-a como um "trabalho em andamento", mas afirmou que ultrapassará o tema. "Há muito o que falar", disse Shannon, pois se tratam de "dois grandes países, duas grandes economias, duas grandes democracias, as duas maiores democracias no hemisfério ocidental, com vários interesses em comum não só na região mas no mundo e muitos negócios inconclusos".
Indagado sobre se os dois presidentes fariam um novo anúncio de peso como o dos biocombustíveis, o norte-americano desviou-se da questão. "Vamos ter uma agenda cheia", disse. "Mas temo que não possa revelar se vamos fazer um anúncio tão grande quanto o memorando, talvez tenha de perguntar ao Antonio [Patriota, embaixador do Brasil em Washington, que estava na platéia], que está balançando a cabeça sabiamente."
De qualquer maneira, adiantou que o próximo encontro tratará também de procurar maneiras de "promover prosperidade econômica e estabilidade democrática" na América Latina. "Brasil e EUA podem mostrar que grandes democracias, via diálogo e cooperação, podem ajudar a determinar uma agenda internacional maior, focada em preservar liberdades individuais e promover prosperidade ao combater a pobreza."
O diplomata chegaria a qualificar elogiosamente de "impressionante" a declaração do presidente Lula de que o memorando bilateral representava não só um novo momento para a indústria, "mas possivelmente um novo momento para a humanidade".
"É uma declaração impressionante, especialmente quando feita por alguém como o presidente Lula, mas eu acho que captura de certa maneira o que nós consideramos ser o poder simbólico desse acordo de biocombustíveis".
"Face humana"
O diplomata fazia um balanço da recente viagem de George W. Bush pela América Latina, promovido pelo Diálogo Interamericano, centro de estudos especializado na relação EUA/América Latina, com sede em Washington. Um dos principais objetivos do giro, afirmou, foi apresentar efetivamente "a face humana" dos EUA à região.
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