Publicidade
Publicidade
24/03/2007
-
17h23
da Efe, em Brasília
A Embaixada da Venezuela no Brasil rejeitou hoje as "ofensivas" e "insultantes" declarações feitas pelo ministro de Comunicações brasileiro, Hélio Costa, sobre o presidente Hugo Chávez.
"Televisão estatal é o que [Hugo] Chávez faz. Televisão estatal é o que existe em Cuba. Televisão estatal é o que se fazia na Polônia e na antiga União Soviética. Eu estive em todos esses lugares para saber perfeitamente qual é a diferença entre estatal e público", afirmou Costa.
O ministro respondeu assim às críticas da imprensa, que afirmou seu projeto para criar uma rede de televisão estatal no Brasil tem como único objetivo divulgar propaganda governamental.
Na carta de duas páginas, o embaixador da Venezuela em Brasília, Julio García Montoya, disse esperar que as declarações sejam apenas um "deslize emocional", fruto da pressão à qual o ministro foi submetido pelos jornalistas que o entrevistaram.
"Queremos acreditar [que foi um deslize], para não pensar que sua ofensiva contra nosso governo e nosso presidente tem matizes maiores, pois, se for assim, é óbvio que o governo do Brasil terá que nos dar uma satisfação", conclui o comunicado. Na carta, o diplomata assegura que Costa desconhece totalmente a realidade de seu país.
A nota da embaixada venezuelana considera "alarmante" o fato de que personalidades do governo brasileiro tentem justificar posições políticas mediante "comparações desqualificantes com nosso país".
Segundo a embaixada venezuelana, "o tom e o contexto" das declarações "são insultantes, além de perigosos", uma vez que estabelecem que a imprensa estatal na Venezuela é um instrumento de marketing presidencial.
"O que nos alivia quanto a esse mal-estar político e diplomático do ministro Costa é sua óbvia ignorância em relação ao que acontece na Venezuela", acrescenta o comunicado.
Na nota, Montoya faz uma ampla explicação sobre o funcionamento dos meios de comunicação controlados pelo governo na Venezuela e esclarece que uma televisão estatal "responde aos interesses do Estado, e não aos de seu administrador, que é o governo".
Segundo o embaixador, a Venezuela conta com uma televisão estatal ("Venezolana de Televisión"), na qual, além do Executivo, têm espaço os demais poderes e, inclusive, produções independentes. De acordo com a nota, o ministro brasileiro, como ex-empregado da Rede Globo, conhece muito bem o conceito de televisão privada.
Sobre "as infelizes comparações e conceitos emitidos pelo ministro", acrescenta o comunicado, "queremos reafirmar que as redes de televisão estatais venezuelanas não são do presidente Hugo Chávez, e que, na Venezuela, o governo não se reserva o direito de prestar serviços de telecomunicações, nem os emprega em função de marketing presidencial ou pessoal".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre TV estatal
Venezuela rejeita declarações de ministro brasileiro sobre TV estatal
Publicidade
A Embaixada da Venezuela no Brasil rejeitou hoje as "ofensivas" e "insultantes" declarações feitas pelo ministro de Comunicações brasileiro, Hélio Costa, sobre o presidente Hugo Chávez.
"Televisão estatal é o que [Hugo] Chávez faz. Televisão estatal é o que existe em Cuba. Televisão estatal é o que se fazia na Polônia e na antiga União Soviética. Eu estive em todos esses lugares para saber perfeitamente qual é a diferença entre estatal e público", afirmou Costa.
O ministro respondeu assim às críticas da imprensa, que afirmou seu projeto para criar uma rede de televisão estatal no Brasil tem como único objetivo divulgar propaganda governamental.
Na carta de duas páginas, o embaixador da Venezuela em Brasília, Julio García Montoya, disse esperar que as declarações sejam apenas um "deslize emocional", fruto da pressão à qual o ministro foi submetido pelos jornalistas que o entrevistaram.
"Queremos acreditar [que foi um deslize], para não pensar que sua ofensiva contra nosso governo e nosso presidente tem matizes maiores, pois, se for assim, é óbvio que o governo do Brasil terá que nos dar uma satisfação", conclui o comunicado. Na carta, o diplomata assegura que Costa desconhece totalmente a realidade de seu país.
A nota da embaixada venezuelana considera "alarmante" o fato de que personalidades do governo brasileiro tentem justificar posições políticas mediante "comparações desqualificantes com nosso país".
Segundo a embaixada venezuelana, "o tom e o contexto" das declarações "são insultantes, além de perigosos", uma vez que estabelecem que a imprensa estatal na Venezuela é um instrumento de marketing presidencial.
"O que nos alivia quanto a esse mal-estar político e diplomático do ministro Costa é sua óbvia ignorância em relação ao que acontece na Venezuela", acrescenta o comunicado.
Na nota, Montoya faz uma ampla explicação sobre o funcionamento dos meios de comunicação controlados pelo governo na Venezuela e esclarece que uma televisão estatal "responde aos interesses do Estado, e não aos de seu administrador, que é o governo".
Segundo o embaixador, a Venezuela conta com uma televisão estatal ("Venezolana de Televisión"), na qual, além do Executivo, têm espaço os demais poderes e, inclusive, produções independentes. De acordo com a nota, o ministro brasileiro, como ex-empregado da Rede Globo, conhece muito bem o conceito de televisão privada.
Sobre "as infelizes comparações e conceitos emitidos pelo ministro", acrescenta o comunicado, "queremos reafirmar que as redes de televisão estatais venezuelanas não são do presidente Hugo Chávez, e que, na Venezuela, o governo não se reserva o direito de prestar serviços de telecomunicações, nem os emprega em função de marketing presidencial ou pessoal".
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice