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25/03/2007
-
18h30
da France Presse, em Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, liderou neste domingo um ato de desapropriação de 330,8 mil hectares, em uma nova investida de seu governo contra os latifúndios e "para aprofundar a reforma agrária da revolução socialista".
"Hoje estamos intervindo simultaneamente em 16 fazendas, resgatando e intervindo, como manda a lei, em um total de 330,8 mil hectares. Vamos prepará-los para a criação de gado, porque todos ficam em área de planície. Criaremos gado para carne e leite", afirmou o presidente.
"Esta é uma ação do Estado, com a autoridade que o Estado e o povo devem ter para acabar com o latifúndio", acrescentou durante seu programa de TV "Alô Presidente", transmitido de uma das fazendas sob intervenção, no Estado de Barinas (sudoeste de Caracas).
"Não são fazendas, são latifúndios; terra fértil e improdutiva. Isso é um atentado ao interesse nacional, isso viola a Constituição, as leis e todos os princípios da justiça, direito, segurança da soberania e defesa do país", destacou Chávez.
O presidente, no entanto, esclareceu que "aquele que tem uma terra produtiva não deve ter nenhum temor". Chávez explicou que os terrenos serão convertidos em unidades de produção social e administrados por cooperativas agropecuárias.
"Como o país pode sair do subdesenvolvimento se nós não trabalhamos estas terras, se não aplicamos tecnologia, recursos, investimentos?", perguntou Chávez. Desde que Chávez assumiu a presidência venezuelana, em 1999, quase 2 milhões de hectares já foram desapropriados.
"Recuperamos 1,9 milhões de hectares. Cerca de 49% dessas terras foram dadas a camponeses e 40% para projetos estratégicos de propriedade estatal. Os 11% de terras em Zamora (município da Venezuela) foram transformados em cooperativas", disse Chávez.
Novas ações
O presidente adiantou que serão realizadas novas ações similares em outras fazendas. "Continuaremos avançando porque, em breve, estaremos prontos para a nova ofensiva que atingirá 13 fazendas, representando mais 265 mil hectares. Com essas intervenções, chegaremos a 2,2 milhões de hectares recuperados, aproximadamente. E continuaremos avançando, ninguém poderá nos deter", sentenciou.
Chávez anunciou na semana passada uma "nova ofensiva" contra o latifúndio com o resgate de pelo menos 150 mil hectares de terras "ociosas".
Confronto
Um grupo armado com fuzis de guerra chegou a enfrentar os soldados para impedir a desapropriação de mais de 10 mil hectares de terras no Estado de Apure.
O general do exército Wilfredo Silva explicou que o incidente foi registrado num lugar conhecido como Hato Morichalito, onde também foi encontrado um pequeno avião supostamente utilizado pelo narcotráfico.
A ofensiva de Chávez contra os latifúndios faz parte do processo de instauração do "socialismo do século 21" na Venezuela, proposto pelo presidente como programa de governo durante a campanha eleitoral para as eleições de dezembro de 2006, quando foi reeleito para governar o país por mais seis anos.
A Constituição venezuelana de 1999, proposta por Chávez, estabelece em seu artigo 307 que "o regime latifundiário é contrário ao interesse social".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre reforma agrária
Venezuela libera 300 mil hectares de terras para desapropriação
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, liderou neste domingo um ato de desapropriação de 330,8 mil hectares, em uma nova investida de seu governo contra os latifúndios e "para aprofundar a reforma agrária da revolução socialista".
"Hoje estamos intervindo simultaneamente em 16 fazendas, resgatando e intervindo, como manda a lei, em um total de 330,8 mil hectares. Vamos prepará-los para a criação de gado, porque todos ficam em área de planície. Criaremos gado para carne e leite", afirmou o presidente.
"Esta é uma ação do Estado, com a autoridade que o Estado e o povo devem ter para acabar com o latifúndio", acrescentou durante seu programa de TV "Alô Presidente", transmitido de uma das fazendas sob intervenção, no Estado de Barinas (sudoeste de Caracas).
"Não são fazendas, são latifúndios; terra fértil e improdutiva. Isso é um atentado ao interesse nacional, isso viola a Constituição, as leis e todos os princípios da justiça, direito, segurança da soberania e defesa do país", destacou Chávez.
O presidente, no entanto, esclareceu que "aquele que tem uma terra produtiva não deve ter nenhum temor". Chávez explicou que os terrenos serão convertidos em unidades de produção social e administrados por cooperativas agropecuárias.
"Como o país pode sair do subdesenvolvimento se nós não trabalhamos estas terras, se não aplicamos tecnologia, recursos, investimentos?", perguntou Chávez. Desde que Chávez assumiu a presidência venezuelana, em 1999, quase 2 milhões de hectares já foram desapropriados.
"Recuperamos 1,9 milhões de hectares. Cerca de 49% dessas terras foram dadas a camponeses e 40% para projetos estratégicos de propriedade estatal. Os 11% de terras em Zamora (município da Venezuela) foram transformados em cooperativas", disse Chávez.
Novas ações
O presidente adiantou que serão realizadas novas ações similares em outras fazendas. "Continuaremos avançando porque, em breve, estaremos prontos para a nova ofensiva que atingirá 13 fazendas, representando mais 265 mil hectares. Com essas intervenções, chegaremos a 2,2 milhões de hectares recuperados, aproximadamente. E continuaremos avançando, ninguém poderá nos deter", sentenciou.
Chávez anunciou na semana passada uma "nova ofensiva" contra o latifúndio com o resgate de pelo menos 150 mil hectares de terras "ociosas".
Confronto
Um grupo armado com fuzis de guerra chegou a enfrentar os soldados para impedir a desapropriação de mais de 10 mil hectares de terras no Estado de Apure.
O general do exército Wilfredo Silva explicou que o incidente foi registrado num lugar conhecido como Hato Morichalito, onde também foi encontrado um pequeno avião supostamente utilizado pelo narcotráfico.
A ofensiva de Chávez contra os latifúndios faz parte do processo de instauração do "socialismo do século 21" na Venezuela, proposto pelo presidente como programa de governo durante a campanha eleitoral para as eleições de dezembro de 2006, quando foi reeleito para governar o país por mais seis anos.
A Constituição venezuelana de 1999, proposta por Chávez, estabelece em seu artigo 307 que "o regime latifundiário é contrário ao interesse social".
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