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26/03/2007
-
11h42
da Folha Online
Em uma reunião histórica, os principais partidos católico e protestante da Irlanda do Norte chegaram nesta segunda-feira a um acordo de divisão de poder que terá início em 8 de maio, e deve colocar de lado as hostilidades entre ambos os lados, que já duram décadas no país.
O clérigo protestante linha-dura Ian Paisley, líder do Partido de União Democrática (DUP), reuniu-se com Gerry Adams, líder do partido católico Sinn Fein ----braço político do IRA (Exército Republicano Irlandês)-- para anunciar o pacto entre as duas lideranças.
"Hoje nós chegamos a um acordo com o Sinn Fein, que entrará em vigor em 8 de maio de 2007", anunciou Paisley após reunião no prédio da assembléia, em Belfast.
"Não devemos permitir que os horrores e as tragédias do passado tornem-se barreiras para a criação de um futuro mais estável para nossas crianças", acrescentou o líder protestante.
O Reino Unido e a Irlanda pressionam os partidos da Irlanda do Norte há anos para que entrem em um acordo de divisão de poder, passo fundamental para a estabilização do país de 1,6 milhão de habitantes, que vive em divisão há décadas.
Adams, por sua vez, afirmou que a relação entre o povo na Irlanda do Norte é marcada há séculos por dor e conflito, mas que é "o momento de um novo início, com a ajuda de Deus".
Paisley sempre se recusou a dialogar com Adams devido à ligação do Sinn Fein com o IRA.
O grupo armado foi responsável por cerca de 3.600 mortes durante 30 anos de conflito sectário. No entanto, nesta segunda-feira, Adams e Paisley sentaram-se à mesma mesa.
Em Londres, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse que hoje é "um dia muito importante para o povo da Irlanda do Norte, assim como para o povo e a história destas ilhas", em referência ao acordo.
Apesar da pressão por um acordo, o governo britânico indicou que aceitaria o prazo até maio.
Liderança
Paisley deve tornar-se o premiê em um novo governo de coalizão entre o Sinn Fein e o DUP, enquanto Martin McGuinness, do Sinn Fein, deve ser o vice-primeiro-ministro.
Adams afirmou que o acordo marca o começo de uma nova era na política da Irlanda do Norte. "O Sinn Fein quer construir uma nova relação entre o 'verde' e o 'laranja' (as cores nacionalista e unionista, respectivamente) e todas as demais cores, para que cada cidadão possa dividir e possuir um futuro pacífico e próspero", disse.
O líder republicano reconheceu que "ainda restam muitas dificuldades a enfrentar", mas destacou que o acordo alcançado entre seu partido e o DUP é resultado do "inequívoco e bem-vindo compromisso de Paisley a participar das instituições políticas em 8 de maio".
Para confirmar o início de uma nova era de cooperação, Adams adiantou que os dois partidos pediram ao governo britânico que cancele a introdução do controvertido imposto de água para a Província, o assunto-chave durante as últimas eleições no Ulster.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Irlanda do Norte
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Leia o que já foi publicado sobre o DUP
Leia o que já foi publicado sobre o IRA
Irlanda do Norte fecha acordo histórico sobre divisão de poder
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Em uma reunião histórica, os principais partidos católico e protestante da Irlanda do Norte chegaram nesta segunda-feira a um acordo de divisão de poder que terá início em 8 de maio, e deve colocar de lado as hostilidades entre ambos os lados, que já duram décadas no país.
O clérigo protestante linha-dura Ian Paisley, líder do Partido de União Democrática (DUP), reuniu-se com Gerry Adams, líder do partido católico Sinn Fein ----braço político do IRA (Exército Republicano Irlandês)-- para anunciar o pacto entre as duas lideranças.
"Hoje nós chegamos a um acordo com o Sinn Fein, que entrará em vigor em 8 de maio de 2007", anunciou Paisley após reunião no prédio da assembléia, em Belfast.
Paul Faith/Reuters |
O líder do DUP, Ian Paisley (à esq.) e o líder do Sinn Fein, Gerry Adams, falam à imprensa |
O Reino Unido e a Irlanda pressionam os partidos da Irlanda do Norte há anos para que entrem em um acordo de divisão de poder, passo fundamental para a estabilização do país de 1,6 milhão de habitantes, que vive em divisão há décadas.
Adams, por sua vez, afirmou que a relação entre o povo na Irlanda do Norte é marcada há séculos por dor e conflito, mas que é "o momento de um novo início, com a ajuda de Deus".
Paisley sempre se recusou a dialogar com Adams devido à ligação do Sinn Fein com o IRA.
O grupo armado foi responsável por cerca de 3.600 mortes durante 30 anos de conflito sectário. No entanto, nesta segunda-feira, Adams e Paisley sentaram-se à mesma mesa.
Em Londres, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse que hoje é "um dia muito importante para o povo da Irlanda do Norte, assim como para o povo e a história destas ilhas", em referência ao acordo.
Apesar da pressão por um acordo, o governo britânico indicou que aceitaria o prazo até maio.
Liderança
Paisley deve tornar-se o premiê em um novo governo de coalizão entre o Sinn Fein e o DUP, enquanto Martin McGuinness, do Sinn Fein, deve ser o vice-primeiro-ministro.
Adams afirmou que o acordo marca o começo de uma nova era na política da Irlanda do Norte. "O Sinn Fein quer construir uma nova relação entre o 'verde' e o 'laranja' (as cores nacionalista e unionista, respectivamente) e todas as demais cores, para que cada cidadão possa dividir e possuir um futuro pacífico e próspero", disse.
O líder republicano reconheceu que "ainda restam muitas dificuldades a enfrentar", mas destacou que o acordo alcançado entre seu partido e o DUP é resultado do "inequívoco e bem-vindo compromisso de Paisley a participar das instituições políticas em 8 de maio".
Para confirmar o início de uma nova era de cooperação, Adams adiantou que os dois partidos pediram ao governo britânico que cancele a introdução do controvertido imposto de água para a Província, o assunto-chave durante as últimas eleições no Ulster.
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