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26/03/2007
-
15h14
da Ansa, em Bogotá
da Folha Online
O comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, afirmou nesta segunda-feira que o Ministério da Defesa estuda lançar ações legais contra o jornal norte-americano "Los Angeles Times", que o acusou de ter conexões com grupos paramilitares de extrema-direita.
"Estamos consultando todos os nossos assessores jurídicos, para que nos digam quais ações legais podemos tomar porque, como eu repeti mil e uma vezes, [eles] não irão encontrar nada. Eu me considero totalmente inocente e isso é uma calúnia", afirmou o militar à rádio Caracol.
As evidências apontadas pelo jornal contra Montoya, baseadas em fontes de uma agência de segurança do país, asseguram que o militar colaborou com paramilitares de ultradireita para o assassinato de 14 guerrilheiros em Medellín.
Operação Órion
Segundo o "LA Times", o massacre foi cometido durante a chamada "Operação Órion", de 14 de outubro de 2002, que foi executada pelo Exército, pela polícia e várias instituições do governo na comuna "13 de Medellín", uma área que na época estava sendo disputada pelos guerrilheiros e pelos paramilitares.
Nessa época, Montoya era comandante da quarta brigada do Exército e comandou a operação, que durou vários dias e que até agora foi a maior realizada em uma cidade colombiana por forças governamentais.
Em resposta ao jornal norte-americano, o governo colombiano pediu em um comunicado, emitido neste domingo, para que as agências de inteligência estrangeiras façam "qualquer acusação, baseada em provas contra membros das instituições governamentais colombianas, diretamente aos organismos competentes de Justiça e administração" no país.
Montoya fez um pronunciamento na mesma linha. Ele pediu ao "Los Angeles Times" que, caso tenha provas contra ele, que as apresente.
O general se definiu como um "soldado", cuja atuação "foi transparente" e com a "consciência tranqüila".
Reportagem
A reportagem do "LA Times" foi feita, segundo o jornal, com base em um relatório que circulou recentemente na CIA (agência de inteligência americana).
O relatório afirmaria que Montoya e um grupo paramilitar planejaram e atuaram em conjunto em 2002 para eliminar guerrilheiros marxistas na região de Medellín.
Ao menos 14 pessoas foram assassinadas durante a operação. Opositores do presidente Uribe afirmam que dezenas de pessoas continuam desaparecidas desde então, segundo o documento da CIA citado pelo jornal.
Montoya forma parte do círculo mais próximo ao presidente Álvaro Uribe, cujo governo está implicado no chamado escândalo da "parapolítica", que virou notícia após uma investigação da Corte Suprema do país sobre os estreitos vínculos entre o poder político e as milícias paramilitares de extrema direita.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Mario Montoya
Leia o que já foi publicado Álvaro Uribe
Leia o que já foi publicado sobre a Colômbia
Colômbia quer processar "LA Times" por acusação contra general
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da Folha Online
O comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, afirmou nesta segunda-feira que o Ministério da Defesa estuda lançar ações legais contra o jornal norte-americano "Los Angeles Times", que o acusou de ter conexões com grupos paramilitares de extrema-direita.
"Estamos consultando todos os nossos assessores jurídicos, para que nos digam quais ações legais podemos tomar porque, como eu repeti mil e uma vezes, [eles] não irão encontrar nada. Eu me considero totalmente inocente e isso é uma calúnia", afirmou o militar à rádio Caracol.
As evidências apontadas pelo jornal contra Montoya, baseadas em fontes de uma agência de segurança do país, asseguram que o militar colaborou com paramilitares de ultradireita para o assassinato de 14 guerrilheiros em Medellín.
Operação Órion
Segundo o "LA Times", o massacre foi cometido durante a chamada "Operação Órion", de 14 de outubro de 2002, que foi executada pelo Exército, pela polícia e várias instituições do governo na comuna "13 de Medellín", uma área que na época estava sendo disputada pelos guerrilheiros e pelos paramilitares.
Nessa época, Montoya era comandante da quarta brigada do Exército e comandou a operação, que durou vários dias e que até agora foi a maior realizada em uma cidade colombiana por forças governamentais.
Em resposta ao jornal norte-americano, o governo colombiano pediu em um comunicado, emitido neste domingo, para que as agências de inteligência estrangeiras façam "qualquer acusação, baseada em provas contra membros das instituições governamentais colombianas, diretamente aos organismos competentes de Justiça e administração" no país.
Montoya fez um pronunciamento na mesma linha. Ele pediu ao "Los Angeles Times" que, caso tenha provas contra ele, que as apresente.
O general se definiu como um "soldado", cuja atuação "foi transparente" e com a "consciência tranqüila".
Reportagem
A reportagem do "LA Times" foi feita, segundo o jornal, com base em um relatório que circulou recentemente na CIA (agência de inteligência americana).
O relatório afirmaria que Montoya e um grupo paramilitar planejaram e atuaram em conjunto em 2002 para eliminar guerrilheiros marxistas na região de Medellín.
Ao menos 14 pessoas foram assassinadas durante a operação. Opositores do presidente Uribe afirmam que dezenas de pessoas continuam desaparecidas desde então, segundo o documento da CIA citado pelo jornal.
Montoya forma parte do círculo mais próximo ao presidente Álvaro Uribe, cujo governo está implicado no chamado escândalo da "parapolítica", que virou notícia após uma investigação da Corte Suprema do país sobre os estreitos vínculos entre o poder político e as milícias paramilitares de extrema direita.
Especial
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