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11/04/2007 - 17h49

Oposição no Equador chega quase derrotada a plebiscito

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da France Presse, em Quito

A oposição equatoriana, que perdeu o controle do Congresso com a destituição de 57 deputados, chega quase derrotada ao plebiscito do próximo domingo (15), no qual será decidida a sorte de uma Constituinte promovida pelo governo socialista do presidente Rafael Correa.

Dominado historicamente pela direita, o país mais instável da região --foram oito presidentes só na última década-- assistiu no último mês a uma disputa de poderes que afastou todos os detratores do governo de Correa que tentavam obstruir seu plano de organizar uma Constituinte para redigir uma nova Constituição.

O presidente, que não apresentou candidatos para as eleições legislativas de outubro, governa sem travas desde o dia 7 de março graças à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar 57 parlamentares, substituídos por seus suplentes.

Nesta terça-feira o Congresso retomou suas atividades com os suplentes, que se afastaram da direção partidária para apoiar a Assembléia. A debilitada oposição não conseguiu impedir a consulta popular apesar de sua hegemonia no Legislativo.

Perspectivas

Enquanto os cassados tentam retomar os cargos mediante recurso judicial e se reúnem paralelamente às sessões do Parlamento, a oposição enfrenta o plebiscito com perspectivas adversas.

De acordo com a última pesquisa do instituto Cedatos-Gallup sobre o plebiscito, 63% dos eleitores são a favor, 20% são contra e 32% ainda estão indecisos a respeito da Constituinte.

Assim mesmo, os opositores de Correa usam suas últimas fichas fazendo campanha pelo "não" e pelo voto em branco ou nulo para tentar invalidar a consulta popular, atrapalhando assim o caminho do presidente.

"O 'sim' está dando de 3 a 1 no 'não'', declarou Correa. Ainda assim, o presidente demonstrou dúvidas sobre a possibilidade de obter ampla vitória no plebiscito ante ao que julga como "propaganda mafiosa" da oposição.

Correa alertou os simpatizantes: caso seja registrado um alto índice de votos nulos e brancos, "pode ser que a maioria absoluta não seja alcançada e a consulta tenha sido em vão".

Renúncia

O "sim" precisa de pelo o menos três milhões de votos para que a Constituinte seja instalada no final do ano, considerando-se que 9,2 milhões de equatorianos foram convocados a votar e o não-comparecimento médio em votações no país é de 30%.

Correa considera a possibilidade de renunciar se sair derrotado do plebiscito, ainda que os analistas acreditem que por trás dessa ameaça se esconde uma estratégia para alavancar sua popularidade através da consulta popular.

"Teria que pensar nisso, pois seria uma recusa [a seu plano de Constituinte]", disse. "Temos que pensar muito seriamente, eu não me apego ao cargo", afirmou.

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