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13/04/2007 - 11h54

Rússia irá investigar multimilionário que ameaçou derrubar Putin

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da Ansa, em Londres e Moscou

O Procurador-Geral da Rússia, Yuri Chaika, anunciou uma investigação contra o multimilionário exilado em Londres Boris Berezovsky, 61, por dizer em entrevista à imprensa britânica que "conspira" pela derrubada do presidente Vladimir Putin.

Em entrevista publicada pelo jornal "The Guardian", Berezovsky declarou que conspira para criar "uma revolução" que derrube Putin. Depois da publicação, Chaika afirmou que as declarações de Berezovksy deram início a uma investigação criminal contra ele.

Chaika acrescentou que os comentários do empresário exilado colocam em dúvida seu direito de estar refugiado no Reino Unido. O multimilionário, que tem uma fortuna aproximada de US$ 1,4 bilhões de dólares, recebeu asilo político na Inglaterra em 2003.

Berezovsky afirmou ao "Guardian" que "é preciso força para mudar o regime político russo", e confirmou que dá apoio financeiro a membros da elite do governo de Moscou, para derrotar Putin. "Precisamos usar a força para mudar este regime. Não é possível mudar o governo por meios democráticos. Não pode haver mudanças sem força e sem pressão", declarou.

Indagado se está alimentando uma revolução contra Putin, o multimilionário respondeu: "você está absolutamente correto". No passado, Moscou já havia feito um pedido ao Reino Unido para extraditar Berezovksy , que foi negado por "falta de provas".

O multimilionário começou sua carreira empresarial durante o governo de Boris Ieltsin.

Ele fez fortuna comprando bens do estado a preços considerados irrisórios, quando a Rússia se lançou em privatizações generalizadas.

Ainda que Berezovsky tenha ajudado Putin em sua vitória eleitoral, no ano 2000, os dois se tornaram inimigos logo que o presidente russo começou a concentrar poder na economia do país. Poucos meses depois da vitória de Putin, o multimilionário abandonou a Rússia e se exilou em Londres, onde conheceu o ex-espião Alexander Litvinenko e Roman Abramovic, que mais tarde se tornaria dono do time de futebol inglês Chelsea.

Em março, Berezovsky foi interrogado por dois detetives da Procuradoria russa, que o acusa de haver participado do envenenamento do ex-espião, morto em 23 de novembro na capital britânica após ser contaminado por polônio 210. O multimilionário nega as acusações.

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