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25/04/2007
-
14h22
CATHERINE HOURS
da France Presse
Os pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos, com Hillary Clinton e Barack Obama à frente, se enfrentarão nesta quinta-feira (26) no primeiro debate interno do partido, em uma campanha eleitoral que já se delineia a 18 meses das eleições.
Os debates são uma das grandes tradições políticas dos Estados Unidos e nenhum candidato que se preze está em condições de evitá-los.
Os oito pré-candidatos declarados responderam ao convite do Partido Democrata da Carolina do Sul para uma hora e meia de discussões no campus universitário da pequena cidade de Orangeburg, que serão transmitidas ao vivo pela TV americana (a partir das 20h de Brasília).
No dia 3 de maio será a vez dos republicanos, na biblioteca que leva o nome do presidente Ronald Reagan (que liderou o país entre 1981 e 1989 e era especialista em debates) em Simi Valley, Califórnia.
Disputa
No lado democrata, todas as atenções estão voltadas para aqueles que são no momento os favoritos para representar o partido: Clinton e Obama.
Uma pesquisa da Rasmussen divulgada na última segunda-feira (23) coloca o jovem senador, que defende mudanças na política e foi um dos primeiros a se opor à guerra no Iraque, no mesmo nível (32%) que a ex-primeira-dama e atual senadora por Nova York.
Eles são seguidos de longe pelo ex-senador e ex-candidato a vice-presidente em 2004, John Edwards, com 17%.
Duelo
O debate atrai pelo duelo entre um orador carismático e uma especialista com uma técnica incomparável. Será uma oportunidade tão importante quanto arriscada para os protagonistas.
"Para alguém como Hillary Clinton, diria que o importante será não se equivocar", disse Stephen Hess, professor da Universidade George Washington. "Outros poderão se aliar contra ela e será fundamental a maneira como se comportará".
"Para Obama é um pouco diferente", acrescentou. "Suas opiniões até agora têm sido bastante vagas. Agora que a campanha começa a se tornar séria para ele, a questão será a precisão, de que maneira poderá impressionar o público com seus conhecimentos".
Mas ambos terão que dividir o cenário e a palavra com outros seis pretendentes, que terão ali uma chance de se sobressair. Além de Clinton, Obama e Edwards, estarão presentes o governador do Novo México, Bill Richardson, os senadores Joseph Biden e Christopher Dodd, o ex-senador Mike Gravel e Dennis Kucinich, férreo opositor da guerra no Iraque e também pré-candidato em 2004.
Iraque
Segundo o professor Hess, os temas de fundo têm uma importância menor nestes debates, embora obrigatoriamente questões como o Iraque e o meio ambiente sejam abordadas.
"São todos democratas. Estão de acordo entre eles", opinou este especialista na Presidência. "Não terão como não falar de Iraque. Mas não acho que alguém dirá algo muito diferente... o único que verdadeiramente é antiguerra e adotou essa postura antes dos outros é Dennis Kucinich".
Nesta etapa da campanha, o debate servirá mais para os profissionais da política do que para o americano médio, ainda pouco interessado. Também estarão atentos membros do partido, as hierarquias locais e os principais tesoureiros, já que alguns ainda não se decidiram.
O primeiro objetivo da campanha atual, e pelos quais os candidatos lutam com força, são os padrinhos ricos e influentes do partido, como mostrou a corrida pela obtenção de suporte financeiro, vencida por Clinton seguida de perto por Obama.
Cada um obteve cerca de US$ 26 milhões nos primeiros três meses de campanha.
Segundo informes oficiais, Clinton também dispõe de US$ 10 milhões que sobraram de sua campanha para o Senado, para atingir o que a esta altura da campanha são números recorde na história política americana.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre John Edwards
Leia o que já foi publicado sobre Barack Obama
Leia o que já foi publicado sobre Hillary Clinton
Leia o que já foi publicado sobre o Partido Democrata
Pré-candidatos democratas se enfrentam em debate nos EUA
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da France Presse
Os pré-candidatos democratas à Presidência dos Estados Unidos, com Hillary Clinton e Barack Obama à frente, se enfrentarão nesta quinta-feira (26) no primeiro debate interno do partido, em uma campanha eleitoral que já se delineia a 18 meses das eleições.
| 8.jan.2007/AP |
 |
| Barack Hussein Obama é pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos |
Os oito pré-candidatos declarados responderam ao convite do Partido Democrata da Carolina do Sul para uma hora e meia de discussões no campus universitário da pequena cidade de Orangeburg, que serão transmitidas ao vivo pela TV americana (a partir das 20h de Brasília).
No dia 3 de maio será a vez dos republicanos, na biblioteca que leva o nome do presidente Ronald Reagan (que liderou o país entre 1981 e 1989 e era especialista em debates) em Simi Valley, Califórnia.
Disputa
No lado democrata, todas as atenções estão voltadas para aqueles que são no momento os favoritos para representar o partido: Clinton e Obama.
Uma pesquisa da Rasmussen divulgada na última segunda-feira (23) coloca o jovem senador, que defende mudanças na política e foi um dos primeiros a se opor à guerra no Iraque, no mesmo nível (32%) que a ex-primeira-dama e atual senadora por Nova York.
Eles são seguidos de longe pelo ex-senador e ex-candidato a vice-presidente em 2004, John Edwards, com 17%.
Duelo
O debate atrai pelo duelo entre um orador carismático e uma especialista com uma técnica incomparável. Será uma oportunidade tão importante quanto arriscada para os protagonistas.
| 17.jan.2007/Reuters |
 |
| Hillary Clinton chamou hoje o governo americano de incompetente |
"Para Obama é um pouco diferente", acrescentou. "Suas opiniões até agora têm sido bastante vagas. Agora que a campanha começa a se tornar séria para ele, a questão será a precisão, de que maneira poderá impressionar o público com seus conhecimentos".
Mas ambos terão que dividir o cenário e a palavra com outros seis pretendentes, que terão ali uma chance de se sobressair. Além de Clinton, Obama e Edwards, estarão presentes o governador do Novo México, Bill Richardson, os senadores Joseph Biden e Christopher Dodd, o ex-senador Mike Gravel e Dennis Kucinich, férreo opositor da guerra no Iraque e também pré-candidato em 2004.
Iraque
Segundo o professor Hess, os temas de fundo têm uma importância menor nestes debates, embora obrigatoriamente questões como o Iraque e o meio ambiente sejam abordadas.
"São todos democratas. Estão de acordo entre eles", opinou este especialista na Presidência. "Não terão como não falar de Iraque. Mas não acho que alguém dirá algo muito diferente... o único que verdadeiramente é antiguerra e adotou essa postura antes dos outros é Dennis Kucinich".
Nesta etapa da campanha, o debate servirá mais para os profissionais da política do que para o americano médio, ainda pouco interessado. Também estarão atentos membros do partido, as hierarquias locais e os principais tesoureiros, já que alguns ainda não se decidiram.
O primeiro objetivo da campanha atual, e pelos quais os candidatos lutam com força, são os padrinhos ricos e influentes do partido, como mostrou a corrida pela obtenção de suporte financeiro, vencida por Clinton seguida de perto por Obama.
Cada um obteve cerca de US$ 26 milhões nos primeiros três meses de campanha.
Segundo informes oficiais, Clinton também dispõe de US$ 10 milhões que sobraram de sua campanha para o Senado, para atingir o que a esta altura da campanha são números recorde na história política americana.
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