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30/04/2007 - 15h18

Premiê israelense descarta renúncia após sofrer críticas

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da Folha Online

Após ser acusado de responsabilidade pelo fracasso na guerra com o grupo Hizbollah no Líbano em 2006, o premiê israelense, Ehud Olmert, afirmou nesta segunda-feira que não tem nenhuma intenção de renunciar ao posto. A renúncia do premiê foi pedida hoje por manifestantes em Jerusalém e por membros da oposição ao governo.

Jim Hollander/EFE
O premiê Ehud Olmert é criticado em relatório sobre conflito no Líbano
O premiê Ehud Olmert é criticado em relatório sobre conflito no Líbano
A tensão aumentou hoje depois da divulgação de um relatório do Comitê Winograd, encarregado de investigar a condução da guerra entre Israel e Hizbollah no Líbano em meados do ano passado. O relatório faz duras críticas a Olmert, ao ministro da Defesa, Amir Peretz, e ao então chefe do Exército israelense, Dan Halutz.

De acordo com o documento, Olmert lançou a guerra sem ter um plano bem definido e Peretz pecou pela "inexperiência" e pela "falta de familiaridade" com o Exército. Já Halutz teria agido de forma "impulsiva" à frente do Exército.

Olmert convocou uma reunião de altos oficiais de seu partido, o Kadima, depois da divulgação das críticas. Em uma discurso feito na TV israelense, o premiê disse que os erros que foram cometidos serão corrigidos e que não seria correto renunciar. "É um relatório duro que demonstra os fracassos da direção política do país --e meus em particular-- mas não creio que seja oportuno que eu renuncie. Vamos agir para aplicar imediatamente as recomendações da comissão", disse Olmert, citado por um canal de TV judaica.

Israel entrou em guerra com a milícia libanesa Hizbollah em julho de 2006, depois que três soldados foram mortos e outros dois foram seqüestrados na fronteira israelo-libanesa.

Em 34 dias de conflito, Israel não conseguiu resgatar os soldados capturados nem impedir o lançamento de milhares de foguetes e morteiros contra o território israelense. O saldo de mortos foi de cerca de 1.200 civis libaneses e 200 israelenses.

Protesto

Dezenas de israelenses fizeram uma manifestação nesta segunda-feira em frente à residência oficial de Olmert, em Jerusalém, para exigir sua renúncia.

Os manifestantes exigiram que Olmert assuma sua responsabilidade e renuncie como resposta à determinação, pelo relatório, de que ele é um dos principais responsáveis pelos fracassos no Líbano.

A popularidade de Olmert caiu devido ao conflito no Líbano e a uma série de escândalos de corrupção envolvendo membros de seu governo.

Resultados

O Comitê Winograd não tem poder para depor autoridades, mas os resultados das investigações podem ser estopim de manifestações que levem à renúncia de Olmert e Peretz. Halutz renunciou ao cargo em janeiro, após meses sendo alvo de críticas.

Neste domingo, o Partido Trabalhista e outros partidos de oposição pediram a renúncia de Olmert. No entanto, o premiê já rejeitou em várias ocasiões a possibilidade de deixar o cargo.

Se ele perder o apoio interno do Kadima, a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, deve sucedê-lo.

Caso sua administração caia e novas eleições sejam convocadas, o ex-premiê Binyamin Netanyahu, do Partido Likud, seria eleito novo premiê, de acordo com pesquisas.

Com Reuters, Efe e Associated Press

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