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05/05/2007 - 00h44

Veto de Bush a medidas sobre o aborto divide opiniões

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da Efe, em Washington

Grupos conservadores dos Estados Unidos apoiaram nesta sexta (04/05), o anúncio de que o presidente George W. Bush está disposto a vetar qualquer projeto de lei que elimine as atuais restrições ao aborto, enquanto organizações liberais que defendem o direito da mulher de decidir sobre seu corpo criticaram duramente a postura da Casa Branca.

A Suprema Corte dos EUA legalizou o aborto em 1973, numa decisão que desde então divide liberais e conservadores, em sua maioria republicanos.

Graças à maioria que detinha no Congresso nos últimos anos, o partido de Bush aprovou uma série de medidas restritivas. Entre elas, uma proibição de uso de fundos federais para o aborto, exceto quando se trate de salvar a vida da mãe, e em casos de incesto ou estupro. Também foram limitadas as contribuições a órgãos internacionais de planejamento familiar que pudessem promover o aborto.

Os republicanos perderam a maioria nas eleições legislativas de novembro de 2006. Agora, os democratas informaram que pretendem sugerir a possibilidade de eliminar as restrições.

Mas, poucos dias após vetar um projeto que estabelecia prazos para a retirada militar do Iraque, o presidente enviou na quinta-feira uma carta aos líderes democratas. No texto, informou que qualquer medida que elimine as restrições será vetada.

Bush utilizou pela primeira vez seu poder de veto em julho do ano passado, quando barrou um projeto sobre a alocação de fundos para a pesquisa com células-tronco embrionárias.

Na carta aos legisladores, divulgada hoje, Bush afirmou que vetará "qualquer legislação que debilite as atuais políticas e leis federais sobre o aborto ou que encorajem a destruição de vida humana em qualquer etapa".

Tony Perkins, presidente do grupo conservador Conselho para a Pesquisa da Família, Bush emitiu seu ponto de vista num momento que era "necessário". "O dinheiro do contribuinte não deve ser usado para matar vidas humanas e destruir a família", opinou.

Douglas Johnson, diretor do grupo Direito Nacional à Vida, também comemorou a decisão de Bush.

Mas também surgiram vozes duramente críticas. A Liga Nacional pelo Direito ao Aborto (Naral, em inglês) afirmou que a carta de Bush "mostra por que ele deve ser substituído por um líder que defenda os direitos da mulher à liberdade e a privacidade".

Segundo Nancy Keenan, presidente da Naral, Bush "essencialmente disse ao Congresso que quer continuar negando a milhões de mulheres o acesso a serviços médicos essenciais, inclusive o planejamento familiar e o aborto seguro e legal, mesmo que isso signifique pôr em risco a sua saúde".

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