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07/05/2007 - 10h35

Timor Leste escolhe seu presidente na quarta-feira

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da France Presse, em Díli

Um mês após o primeiro turno de uma eleição presidencial marcada por controvérsias, a população do Timor Leste volta às urnas nesta quarta-feira (9) para decidir entre os dois candidatos finalistas.

As opções dos eleitores timorenses são duas personalidades bastante distintas: o primeiro-ministro José Ramos-Horta, prêmio Nobel da Paz, e o presidente do Parlamento Francisco "Lu-Olo" Guterres, um ex-guerrilheiro de comportamento mais discreto.

A votação será realizada em clima de incerteza devido às numerosas acusações de manipulação e intimidação que marcaram as históricos eleições do dia 9 de abril.

O pequeno país de um milhão de habitantes, situado nos confins do sudeste asiático, está profundamente desestabilizado há quase um ano pela violência crônica que tornou necessária a intervenção de forças estrangeiras, em parte sob o comando das Nações Unidas.

Apesar da falta de pesquisas, analistas afirmam que Ramos-Horta é o favorito.

No primeiro turno das eleições, as primeiras desde a independência do país em 2002, Guterres teve 28% dos votos, contra 22% de Ramos-Horta.

O resultado ilustra o esgotamento da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor Leste Independente), o maior partido do Timor, que apoia Lu-Olo.

Desde 2001, a formação de inspiração marxista --que domina a Assembléia Legislativa (tem 55 dos 88 parlamentares)-- vem se desgastando no exercício do poder, embora seja ainda muito respeitada por ter sido o maior expoente da luta independentista contra a ocupação indonésia (1975-1999).

Sua capacidade de mobilizar a população, recorrendo inclusive a métodos bastante criticados por seus adversários, decidirá o resultado da votação.

A Fretilin é acusada de fazer chantagem, comparecendo à casa de aldeãos analfabetos e ignorantes de seus direitos cívicos. Também é criticada por ter feito uso do aparato estatal para alterar resultados.

Compra de votos

Nos últimos dias, alguns timorenses receberam um saco de arroz em troca de uma promessa de voto e as autoridades têm recebido denúncias de tráfico de cédulas eleitorais.

Mais de 4.000 policiais e mil militares integrantes de uma força internacional conseguiram, apesar de tudo, garantir que a votação acontecesse sem fraudes e sem incidentes.

Muitos observadores estrangeiros também estão no país.

Um membro do comitê eleitoral informou que precauções foram adotadas para evitar a polêmica que se produziu entre os dois turnos.

O carismático presidente Xanana Gusmão, que não concorreu à reeleição mas aspira ao cargo de primeiro-ministro, posição que concentra o verdadeiro poder executivo, fez um apelo à união e pediu aos dois candidatos que "parem de se insultar".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Timor Leste
  • Leia o que já foi publicado sobre a Fretilin
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