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08/05/2007
-
21h25
da Efe, em Riad
Os ministros de Assuntos Exteriores da União Européia e do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG) encerraram nesta terça-feira uma reunião, em Riad, com a esperança de finalizar as negociações e assinar ainda este ano um acordo de livre-comércio entre os dois blocos.
Segundo um comunicado final, as duas partes "mostraram vontade política para fortalecer as relações e a cooperação em diferentes âmbitos", incluídos os de energia, comércio, indústria, cultura e transporte marítimo.
A nota também afirma que os ministros "reiteraram o compromisso de assinar o acordo de livre-comércio, e encorajam os negociadores a tentar alcançar uma fórmula aceitável o mais rápido possível".
Os chefes das diplomacias da Arábia Saudita, Kuwait, Emirados, Barein, Omã e Catar, e doze ministros de Assuntos Exteriores da UE --comandados pela Alemanha-- participaram da reunião de Riad.
Compareceram também os comissários europeus de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e de Comércio, Peter Mandelson.
A delegação do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico --aliança política e econômica criada em 1981-- foi chefiada pelo ministro de Exteriores saudita, príncipe Saud al Faisal, já que o reino wahhabista ocupa a Presidência rotativa do CCG.
Os ministros reiteraram o respeito das duas regiões aos "valores internacionais dos direitos humanos e da democracia", e o apoio ao diálogo para a aproximação entre as civilizações.
Acordo comercial
A UE e o CCG negociam há quinze anos a assinatura de um acordo de livre-comércio, mas as negociações encontraram muitos obstáculos, como divergências sobre questões relacionadas ao respeito aos direitos humanos e às leis de imigração e trabalho nos países árabes do Golfo Pérsico.
Faisal disse hoje que a conquista do acordo de livre-comércio é "muito importante", e afirmou que os representantes dos dois blocos esperam assiná-lo durante a Presidência alemã da UE, provavelmente em junho.
Já Benita Ferrero-Waldner explicou que "existem algumas reservas" por parte dos países do CCG sobre assuntos relacionados aos investimentos e aos serviços, mas não entrou em detalhes.
O secretário-geral da aliança árabe, Abdel-Rahman al-Attiyah, mostrou-se otimista, e disse esperar que os especialistas responsáveis pela negociação "consigam encerrar os assuntos pendentes em breve, especialmente no que se refere a produtos, serviços e investimentos".
"Posso dizer que começou a contagem regressiva, e que a reunião de junho finalizará as negociações", disse Attiyah, em entrevista coletiva concedida após a reunião.
Política
No plano político, os ministros expressaram inquietação pelas atividades nucleares iranianas, e confirmaram o compromisso de buscar uma solução negociada. Ao mesmo tempo, pediram que Teerã respeite as resoluções do Conselho de Segurança da ONU relacionadas à crise nuclear.
De acordo com o comunicado, os representantes dos dois blocos estimularam o aumento da cooperação internacional para solucionar os conflitos regionais e combater o terrorismo, o crime organizado e as armas de destruição em massa, que "constituem uma grave ameaça à segurança".
Sobre o conflito árabe-israelense, expressaram apoio à iniciativa de paz árabe, aprovada pela Liga Árabe em 2002 e retomada na cúpula do organismo, realizada em março, em Riad.
Além disso, os ministros elogiaram os esforços do Quarteto de Madrid (composto por ONU, União Européia, Estados Unidos e Rússia) para reativar o diálogo palestino-israelense.
"Uma paz justa e duradoura deve ser baseada na legalidade internacional, na iniciativa árabe e no 'Mapa de Caminho', e deve incluir a Síria e o Líbano", afirmaram.
Os chefes das diplomacias do CCG e da UE aproveitaram para incentivar o diálogo entre os diferentes grupos libaneses, e condenaram as ações terroristas no Iraque.
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Segundo um comunicado final, as duas partes "mostraram vontade política para fortalecer as relações e a cooperação em diferentes âmbitos", incluídos os de energia, comércio, indústria, cultura e transporte marítimo.
A nota também afirma que os ministros "reiteraram o compromisso de assinar o acordo de livre-comércio, e encorajam os negociadores a tentar alcançar uma fórmula aceitável o mais rápido possível".
Os chefes das diplomacias da Arábia Saudita, Kuwait, Emirados, Barein, Omã e Catar, e doze ministros de Assuntos Exteriores da UE --comandados pela Alemanha-- participaram da reunião de Riad.
Compareceram também os comissários europeus de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e de Comércio, Peter Mandelson.
A delegação do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico --aliança política e econômica criada em 1981-- foi chefiada pelo ministro de Exteriores saudita, príncipe Saud al Faisal, já que o reino wahhabista ocupa a Presidência rotativa do CCG.
Os ministros reiteraram o respeito das duas regiões aos "valores internacionais dos direitos humanos e da democracia", e o apoio ao diálogo para a aproximação entre as civilizações.
Acordo comercial
A UE e o CCG negociam há quinze anos a assinatura de um acordo de livre-comércio, mas as negociações encontraram muitos obstáculos, como divergências sobre questões relacionadas ao respeito aos direitos humanos e às leis de imigração e trabalho nos países árabes do Golfo Pérsico.
Faisal disse hoje que a conquista do acordo de livre-comércio é "muito importante", e afirmou que os representantes dos dois blocos esperam assiná-lo durante a Presidência alemã da UE, provavelmente em junho.
Já Benita Ferrero-Waldner explicou que "existem algumas reservas" por parte dos países do CCG sobre assuntos relacionados aos investimentos e aos serviços, mas não entrou em detalhes.
O secretário-geral da aliança árabe, Abdel-Rahman al-Attiyah, mostrou-se otimista, e disse esperar que os especialistas responsáveis pela negociação "consigam encerrar os assuntos pendentes em breve, especialmente no que se refere a produtos, serviços e investimentos".
"Posso dizer que começou a contagem regressiva, e que a reunião de junho finalizará as negociações", disse Attiyah, em entrevista coletiva concedida após a reunião.
Política
No plano político, os ministros expressaram inquietação pelas atividades nucleares iranianas, e confirmaram o compromisso de buscar uma solução negociada. Ao mesmo tempo, pediram que Teerã respeite as resoluções do Conselho de Segurança da ONU relacionadas à crise nuclear.
De acordo com o comunicado, os representantes dos dois blocos estimularam o aumento da cooperação internacional para solucionar os conflitos regionais e combater o terrorismo, o crime organizado e as armas de destruição em massa, que "constituem uma grave ameaça à segurança".
Sobre o conflito árabe-israelense, expressaram apoio à iniciativa de paz árabe, aprovada pela Liga Árabe em 2002 e retomada na cúpula do organismo, realizada em março, em Riad.
Além disso, os ministros elogiaram os esforços do Quarteto de Madrid (composto por ONU, União Européia, Estados Unidos e Rússia) para reativar o diálogo palestino-israelense.
"Uma paz justa e duradoura deve ser baseada na legalidade internacional, na iniciativa árabe e no 'Mapa de Caminho', e deve incluir a Síria e o Líbano", afirmaram.
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