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15/05/2007
-
15h02
da Efe, em Paris
Dominique de Villepin apresentou nesta terça-feira sua renúncia como premiê da França ao presidente Jacques Chirac, um dia antes de este passar a Presidência francesa a seu sucessor, Nicolas Sarkozy.
Villepin oficializou sua renúncia e a de seu governo durante um encontro de cerca de 45 minutos com Chirac no Palácio do Eliseu, onde chegou pouco depois das 16h (11h de Brasília), segundo a imprensa local.
Chirac acompanhou Villepin até a porta do Palácio do Eliseu, onde deu um longo aperto de mãos e depois acenou quando o carro do até então primeiro-ministro saía do pátio do Palácio Presidencial.
Conforme prevê o costume institucional francês, o primeiro-ministro demissionário deve agora assumir "a gestão dos assuntos correntes" até a nomeação de seu sucessor, que deve ser François Fillon.
A transferência de poderes está prevista para o próximo dia 17, às 6h (de Brasília).
Aos 53 anos, Villepin deixa Matignon (sede do governo), onde chegou em 31 de maio de 2005, para ocupar o lugar de Jean-Pierre Raffarin.
"Não tenho essa necessidade de contato permanente com o poder. Não gosto dos palácios nacionais, nem desse estilo de vida", disse na última sexta-feira Villepin, um diplomata de carreira, cuja trajetória política foi construída à sombra de seu mentor, Jacques Chirac.
Carreira
Villepin foi secretário-geral do Palácio do Eliseu entre 1995 a 2002, e ministro de Relações Exteriores e do Interior, antes de tomar as rédeas do governo.
Seu maior erro foi cometido em 1997, ao aconselhar Chirac a dissolver a Assembléia Nacional e convocar eleições antecipadas, o que terminou por facilitar a chegada da esquerda ao Executivo, onde permaneceu até 2002.
Seu maior momento de glória ocorreu em fevereiro de 2003, quando, em um apaixonado discurso perante a ONU, defendeu o "não" da França à Guerra do Iraque, enquanto Chirac se recuperava de um acidente vascular.
Villepin deixou um balanço de luzes e sombras em sua passagem pelo governo francês.
Apaixonado por Napoleão, fez da "batalha pelo emprego" sua grande prioridade e sua maior conquista, já que deixou a taxa de desemprego em seu nível mais baixo dos últimos 20 anos.
Ao longo dos últimos dois anos, Villepin teve que enfrentar três graves crises: a onda de violência nos subúrbios franceses, em 2005; a crise social gerada por sua tentativa de impor o polêmico CPE, o contrato de primeiro emprego para jovens de menos de 26 anos; e o escândalo conhecido como "caso Clearstream", trama de falsificação de contas bancárias para acusar de corrupção industriais e políticos franceses, dentre os quais Sarkozy.
Villepin não tem planos concretos para seu futuro, mas afirma possuir "muitos desejos".
A curto prazo, o político anunciou a publicação de um livro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a França
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Dominique de Villepin renuncia como premiê da França
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Dominique de Villepin apresentou nesta terça-feira sua renúncia como premiê da França ao presidente Jacques Chirac, um dia antes de este passar a Presidência francesa a seu sucessor, Nicolas Sarkozy.
Villepin oficializou sua renúncia e a de seu governo durante um encontro de cerca de 45 minutos com Chirac no Palácio do Eliseu, onde chegou pouco depois das 16h (11h de Brasília), segundo a imprensa local.
Chirac acompanhou Villepin até a porta do Palácio do Eliseu, onde deu um longo aperto de mãos e depois acenou quando o carro do até então primeiro-ministro saía do pátio do Palácio Presidencial.
Conforme prevê o costume institucional francês, o primeiro-ministro demissionário deve agora assumir "a gestão dos assuntos correntes" até a nomeação de seu sucessor, que deve ser François Fillon.
A transferência de poderes está prevista para o próximo dia 17, às 6h (de Brasília).
Aos 53 anos, Villepin deixa Matignon (sede do governo), onde chegou em 31 de maio de 2005, para ocupar o lugar de Jean-Pierre Raffarin.
"Não tenho essa necessidade de contato permanente com o poder. Não gosto dos palácios nacionais, nem desse estilo de vida", disse na última sexta-feira Villepin, um diplomata de carreira, cuja trajetória política foi construída à sombra de seu mentor, Jacques Chirac.
Carreira
Villepin foi secretário-geral do Palácio do Eliseu entre 1995 a 2002, e ministro de Relações Exteriores e do Interior, antes de tomar as rédeas do governo.
Seu maior erro foi cometido em 1997, ao aconselhar Chirac a dissolver a Assembléia Nacional e convocar eleições antecipadas, o que terminou por facilitar a chegada da esquerda ao Executivo, onde permaneceu até 2002.
Seu maior momento de glória ocorreu em fevereiro de 2003, quando, em um apaixonado discurso perante a ONU, defendeu o "não" da França à Guerra do Iraque, enquanto Chirac se recuperava de um acidente vascular.
Villepin deixou um balanço de luzes e sombras em sua passagem pelo governo francês.
Apaixonado por Napoleão, fez da "batalha pelo emprego" sua grande prioridade e sua maior conquista, já que deixou a taxa de desemprego em seu nível mais baixo dos últimos 20 anos.
Ao longo dos últimos dois anos, Villepin teve que enfrentar três graves crises: a onda de violência nos subúrbios franceses, em 2005; a crise social gerada por sua tentativa de impor o polêmico CPE, o contrato de primeiro emprego para jovens de menos de 26 anos; e o escândalo conhecido como "caso Clearstream", trama de falsificação de contas bancárias para acusar de corrupção industriais e políticos franceses, dentre os quais Sarkozy.
Villepin não tem planos concretos para seu futuro, mas afirma possuir "muitos desejos".
A curto prazo, o político anunciou a publicação de um livro.
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