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22/05/2007 - 08h03

Justiça britânica acusa ex-agente da KGB por morte de ex-espião

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da France Presse, em Londres

O Reino Unido acusou nesta terça-feira o ex-agente da KGB Andrei Lugovoi pela morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, ocorrida em novembro de 2006 em Londres.

O ministério britânico das Relações Exteriores pediu a colaboração de Moscou, que já alertou que não está disposto a uma extradição. "Concluí que as provas apresentadas pela polícia são suficientes para acusar Andrei Lugovoi pelo assassinato de Litvinenko", declarou o diretor do Crown Prosecution Service (CPS), Sir Ken MacDonald.

MacDonald também destacou que pediu à promotoria que inicie os procedimentos para obter a extradição do acusado da Rússia. Porém, Moscou já anunciou que não pretende ceder a qualquer pedido de extradição de um de seus cidadãos neste caso.

Litvinenko, um ferrenho opositor do Kremlin, morreu em 23 de novembro de 2006 em Moscou, depois de ter sido envenenado com polônio 210, substância altamente radioativa.

Andrei Lugovoi, ao lado de outros dois homens, Dimitri Kovtun e Viacheslav Sokolenko, se reuniu com Litvinenko três semanas antes da morte. O acusado nega o vínculo com o crime.

A ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett, pediu nesta terça-feira a plena colaboração da Rússia após o anúncio do indiciamento de Lugovoi pelo assassinato de Litvinenko. "Foi um crime sério. Buscamos e esperamos a plena cooperação das autoridades russas para levar Lugovoi à justiça russa", afirma Beckett em um comunicado.

"Estes pedidos foram seriamente formulados ao embaixador russo quando ele foi chamado hoje ao Foreign Office", acrescentou.

A procuradoria geral russa reagiu imediatamente e descartou qualquer possibilidade de extradição de Lugovoi. "Segundo a Constituição da Federação da Rússia, os cidadãos russos não podem ser extraditados a países estrangeiros para ser julgados e Lugovoi é um cidadão da Rússia", disse uma fonte judiciária, segundo a agência de notícias Ria Novosti.

O ex-agente da KGB, hoje homem de negócios, vive em território russo e só pode ser investigado pelas autoridades russas, acrescentou a mesma fonte.

A procuradoria geral, contactada por telefone pela France Presse, se negou em um primeiro momento a comentar a informação. A Rússia já havia anunciado nos últimos meses que não aceitaria a extradição de seus cidadãos neste caso.

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