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22/05/2007 - 10h09

Veja cronologia do caso da morte do ex-espião russo

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da Efe, em Londres

A Promotoria britânica anunciou nesta terça-feira que acusará o ex-agente russo Andrei Lugovoi pelo assassinato do ex-espião Alexander Litvinenko, que morreu em Londres em 2006, envenenado com uma alta dose da substância radioativa polônio 210.

Veja a cronologia do caso:

2006

- 7 de outubro: A jornalista russa Anna Politkovskaya, grande crítica do Kremlin e da guerra na Tchetchênia, é morta a tiros em Moscou.

Em Londres, o ex-espião russo Alexander Litvinenko, outro detrator do presidente russo, Vladimir Putin, começa a investigar o assassinato.

- 1º de novembro: Litvinenko se reúne no hotel Millennium de Londres com dois compatriotas, entre eles Andrei Lugovoi, ex-agente do KGB, antigo serviço de espionagem soviético.

No mesmo dia, ele se encontra em um restaurante japonês com o acadêmico italiano Mario Scaramella, quem tem contatos no mundo da espionagem. Horas depois, o ex-espião se sente mal e é internado no Barnet Geral Hospital, no norte de Londres.

- 11 de novembro: Litvinenko concede uma entrevista ao serviço russo da rede 'BBC' na qual afirma se sentir muito mal após um 'grave envenenamento'.

Sobre a reunião com Scaramella, diz que o italiano lhe passou documentos relacionados com os supostos assassinos de Politkovskaya.

- 17 de novembro: Litvinenko é transferido para o University College Hospital, no centro de Londres, e sua saúde piora vertiginosamente.

- 19 de novembro: A notícia de sua possível intoxicação chega à imprensa britânica, que descreve Litvinenko como um firme opositor de Putin e sugere que pode ter sido envenenado com tálio.

- 20 de novembro: O doente é levado à unidade de terapia intensiva do University College Hospital, que divulga imagens de um Litvinenko muito magro e com grande perda de cabelo.

- 21 de novembro: O toxicólogo John Henry, um dos médicos que atendem o ex-espião, afirma que ele foi envenenado com 'tálio radioativo'.

- 22 de novembro: O Serviço de Espionagem Exterior (SVR) da Rússia nega qualquer envolvimento em seu aparente envenenamento.

- 23 de novembro: Após uma grave deterioração de sua saúde, Litvinenko morre às 21h21 (19h21 em Brasília) sem que os médicos descubram o motivo de sua doença. A Scotland Yard assume a investigação da morte.

- 24 de novembro: A Agência de Proteção da Saúde britânica confirma que foi encontrada na urina de Litvinenko uma grande quantidade de radiação alfa provavelmente emitida por uma substância radioativa denominada polônio 210. Em carta divulgada após sua morte, Alexander Litvinenko acusa Putin de estar por trás do suposto crime.

- 26 de novembro: A Scotland Yard admite como 'suspeita' a morte de Litvinenko.

- 27 de novembro: Três pessoas são enviadas a uma clínica especializada para serem submetidas a testes de contaminação radiológica.

- 28 de novembro: É realizada a autópsia do corpo do ex-espião.

- 29 de novembro: São encontrados vestígios de uma substância radioativa em dois aviões da British Airways e em vários estabelecimentos e hotéis de Londres.

- 4 de dezembro: Nove detetives da Scotland Yard chegam a Moscou para investigar a morte de Litvinenko.

- 6 de dezembro: A polícia britânica anuncia que considera um assassinato a misteriosa morte do ex-espião russo.

- 7 de dezembro: A Rússia abre sua própria investigação sobre a morte do ex-agente.

- 18 de dezembro: A Scotland Yard encerra suas investigações em Moscou após interrogar seis testemunhas.

- 24 de dezembro: Scaramella é detido pela polícia italiana ao chegar a Nápoles sob suspeita de suposto tráfico de armas, revelação de informação privilegiada e calúnia agravada.

2007

- 18 de janeiro: A Agência de Proteção da Saúde informa que o total de atingidos pelo isótopo radioativo polônio 210 chega a 128.

- 26 de janeiro: A Procuradoria Geral da Rússia descarta a possível extradição do empresário russo Lugovoi, principal suspeito no assassinato de Alexander Litvinenko.

- 31 de janeiro: A Polícia Metropolitana de Londres entrega à Promotoria o relatório com suas investigações sobre o caso Litvinenko, para que decida se podem ser apresentadas acusações.

- 15 de fevereiro: A Agência de Proteção da Saúde indica que 16 pessoas enfrentam um risco para sua saúde a longo prazo após terem sido contaminadas com polônio 210.

- 20 de fevereiro: A polícia recebe um grupo de detetives russos que viajou ao Reino Unido para investigar o assassinato de Litvinenko.

- 22 de maio: A Promotoria britânica anuncia que apresentará acusações contra Lugovoi pelo assassinato de Litvinenko, enquanto a ministra de Relações Exteriores, Margaret Beckett, pede a colaboração das autoridades russas.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Reino Unido
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  • Leia cobertura completa no especial Ameaça Radioativa
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