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23/10/2000
-
07h42
da Reuters
em Washington
Com os problemas atuais no Oriente Médio, os dois candidatos à Presidência dos EUA foram levados a comentar, no último debate, como pretendem comandar a capacidade de superpotência do país nos próximos quatro anos.
As diferenças entre o democrata Al Gore e o republicano George W. Bush podem ser significativas.
O vice-presidente apresentou uma visão expandida sobre os interesses de segurança nacional, que requerem envolvimento dos EUA. Já o governador do Texas foi mais restritivo.
No dia em que o presidente Bill Clinton mediou um frágil acordo de cessar-fogo entre palestinos e israelenses, poucas questões sobre segurança foram colocadas aos candidatos no debate realizado em Saint Louis, Missouri, EUA.
Indagado sobre como escolheria o momento e o lugar para enviar forças norte-americanas para o exterior, Bush disse que a movimentação de tropas "precisa seguir os interesses nacionais".
Ele não definiu o que entende por "interesse nacional". Quando for presidente, agregou, o Exército dos EUA "estará preparado e pronto para lutar e vencer guerras, e, portanto, evitar que as guerras aconteçam em primeiro lugar. Deverá haver momentos em que teremos de usar nossas tropas para a manutenção de paz, mas não com frequência."
Seus comentários sugeriram fortemente sua intenção de deixar de lado a tendência norte-americana dos últimos anos de aumento na participação em missões de paz -como o que ocorreu na Bósnia, Kosovo e Haiti.
Gore também falou que seria "criterioso" ao avaliar o potencial envio de tropas para fora. Mas em recentes discursos, o vice-presidente mostrou uma visão bem mais ampla sobre o papel mundial que os EUA devem desempenhar.
"Também temos de ter um senso de missã no mundo. Temos de proteger nossa capacidade de impulsionar os valores dos EUA, precisamos projetar o poder do bem", disse Gore.
Apesar de algumas diferenças filosóficas, os efeitos práticos das visões dos candidatos não estão claros. No debate da Carolina do Norte, Bush e Gore concordaram mais do que discordaram, elogiando as intervenções norte-americanas na Bósnia, Kosovo, Guerra do Golfo, Panamá e criticando o trágico desfecho da participação dos EUA nas forças de paz na Somália (1992-93).
Mas houve algumas diferenças também: Bush apoiou e Gore se opôs ao envolvimento militar do país no Líbano, que levou à morte em um atentado suicida de 241 soldados dos EUA em Beirute em 1982.
Gore apoiou e Bush se disse contra a invasão do Haiti, em 1994, que fracassou no intuito de criar uma democracia no país centro-americano, mas conteve o fluxo de refugiados haitianos para os EUA.
Desde o debate, Bush parece estar consolidando uma pequena diferença sobre Gore, com 3% a 11% de diferença em relação ao vice-presidente.
A última pesquisa CNN/"USA Today"/Gallup de intençao de voto mostra que Bush tem 51% e Al Gore 40%.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
Leia mais notícias da Reuters na Folha Online
Leia mais notícias internacionais na Folha Online
Bush e Gore divergem sobre papel dos EUA no mundo
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em Washington
Com os problemas atuais no Oriente Médio, os dois candidatos à Presidência dos EUA foram levados a comentar, no último debate, como pretendem comandar a capacidade de superpotência do país nos próximos quatro anos.
As diferenças entre o democrata Al Gore e o republicano George W. Bush podem ser significativas.
O vice-presidente apresentou uma visão expandida sobre os interesses de segurança nacional, que requerem envolvimento dos EUA. Já o governador do Texas foi mais restritivo.
No dia em que o presidente Bill Clinton mediou um frágil acordo de cessar-fogo entre palestinos e israelenses, poucas questões sobre segurança foram colocadas aos candidatos no debate realizado em Saint Louis, Missouri, EUA.
Indagado sobre como escolheria o momento e o lugar para enviar forças norte-americanas para o exterior, Bush disse que a movimentação de tropas "precisa seguir os interesses nacionais".
Ele não definiu o que entende por "interesse nacional". Quando for presidente, agregou, o Exército dos EUA "estará preparado e pronto para lutar e vencer guerras, e, portanto, evitar que as guerras aconteçam em primeiro lugar. Deverá haver momentos em que teremos de usar nossas tropas para a manutenção de paz, mas não com frequência."
Seus comentários sugeriram fortemente sua intenção de deixar de lado a tendência norte-americana dos últimos anos de aumento na participação em missões de paz -como o que ocorreu na Bósnia, Kosovo e Haiti.
Gore também falou que seria "criterioso" ao avaliar o potencial envio de tropas para fora. Mas em recentes discursos, o vice-presidente mostrou uma visão bem mais ampla sobre o papel mundial que os EUA devem desempenhar.
"Também temos de ter um senso de missã no mundo. Temos de proteger nossa capacidade de impulsionar os valores dos EUA, precisamos projetar o poder do bem", disse Gore.
Apesar de algumas diferenças filosóficas, os efeitos práticos das visões dos candidatos não estão claros. No debate da Carolina do Norte, Bush e Gore concordaram mais do que discordaram, elogiando as intervenções norte-americanas na Bósnia, Kosovo, Guerra do Golfo, Panamá e criticando o trágico desfecho da participação dos EUA nas forças de paz na Somália (1992-93).
Mas houve algumas diferenças também: Bush apoiou e Gore se opôs ao envolvimento militar do país no Líbano, que levou à morte em um atentado suicida de 241 soldados dos EUA em Beirute em 1982.
Gore apoiou e Bush se disse contra a invasão do Haiti, em 1994, que fracassou no intuito de criar uma democracia no país centro-americano, mas conteve o fluxo de refugiados haitianos para os EUA.
Desde o debate, Bush parece estar consolidando uma pequena diferença sobre Gore, com 3% a 11% de diferença em relação ao vice-presidente.
A última pesquisa CNN/"USA Today"/Gallup de intençao de voto mostra que Bush tem 51% e Al Gore 40%.
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