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25/10/2000
-
13h09
da France Presse
em Miami
O Estado da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, é um ponto-chave na batalha presidencial do próximo dia sete de novembro, a mais disputada dos últimos anos: hispânicos, aposentados, negros e a comunidade judaica constituem minorias poderosas, que podem inclinar a balança para um lado ou para o outro.
Próximo à costa cubana, o sul da Flórida é uma soma de minorias, um "caldeirão" étnico e religioso e uma das regiões mais hispânicas dos Estados Unidos.
O Estado tem a maior proporção de aposentados do país e, ao mesmo tempo, importantes comunidades judaicas e negras.
Além disso, a Flórida é um Estado-chave para as aspirações presidenciais do democrata Al Gore e do republicano George W. Bush.
Aqui, ambos estão empatados nas pesquisas e os 25 grandes eleitores da Flórida que participarão da votação poderão ser determinantes para se chegar na Casa Branca.
"Se ganharmos aqui, venceremos", garantiu esta semana o candidato democrata à vice-presidência, o senador judeu Joseph Lieberman, em uma de suas várias visitas à Flórida.
"Perder aqui seria um mau presságio" em nível nacional, reconheceu um membro da campanha republicana na Flórida, que pediu para não ser identificado.s suas minorias, a Flórida acrescenta outra particularidade: seu governador, Jeb Bush, é irmão do candidato republicano.
Jeb é popular e, no geral, seu mandato é apreciado. Fato suficiente para que os republicanos ganhem na Flórida? Há um ano, quando George W. Bush superava claramente Gore nas pesquisas do estado, parecia que sim.
Mas as sondagens atuais mostram uma disputa dramática entre os dois candidatos no Estado, tradicionalmente republicano.
"A Flórida reflete agora a tendência nacional" nestas eleições, as mais disputadas dos últimos 40 anos, disse Darío Moreno, especialista em política da Universidade Internacional da Flórida .
"Além disso, a Flórida reflete melhor do que outros estados o resto do país, com suas importantes minorias", acrescentou, ao lembrar que 12% dos eleitores do Estado são hispânicos (8% deles cubano-americanos), outros 12% são afro-americanos e de 4% a 6% são judeus.
Esse mosaico tem outra peculiaridade: uma terceira parte dos eleitores da Flórida tem mais de 65 anos, sendo que muitos deles são aposentados atraídos pelo clima agradável e procedentes da Costa Leste ou Costa Norte dos EUA.
Os "senior citizen", como são chamados, formam uma quinta parte da população total do estado, de 15 milhões de habitantes.
Bush e Gore têm cortejado essas minorias em suas viagens eleitorais à Flórida. Os "senior citizen", preocupados principalmente com questões relacionadas à saúde e cobertura médica, se inclinam para o lado democrata, segundo Moreno.
Os judeus são tradicionalmente democratas, mas o "efeito Liebermann" vai mobilizar ainda mais o voto desta comunidade na Flórida, na opinião do especialista.
Também apoiará Gore boa parte da comunidade negra, assim como os hispânicos não-cubanos, refletindo uma tendência nacional. Apenas o exílio cubano anticastrista é abertamente republicano.
A vitória de Gore na Flórida "é possível, mas a de Bush é mais provável", na opinião do professor da Universidade Internacional da Flórida, uma vez que entre as minorias do Estado há vários eleitores republicanos "de origem não urbana, preocupados com a redução de impostos e a luta contra o crime", disse.
Bush gastou na Flórida o dobro de Gore em propagandas eleitorais na televisão, segundo o Brennan Center da Universidade de Nova York.
"Bush gastou muito porque sabe que há um empate na Flórida e a Flórida é um Estado onde não se pode permitir uma derrota", avaliou Joshua Rosenkranz, diretor do centro.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
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Bush e Gore disputam eleitores da Flórida
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em Miami
O Estado da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, é um ponto-chave na batalha presidencial do próximo dia sete de novembro, a mais disputada dos últimos anos: hispânicos, aposentados, negros e a comunidade judaica constituem minorias poderosas, que podem inclinar a balança para um lado ou para o outro.
Próximo à costa cubana, o sul da Flórida é uma soma de minorias, um "caldeirão" étnico e religioso e uma das regiões mais hispânicas dos Estados Unidos.
O Estado tem a maior proporção de aposentados do país e, ao mesmo tempo, importantes comunidades judaicas e negras.
Além disso, a Flórida é um Estado-chave para as aspirações presidenciais do democrata Al Gore e do republicano George W. Bush.
Aqui, ambos estão empatados nas pesquisas e os 25 grandes eleitores da Flórida que participarão da votação poderão ser determinantes para se chegar na Casa Branca.
"Se ganharmos aqui, venceremos", garantiu esta semana o candidato democrata à vice-presidência, o senador judeu Joseph Lieberman, em uma de suas várias visitas à Flórida.
"Perder aqui seria um mau presságio" em nível nacional, reconheceu um membro da campanha republicana na Flórida, que pediu para não ser identificado.s suas minorias, a Flórida acrescenta outra particularidade: seu governador, Jeb Bush, é irmão do candidato republicano.
Jeb é popular e, no geral, seu mandato é apreciado. Fato suficiente para que os republicanos ganhem na Flórida? Há um ano, quando George W. Bush superava claramente Gore nas pesquisas do estado, parecia que sim.
Mas as sondagens atuais mostram uma disputa dramática entre os dois candidatos no Estado, tradicionalmente republicano.
"A Flórida reflete agora a tendência nacional" nestas eleições, as mais disputadas dos últimos 40 anos, disse Darío Moreno, especialista em política da Universidade Internacional da Flórida .
"Além disso, a Flórida reflete melhor do que outros estados o resto do país, com suas importantes minorias", acrescentou, ao lembrar que 12% dos eleitores do Estado são hispânicos (8% deles cubano-americanos), outros 12% são afro-americanos e de 4% a 6% são judeus.
Esse mosaico tem outra peculiaridade: uma terceira parte dos eleitores da Flórida tem mais de 65 anos, sendo que muitos deles são aposentados atraídos pelo clima agradável e procedentes da Costa Leste ou Costa Norte dos EUA.
Os "senior citizen", como são chamados, formam uma quinta parte da população total do estado, de 15 milhões de habitantes.
Bush e Gore têm cortejado essas minorias em suas viagens eleitorais à Flórida. Os "senior citizen", preocupados principalmente com questões relacionadas à saúde e cobertura médica, se inclinam para o lado democrata, segundo Moreno.
Os judeus são tradicionalmente democratas, mas o "efeito Liebermann" vai mobilizar ainda mais o voto desta comunidade na Flórida, na opinião do especialista.
Também apoiará Gore boa parte da comunidade negra, assim como os hispânicos não-cubanos, refletindo uma tendência nacional. Apenas o exílio cubano anticastrista é abertamente republicano.
A vitória de Gore na Flórida "é possível, mas a de Bush é mais provável", na opinião do professor da Universidade Internacional da Flórida, uma vez que entre as minorias do Estado há vários eleitores republicanos "de origem não urbana, preocupados com a redução de impostos e a luta contra o crime", disse.
Bush gastou na Flórida o dobro de Gore em propagandas eleitorais na televisão, segundo o Brennan Center da Universidade de Nova York.
"Bush gastou muito porque sabe que há um empate na Flórida e a Flórida é um Estado onde não se pode permitir uma derrota", avaliou Joshua Rosenkranz, diretor do centro.
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