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26/10/2000
-
11h03
da France Presse
em Severomorsk (Rússia)
"Ninguém pode subir", escreveu pouco antes de morrer um dos tripulantes do submarino russo Kursk, em um bilhete encontrado no bolso de seu uniforme, segundo o qual 23 dos 118 ocupantes do navio não morreram imediatamente depois do acidente ocorrido em 12 de agosto passado.
"13h15. Todo o pessoal dos compartimentos seis, sete e oito passou para o nove. Somos 23. Tomamos esta decisão por causa do acidente. Ninguém pode subir", afirma o bilhete encontrado no corpo do oficial Dmitri Kolesnikov, sem precisar se a palavra subir se referia à superfície ou simplesmente a um nível superior do submarino.
A nota foi lida hoje pelo almirante Vladimir Kuroyedov às viúvas dos marinheiros do Kursk, na base naval de Vidiayevo, segundo a agência "Itar-Tass".
Em seguida, com uma letra pouco legível, estão assinaladas as cifras "13, 5" e a menção "escrevo por tato", dando a entender que os marinheiros estavam na mais completa escuridão.
A "Itar-Tass" não disse como a nota ficou protegida da água, já que todo o submarino foi inundado.
Esta descoberta demonstra que pelo menos 23 dos marinheiros não morreram na explosão que causou o naufrágio do submarino no mar de Barents.
Durante os primeiros dias que se seguiram à catástrofe, foram ouvidos ruídos que faziam pensar que os tripulantes tentavam comunicar em código morse batendo contra as paredes do navio.
Esta interpretação foi rejeitada depois pelas autoridades russas. Os navios russos da plataforma norueguesa Regalia trouxeram ontem para a superfície quatro cadáveres.
Na manhã de hoje, os corpos se encontravam ainda na plataforma, já que o tempo não permitia decolar os helicópteros que deviam levá-los à base de Severomorsk (mar de Barents).
Evocando razões "morais e éticas", as autoridades negaram-se a descrever o estado em que se encontravam os cadáveres levados para a superfície.
Mas os médicos examinavam "os detalhes dos que conseguiram resistir para determinar as causas da morte dos marinheiros", segundo uma fonte do Estado-Maior da Frota do Mar do Norte, citada pela "Interfax".
Por outra parte, o almirante Kuroyedov disse que foram interrompidos os trabalhos nos compartimentos sete e oito e que vão concentrar todos os esforços no nove, onde, segundo a nota, haveria outros 19 corpos.
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Marinheiro do Kursk deixa carta desesperada antes da morte
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em Severomorsk (Rússia)
"Ninguém pode subir", escreveu pouco antes de morrer um dos tripulantes do submarino russo Kursk, em um bilhete encontrado no bolso de seu uniforme, segundo o qual 23 dos 118 ocupantes do navio não morreram imediatamente depois do acidente ocorrido em 12 de agosto passado.
"13h15. Todo o pessoal dos compartimentos seis, sete e oito passou para o nove. Somos 23. Tomamos esta decisão por causa do acidente. Ninguém pode subir", afirma o bilhete encontrado no corpo do oficial Dmitri Kolesnikov, sem precisar se a palavra subir se referia à superfície ou simplesmente a um nível superior do submarino.
A nota foi lida hoje pelo almirante Vladimir Kuroyedov às viúvas dos marinheiros do Kursk, na base naval de Vidiayevo, segundo a agência "Itar-Tass".
Em seguida, com uma letra pouco legível, estão assinaladas as cifras "13, 5" e a menção "escrevo por tato", dando a entender que os marinheiros estavam na mais completa escuridão.
A "Itar-Tass" não disse como a nota ficou protegida da água, já que todo o submarino foi inundado.
Esta descoberta demonstra que pelo menos 23 dos marinheiros não morreram na explosão que causou o naufrágio do submarino no mar de Barents.
Durante os primeiros dias que se seguiram à catástrofe, foram ouvidos ruídos que faziam pensar que os tripulantes tentavam comunicar em código morse batendo contra as paredes do navio.
Esta interpretação foi rejeitada depois pelas autoridades russas. Os navios russos da plataforma norueguesa Regalia trouxeram ontem para a superfície quatro cadáveres.
Na manhã de hoje, os corpos se encontravam ainda na plataforma, já que o tempo não permitia decolar os helicópteros que deviam levá-los à base de Severomorsk (mar de Barents).
Evocando razões "morais e éticas", as autoridades negaram-se a descrever o estado em que se encontravam os cadáveres levados para a superfície.
Mas os médicos examinavam "os detalhes dos que conseguiram resistir para determinar as causas da morte dos marinheiros", segundo uma fonte do Estado-Maior da Frota do Mar do Norte, citada pela "Interfax".
Por outra parte, o almirante Kuroyedov disse que foram interrompidos os trabalhos nos compartimentos sete e oito e que vão concentrar todos os esforços no nove, onde, segundo a nota, haveria outros 19 corpos.
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