Publicidade
Publicidade
27/10/2000
-
17h32
da Reuters
em Santiago
O ex-ditador Augusto Pinochet não reconhece a decisão dos tribunais argentinos, que solicitaram hoje sua extradição pela suposta participação no assassinato do general Carlos Prats e de sua esposa em 1974, anunciaram os advogados do ex-presidente chileno.
``Não reconhecemos a jurisdição argentina para as acusações imputadas (...) Não fomos legalmente comunicados'', disse Gustavo Collao, um dos advogados de Pinochet.
Collao disse que a solicitação argentina deve ser aprovada pelos organismos competentes, como a Suprema Corte de Justiça chilena, antes de ser reconhecida oficialmente.
A petição de extradição de Pinochet foi apresentada pelo juiz argentino Juan José Galeano, que substitui María Servini de Cubría no processo do homicídio de Prats.
O general Prats e sua esposa, Sofía Cuthbert, foram assassinados num atentado a bomba contra seu carro no dia 29 de setembro de 1974 no bairro residencial de Palermo, em Buenos Aires.
Prats exilou-se na Argentina depois de renunciar ao comando do Exército do Chile, pressionado por seu apoio ao presidente socialista Salvador Allende.
Pinochet assumiu então o comando, em 1973, e no mesmo ano liderou um golpe militar que deu início a uma ditadura de 17 anos.
Durante a investigação na Argentina, a Dina, polícia política dos primeiros anos do regime de Pinochet, foi apontada como mandante do crime.
O ex-chefe da Dina, Manuel Contreras, reconheceu que o organismo respondia diretamente a Pinochet.
``As provas que existem no processo são claras para comprovar a participação de Pinochet e da Dina nos fatos'', disse Hernán Quesada, advogado da família Prats. Ele informou ter recebido a notificação do pedido de extradição.
A lei chilena estabelece que o presidente da Suprema Corte é o encarregado de resolver sobre a aprovação ou não dos pedidos de extradição. Sua decisão pode sofrer apelação em plenário.
O governo do Chile afirma que não interferirá nas resoluções judiciais sobre Pinochet.
O ex-ditador enfrenta no Chile 177 acusações por supostos crimes cometidos durante sua ditadura.
No dia 30 de outubro, a Corte de Apelações iniciará as audiências sobre a apelação de Pinochet à ordem judicial de submeter-se a exames mentais.
O ex-ditador já perdeu a imunidade parlamentar como senador vitalício.
Leia mais notícias da Reuters na Folha Online
Leia mais notícias internacionais na Folha Online
Pinochet ignora pedido de extradição argentino
Publicidade
em Santiago
O ex-ditador Augusto Pinochet não reconhece a decisão dos tribunais argentinos, que solicitaram hoje sua extradição pela suposta participação no assassinato do general Carlos Prats e de sua esposa em 1974, anunciaram os advogados do ex-presidente chileno.
``Não reconhecemos a jurisdição argentina para as acusações imputadas (...) Não fomos legalmente comunicados'', disse Gustavo Collao, um dos advogados de Pinochet.
Collao disse que a solicitação argentina deve ser aprovada pelos organismos competentes, como a Suprema Corte de Justiça chilena, antes de ser reconhecida oficialmente.
A petição de extradição de Pinochet foi apresentada pelo juiz argentino Juan José Galeano, que substitui María Servini de Cubría no processo do homicídio de Prats.
O general Prats e sua esposa, Sofía Cuthbert, foram assassinados num atentado a bomba contra seu carro no dia 29 de setembro de 1974 no bairro residencial de Palermo, em Buenos Aires.
Prats exilou-se na Argentina depois de renunciar ao comando do Exército do Chile, pressionado por seu apoio ao presidente socialista Salvador Allende.
Pinochet assumiu então o comando, em 1973, e no mesmo ano liderou um golpe militar que deu início a uma ditadura de 17 anos.
Durante a investigação na Argentina, a Dina, polícia política dos primeiros anos do regime de Pinochet, foi apontada como mandante do crime.
O ex-chefe da Dina, Manuel Contreras, reconheceu que o organismo respondia diretamente a Pinochet.
``As provas que existem no processo são claras para comprovar a participação de Pinochet e da Dina nos fatos'', disse Hernán Quesada, advogado da família Prats. Ele informou ter recebido a notificação do pedido de extradição.
A lei chilena estabelece que o presidente da Suprema Corte é o encarregado de resolver sobre a aprovação ou não dos pedidos de extradição. Sua decisão pode sofrer apelação em plenário.
O governo do Chile afirma que não interferirá nas resoluções judiciais sobre Pinochet.
O ex-ditador enfrenta no Chile 177 acusações por supostos crimes cometidos durante sua ditadura.
No dia 30 de outubro, a Corte de Apelações iniciará as audiências sobre a apelação de Pinochet à ordem judicial de submeter-se a exames mentais.
O ex-ditador já perdeu a imunidade parlamentar como senador vitalício.
Leia mais notícias da Reuters na Folha Online
Leia mais notícias internacionais na Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice