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29/10/2000
-
10h04
da Reuters
em Dubai (Emirados Árabes Unidos)
Os cidadãos dos Emirados Árabes Unidos estão se tornando minoria em seu próprio país. Autoridades e empresários dos Emirados dizem-se espantados com a dependência cada vez maior do país em relação à mão-de-obra estrangeira, que atualmente responde por 90 por cento da força de trabalho do território.
Essa é, de longe, a porcentagem mais alta entre os países do golfo Pérsico, cujas economias se viram transformadas depois do início da exploração de petróleo e gás natural.
A rápida transformação dos Emirados Árabes Unidos de um conjunto de pequenas tribos em um Estado moderno com auto-estradas de alta velocidade e arranha-céus brilhantes implicou um grande custo para um país cuja maior parte dos cidadãos não se mostra disposta a realizar trabalhos subalternos.
"Vivemos em perigo. Nosso país está em perigo porque a maior parte de suas atividades está nas mãos de estrangeiros'", afirmou o empresário Juma'a Balhoul.
Balhoul foi um dos homens, entre autoridades, estudiosos e empresários dos Emirados, convidados pelo jornal al-Khaleej para participar neste mês de um debate sobre o que consideram uma ameaça à população local -o grande influxo de trabalhadores estrangeiros e a reiterada indiferença do governo a respeito do problema.
Segundo participantes do encontro, os estrangeiros atualmente dominam o setor privado da economia e compõem 60 por cento da força de trabalho do setor público. O último censo realizado no país, em 1997, mostrava a população dos Emirados com 2,7 milhões de pessoas, 75 por cento delas estrangeiros.
Autoridades do país dizem reservadamente que esse número deve ter chegado este ano aos 4 milhões, com 85 por cento de estrangeiros, a maior parte deles vindos do Paquistão, da Índia e de outros países do Sudeste Asiático.
Em 1968, três anos antes da independência da Grã-Bretanha, os naturais dos Emirados representavam 62 por cento de sua força de trabalho, afirmou Matar Juma'a, chefe da área de estatísticas do departamento de planejamento do governo.
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Naturais dos Emirados Árabes tornam-se minoria em seu país
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em Dubai (Emirados Árabes Unidos)
Os cidadãos dos Emirados Árabes Unidos estão se tornando minoria em seu próprio país. Autoridades e empresários dos Emirados dizem-se espantados com a dependência cada vez maior do país em relação à mão-de-obra estrangeira, que atualmente responde por 90 por cento da força de trabalho do território.
Essa é, de longe, a porcentagem mais alta entre os países do golfo Pérsico, cujas economias se viram transformadas depois do início da exploração de petróleo e gás natural.
A rápida transformação dos Emirados Árabes Unidos de um conjunto de pequenas tribos em um Estado moderno com auto-estradas de alta velocidade e arranha-céus brilhantes implicou um grande custo para um país cuja maior parte dos cidadãos não se mostra disposta a realizar trabalhos subalternos.
"Vivemos em perigo. Nosso país está em perigo porque a maior parte de suas atividades está nas mãos de estrangeiros'", afirmou o empresário Juma'a Balhoul.
Balhoul foi um dos homens, entre autoridades, estudiosos e empresários dos Emirados, convidados pelo jornal al-Khaleej para participar neste mês de um debate sobre o que consideram uma ameaça à população local -o grande influxo de trabalhadores estrangeiros e a reiterada indiferença do governo a respeito do problema.
Segundo participantes do encontro, os estrangeiros atualmente dominam o setor privado da economia e compõem 60 por cento da força de trabalho do setor público. O último censo realizado no país, em 1997, mostrava a população dos Emirados com 2,7 milhões de pessoas, 75 por cento delas estrangeiros.
Autoridades do país dizem reservadamente que esse número deve ter chegado este ano aos 4 milhões, com 85 por cento de estrangeiros, a maior parte deles vindos do Paquistão, da Índia e de outros países do Sudeste Asiático.
Em 1968, três anos antes da independência da Grã-Bretanha, os naturais dos Emirados representavam 62 por cento de sua força de trabalho, afirmou Matar Juma'a, chefe da área de estatísticas do departamento de planejamento do governo.
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