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30/10/2000 - 12h37

Barak enfrenta problemas com reinício de sessões parlamentares

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da France Presse
em Jerusalém

O primeiro-ministro israelense Ehud Barak enfrentará uma difícil situação política ao longo do dia de hoje, quando se inicia o período ordinário de sessões do Parlamento de Israel, uma vez que não prosperaram seus esforços para formar um gabinete de "emergência nacional" em aliança com a direita.

Pela primeira vez na história de Israel, o tradicional discurso político do primeiro-ministro não deve contar com a aprovação da Câmara, já que Barak só tem a adesão de cerca de 30 deputados de um total de 120.

Mais de um mês depois do início da rebelião palestina, que já deixou 151 mortos e 4.000 feridos, quase todos árabes, Barak não conseguiu chegar a um acordo com o chefe do Likud (oposição de direita) Ariel Sharon para a formação de um gabinete de "emergência nacional".

"Fizemos todo o possível para elaborar um texto de compromisso que satisfaça as duas partes. Mas existe um problema, pois o Likud (partido de oposição ao governo, de orientação de extrema direita) quer terminar com o compromisso político (com os palestinos)", afirmou hoje o ministro das Telecomunicações israelense, Binyamin Ben Eliecer.

Segundo Yaron Dekel, analista política da televisão israelense, "Barak espera deixar em suspenso a criação de um gabinete de emergência até sua eventual reunião, em Washington, com o presidente Bill Clinton", programada para meados de novembro, depois das eleições norte-americanas.

Clinton deseja reunir-se em separado com Barak e com o presidente palestino Iasser Arafat sob a condição de que o acordo de cessar-fogo concluído em 17 de outubro passado, em Sharm el-Sheikh (Egito), seja respeitado para reativar o processo de paz.

Os palestinos consideram que a aliança de Sharon e Barak estabeleceria o término do processo político. Da mesma forma, manifestaram seu desejo de que a União Européia e a Rússia sejam integradas ao contexto de um acordo de paz que até agora foi patrocinado somente pelos Estados Unidos, considerado por eles defensor dos interesses de Israel.

No momento, Barak pode contar com a trégua parlamentar que lhe ofereceu o partido ultra-ortodoxo Shass quando se comprometeu a apoiá-lo com seus 17 deputados durante a crise provocada pela rebelião palestina. Esse apoio deverá permitir ao governo superar a moção de censura apresentada pelo partido de extrema direita de Israel, Beitenu-União nacional (que conta com 8 deputados).

O vice-ministro israelense da Defesa Efraín Sneh advertiu hoje as autoridades de Damasco (capital da Síria) e Beirute (capital do Líbano) contra uma degradação da situação provocada pelo grupo libanês Hizbollah (Partido de Deus, em árabe, uma milícia islâmica) na fronteira norte de Israel.

Ontem Arafat convocou a população palestina para continuar a Intifada (revolta popular palestina contra a ocupação israelense, ocorrida entre 1987 e 1993) até que a bandeira palestina estivesse em Al Qods (nome que os árabes dão a Jerusalém), reivindicada como capital para o Estado palestino.


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