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30/10/2000
-
16h05
da Reuters
em Madri
O atentado a bomba em Madri, que matou três pessoas hoje, mostra que o grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco) tem a intenção de aumentar o banho de sangue para forçar o governo espanhol a voltar à mesa de negociação, segundo analistas.
Apesar de em 32 anos de campanha o ETA já ter recorrido a atentados muito mais sangrentos, este foi o ataque com maior número de mortos desde que o grupo encerrou o cessar-fogo, em dezembro de 1999.
O juiz José Francisco Querol Lombardero, 69, é também a mais importante autoridade entre as 19 vítimas fatais do ETA neste ano, o mais violento desde 1992. Ele morreu junto com seu motorista e seu guarda-costas, quando o carro em que eles estavam foi atingido pela explosão de um outro carro.
A decisão do ETA de detonar explosivos em uma rua movimentada em horário de pico, ao mesmo tempo em que passageiros embarcavam e desembarcavam de um ônibus a poucos metros dali, mostra a determinação do grupo de espalhar o terror na Espanha.
Mais de 60 pessoas ficaram feridas. "Com ataques indiscriminados, eles estão tentando instaurar o pânico e pôr a culpa no governo", disse Fernando Reinares, professor de política da Universidade de Burgos. "Esse seria o único modo de eles conseguirem alguma concessão, mas até agora está claro que a opinião pública está do lado do governo."
Logo depois do atentado, começaram os planos de manifestações de rua que ocorrem após cada ataque do ETA. Dezenas de milhares de espanhóis saem às ruas, tanto na região basca como no resto do país.
Partidos radicais ligados ao ETA - que pedem um plebiscito para a criação de um Estado independente basco - normalmente conseguem cerca de 15% dos votos na região basca. Apesar do apoio modesto a esses partidos, muitos bascos culpam o governo espanhol por recusar negociações, forçando o ETA a voltar às armas.
Embora tenham sido feitas algumas prisões este ano pela polícia da França e da Espanha, o professor de política Julian Santamaria, da Universidade Complutense de Madri, disse que o ETA continua a despistar a polícia, aparentemente com a intenção de prosseguir com os ataques semanais em toda a Espanha. "Eles estão preparados para fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos", disse Santamaria.
Leia mais no especial do ETA.
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Atentado mostra que ETA deve intensificar ações
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em Madri
O atentado a bomba em Madri, que matou três pessoas hoje, mostra que o grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco) tem a intenção de aumentar o banho de sangue para forçar o governo espanhol a voltar à mesa de negociação, segundo analistas.
Apesar de em 32 anos de campanha o ETA já ter recorrido a atentados muito mais sangrentos, este foi o ataque com maior número de mortos desde que o grupo encerrou o cessar-fogo, em dezembro de 1999.
O juiz José Francisco Querol Lombardero, 69, é também a mais importante autoridade entre as 19 vítimas fatais do ETA neste ano, o mais violento desde 1992. Ele morreu junto com seu motorista e seu guarda-costas, quando o carro em que eles estavam foi atingido pela explosão de um outro carro.
A decisão do ETA de detonar explosivos em uma rua movimentada em horário de pico, ao mesmo tempo em que passageiros embarcavam e desembarcavam de um ônibus a poucos metros dali, mostra a determinação do grupo de espalhar o terror na Espanha.
Mais de 60 pessoas ficaram feridas. "Com ataques indiscriminados, eles estão tentando instaurar o pânico e pôr a culpa no governo", disse Fernando Reinares, professor de política da Universidade de Burgos. "Esse seria o único modo de eles conseguirem alguma concessão, mas até agora está claro que a opinião pública está do lado do governo."
Logo depois do atentado, começaram os planos de manifestações de rua que ocorrem após cada ataque do ETA. Dezenas de milhares de espanhóis saem às ruas, tanto na região basca como no resto do país.
Partidos radicais ligados ao ETA - que pedem um plebiscito para a criação de um Estado independente basco - normalmente conseguem cerca de 15% dos votos na região basca. Apesar do apoio modesto a esses partidos, muitos bascos culpam o governo espanhol por recusar negociações, forçando o ETA a voltar às armas.
Embora tenham sido feitas algumas prisões este ano pela polícia da França e da Espanha, o professor de política Julian Santamaria, da Universidade Complutense de Madri, disse que o ETA continua a despistar a polícia, aparentemente com a intenção de prosseguir com os ataques semanais em toda a Espanha. "Eles estão preparados para fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos", disse Santamaria.
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