Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/10/2000 - 17h07

Rei da Espanha condena "terrorismo cego" de atentado

Publicidade

da AP
em Madri

O rei Juan Carlos de Espanha condenou hoje o atentado com um carro-bomba atribuído ao grupo separatista basco ETA que matou um juiz da Suprema Corte, seu motorista e seu guarda-costas e feriu 35 pessoas, uma delas com gravidade.

O atentado, em um bairro residencial de Madri, foi o mais sangrento atribuído ao ETA desde que essa organização que luta por um país basco independente encerrou, no ano passado, uma trégua unilateral de 14 meses.

"Esta manhã nos invade novamente a dor causada pelo terrorismo cego. O ETA provocou um horrível atentado em Madri, que custou a vida de três servidores do Estado e causou muitos feridos", disse o rei Juan Carlos ao manifestar sua condenação ao atentado.

"Aos assassinos, nossa condenação mais firme, na certeza de que, mais cedo ou mais tarde, pagarão por seus crimes", acrescentou o monarca.

O juiz José Francisco Querol, de 69 anos, trabalhava na sede militar do tribunal, era general e ia se aposentar no mês que vem.

As outras duas vítimas foram o motorista Armando Medina Sßnchez e o guarda-costas Jess Escudero García, membro da Polícia Nacional.

O atentado foi às 9 horas e 15 minutos da manhã (6h15 de Brasília), na hora do "rush", no bairro de Arturo Soria.

O carro-bomba, estacionado em uma esquina, foi acionado quando passava o automóvel do juiz, que morava no bairro. A mulher e a filha do magistrado ouviram a explosão, em casa.

A bomba, de 20 quilos, causou danos a um ônibus que estava no cruzamento, cujo motorista ficou gravemente ferido, e quebrou vidraças em prédios em uma área de três quarteirões.

Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do atentado, as suspeitas recaíram sobre a ETA, que costuma fazer esse tipo de ataque.

"Isto parece um ataque da ETA", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Fernando Delgado.

Desde que iniciou sua luta pela independência do país basco, em 1968, o ETA já matou mais de 800 pessoas, inclusive 16 desde que encerrou a trégua unilateral de 14 meses em dezembro passado.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página