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30/10/2000 - 18h25

Ataque em Jerusalém coincide com reinício da atividade parlamentar

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da France Presse
em Jerusalém

Um ataque, no qual morreu um guarda israelense em pleno centro de Jerusalém, coincidiu hoje com o reinício das sessões no Parlamento israelense, no qual o primeiro-ministro Ehud Barak enfrenta uma situação complicada, por estar em minoria.

No primero ataque desse tipo em Jerusalém Oriental desde o início da Intifada (revolta palestina) de 28 de setembro passado, um guarda de segurança israelense morreu e outro ficou gravemente ferido a tiros.

Os dois homens foram atingidos quando estavam na entrada da sede da Previdência Social nacional no setor leste (árabe) da cidade, ocupada e anexada por Israel, informou à imprensa o chefe de polícia para o setor de Jerusalém, Yair Yitzhaki.

Yitzhaki considerou o ataque uma tentativa de "arrastar Jerusalém, que havia se mantido relativamente tranquila nas últimas semanas, na onda de violência" que atinge os territórios palestinos.

Pela manhã, foi encontrado o corpo apunhalado de um israelense entre o bairro de colonos judeus de Gilo, na periferia de Jerusalém Oriental, e a localidade palestina próxima de Beit Jala. Segundo a rádio pública, trata-se de Amos Mahluf, de 30 anos, judeu, morto a punhaladas.

Na Faixa de Gaza, três palestinos saíram feridos hoje por tiros de obuses e foguetes do Exército israelense contra a cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, segundo testemunhas e a polícia palestina. O Exército israelense desmentiu o fato.

Em Jerusalém, o diretor do comitê de socorro médico palestino, Mustafá Barghuthi, acusou hoje o Exército israelense de "assassinar" os manifestantes palestinos disparando deliberadamente na cabeça.

Na Cisjordânia, na cidade de Hebrón, nove palestinos ficaram feridos por tiros em confrontos que se seguiram aos funerais de um menino.

Os enfrentamentos entre palestinos e soldados israelenses deixaram desde 28 de setembro 154 mortos, quase todos palestinos, e mais de 4.000 feridos.

No primeiro dia da sessão de inverno do Parlamento, Barak afirmou que Israel estava "disposto a fazer a paz" mas que não tinha "parceiro neste momento para o diálogo".

Barak não fez alusão em seu discurso ao governo de unidade nacional. Segundo analistas, o primeiro-ministro busca o apoio do partido ultra-ortodoxo Shass (17 deputados) por um período de quatro semanas.

Mas o chefe do Likud, o principal partido da oposição conservadora, Ariel Sharon, cuja visita a 28 de setembro à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém despertou a ira dos palestinos, declarou-se disposto a entrar "hoje" mesmo num "governo de emergência nacional" se chegar a um acordo com Barak sobre a reação israelense ante uma eventual proclamação unilateral do Estado palestino.

Também hoje, o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, confirmou em Gaza que o comitê central da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) celebrará uma reunião antes de 15 de novembro sobre a proclamação da criação de um Estado palestino.

Pela manhã, Arafat efetuou um visita-relâmpago ao Egito para encontrar-se com o presidente Hosni Mubarak e analisar a "explosiva situação nos territórios".

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