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30/10/2000 - 18h34

Chávez pede fim do bloqueio a Cuba e defende sua política internacional

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da France Presse
em Caracas

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu hoje aos Estados Unidos para porem fim ao bloqueio a Cuba e defendeu a liberdade de Caracas para fixar sua política internacional.

"Recriminamos como sempre temos feito o bloqueio dos Estados Unidos aplicado ao povo cubano irmão, e pedimos ao mundo para que cumpra as resoluções das Nações Unidas", disse Chávez em entrevista coletiva com Fidel Castro.

"Isso é um exemplo do que não deve continuar acontecendo" -insistiu o presidente venezuelano- (...) "já falamos isso em Bagdá", disse Chávez lembrando sua visita a Saddam Hussein para convidá-lo à 2 cúpula de governantes da OPEP, que aconteceu em Caracas no final de setembro e que provocou descontentamento em Washington.

"Essa guerra terminou", disse Chávez ao se referir à guerra do Golfo em 1990.

O presidente se referiu ao tema ao ser perguntado em coletiva, por telefone, por um jornalista do México sobre as repercussões de sua política internacional nas relações da Venezuela e Estados Unidos.

"Essa deve ser a conduta quanto às relações internacionais de todos os países do mundo (...). Não estamos no tempo do império, não podemos assumir essa conduta como estranha. Seria preocupante que alguém achasse que a Venezuela está descumprindo um compromisso apenas porque segue uma política independente", disse o presidente venezuelano.

Chávez insistiu em que "essa política internacional baseada em canhões, de pressão, da força, deve ficar para trás. A Venezuela está fazendo o que está contemplado na nova constituição bolivariana, aprovada em dezembro de 1999".

"Quando viajamos aos países da OPEP estávamos fazendo uso, bom uso de nossa independência", agregou Chávez, dizendo que viaja tanto para promover os interesses da Venezuela como das outras nações da região.

Frisou que com sua política internacional a Venezuela está "buscando a integração, buscando cooperação, buscando fornecer um grão de areia na construção necessária de um mundo global".

"Eles não devem ficar preocupados (os norte-americanos). Estou certo que não se preocupam porque um país faz uso de uma política soberana", acrescentou.

Chávez lembrou que durante sua visita a Bagdá o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, afirmou que era "uma honra duvidosa ser o primeiro dirigente eleito democraticamente a visitar o ditador iraquiano".

Disse que na ocasião respondeu imediatamente qualificando suas declarações como "inauditas, inaceitáveis e desrespeitosas". Também lembrou que Washington recuou e emitiu uma nota aceitando "a liderança da Venezuela na OPEP, e mudaram totalmente os termos".

"Exigimos respeito ao mundo. Se não fizermos isso, o mundo poderia continuar com as invasões, chantagens, bloqueios" que prevaleceram no último século, advertiu Chávez.

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