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30/10/2000 - 19h04

Conflito israelense entra no centro da corrida para o senado em NY

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da France Presse
em Nova York

A situação em Israel se transformou em ponto central da disputa pela vaga por Nova York no Senado, para a qual concorre a primeira-dama Hillary Clinton e o republicano Rick Lazio.

O Estado de Nova York conta com a mais forte proporção de eleitores judeus do país (12% do eleitorado) e com uma influente comunidade constituída por 1,8 milhão de pessoas, que nenhum político pode se permitir não levar em conta.

Notoriamente rejeitado nas pesquisas ante a primeira-dama, Lazio a vem atacando por ter recebido recentemente uma contribuição de US$ 50.000 dólares dada por um grupo americano de origem árabe.

Alguns membros deste grupo chegaram a fazer declarações apoiando o uso da força pelos palestinos contra o Exército israelense, o que o campo republicano tentou usar para cortar o apoio dado ainda pelos eleitores judeus a Hillary, segundo as pesquisas.

Lazio denunciou o que chama "de dinheiro sangrento" e recordou uma pequena frase pronunciada há dois anos e meio por Hillary Clinton em favor da criação de um Estado palestino, assim como o encontro que ela manteve com a mulher do dirigente palestino Iasser Arafat.

A mulher do presidente Clinton, que multiplicou suas declarações de apoio a Israel, sobretudo depois do desencadeamento da violência nos territórios de Gaza, teve que anunciar neste final de semana que devolverá os US$ 50.000 recebidos da Aliança Muçulmana Americana.

Mas os republicanos deram motivo para um contra-ataque ao lançarem uma polêmica campanha de mensagens telefônicas, dirigidas indiferentemente a eleitores judeus ou não, nas quais acusam Hillary de ter recebido ajuda de "grupos dos quais se suspeita terem apoiado uma célula terrorista no Oriente Médio, no mesmo gênero do terrorismo que matou nossos marinheiros a bordo do contratorpedeiro USS Cole".

A primeira-dama condenou o uso com fins eleitorais da tragédia ocorrida no porto de Aden (Iêmen), e exigiu que fossem apresentadas desculpas às famílias das vítimas.

Visivelmente incomodado, Rick Lazio explicou que sua equipe não era diretamente responsável por esta campanha.

Estas manobras de última hora em direção ao eleitorado judeu não parecem, no entanto, ter diminuído a preferência de Hillary Rodham Clinton nas pesquisas.

De acordo com uma sondagem publicada pelo New York Times e a rede de TV CBS, a primeira mulher de um presidente na história americana a pretender ganhar uma eleição para o Senado mantém solidamente a vantagem, com 49% das intenções de voto contra 41% dos 995 eleitores potenciais ouvidos. A pesquisa tem margem de erro de 4%.

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