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01/11/2000
-
16h36
da France Presse
Ao se aproximar a eleição presidencial, Al Gore e George W. Bush fazem questão de demonstrar ao eleitorado americano que são bons pais de família e maridos exemplares, com o objetivo de marcar bem a diferença do atual presidente Bill Clinton.
Não passa um dia sem que os dois candidatos não apareçam em público com as famílias, não elogiem as mulheres Laura Bush e Tipper Gore e, principalmente, não tranquilizem o eleitorado, constituído por 38% de pais, sobre a solidez de seus casamentos. Isto, além do fato de ambos mencionarem o pai como a pessoa que mais influência exerceu sobre eles.
"Raramente dois presidenciáveis fizeram tantos esforços para demonstrar apego aos valores familiares", afirmou Luis Fraga, cientista político da Universidade de Stanford (Califórnia, sudoeste).
Segundo ele, Bush e Gore tratam de "dissociar claramente a função presidencial da má reputação de Bill Clinton durante o affaire Lewinsky".
"Se Clinton não se tivesse deixado pegar com Monica, e não tivéssemos tido aquele interminável debate sobre a moral, o assunto não teria surgido hoje", confirma o professor de Ciências Políticas Lief Carter, da Universidade de Colorado (sudoeste).
Uma pesquisa realizada pelo jornal The Washington Post e a Universidade de Harvard reflete este estado de ânimo na opinião pública, já que para 76% das pessoas ouvidas, "romper a célula familiar" é uma questão de moral.
Parece no entanto que Al Gore, depois de oito anos na Casa Branca junto a Clinton, trabalha mais intensamente a imagem de "bom marido", para marcar distância dos devaneios sexuais do atual presidente.
Já o jornal The Washington Times publicou ontem na primeira página três fotos de Gore e de sua mulher beijando-se calorosamente, com uma única legenda, "simplesmente não podem deixar de se beijar".
Além das fogosas cenas ante as câmaras junto com a mulher, o candidato democrata fala frequentemente sobre o orgulho de ser um "jovem avô" e leva os filhos para participar da campanha.
Uma mensagem enérgica, mesclada de moral, de Gore à opinião pública, faz a alegria de seu companheiro de chapa Joseph Lieberman que nunca escondeu suas opiniões sobre o comportamento de Clinton durante o clímax do caso Lewinsky.
Bush, que afirma para todos os ventos "não ser Clinton", não fica atrás. "As pessoas julgam um homem por quem ele convive e eu estou em boa companhia", diz enquanto abraça a mulher. Os dois estão casados há 23 anos.
O governador de Texas prefere dar entrevistas "junto à lareira à lenha", de sua luxuosa fazenda perto de Austin, junto das gêmeas de 18 anos. Evoca frequentemente as virtudes da fidelidade conjugal, afirmando que quem aspira a desempenhar funções presidenciais deve mostrar-se "digno".
Não perde tampouco oportunidade de criticar o adversário que, segundo ele, cita mais em seus discursos o ex-presidente republicano Ronald Reagan, um dos símbolos do conservadorismo americano, que o de Bill Clinton.
Neste sentido, os dois candidatos tomaram como alvo a indústria cinematográfica de Hollywood, acusada de transmitir mensagem perniciosa para a juventude.
Bush prometeu que se eleito vai questionar junto aos dirigentes de Hollywood "os produtos que contaminam o espírito de nossos filhos". Gore por sua vez insiste em que a indústria cinematográfica deve cessar de promover a violência entre os jovens.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
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Bush e Gore querem mostrar que são "bons pais de família"
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Ao se aproximar a eleição presidencial, Al Gore e George W. Bush fazem questão de demonstrar ao eleitorado americano que são bons pais de família e maridos exemplares, com o objetivo de marcar bem a diferença do atual presidente Bill Clinton.
Não passa um dia sem que os dois candidatos não apareçam em público com as famílias, não elogiem as mulheres Laura Bush e Tipper Gore e, principalmente, não tranquilizem o eleitorado, constituído por 38% de pais, sobre a solidez de seus casamentos. Isto, além do fato de ambos mencionarem o pai como a pessoa que mais influência exerceu sobre eles.
"Raramente dois presidenciáveis fizeram tantos esforços para demonstrar apego aos valores familiares", afirmou Luis Fraga, cientista político da Universidade de Stanford (Califórnia, sudoeste).
Segundo ele, Bush e Gore tratam de "dissociar claramente a função presidencial da má reputação de Bill Clinton durante o affaire Lewinsky".
"Se Clinton não se tivesse deixado pegar com Monica, e não tivéssemos tido aquele interminável debate sobre a moral, o assunto não teria surgido hoje", confirma o professor de Ciências Políticas Lief Carter, da Universidade de Colorado (sudoeste).
Uma pesquisa realizada pelo jornal The Washington Post e a Universidade de Harvard reflete este estado de ânimo na opinião pública, já que para 76% das pessoas ouvidas, "romper a célula familiar" é uma questão de moral.
Parece no entanto que Al Gore, depois de oito anos na Casa Branca junto a Clinton, trabalha mais intensamente a imagem de "bom marido", para marcar distância dos devaneios sexuais do atual presidente.
Já o jornal The Washington Times publicou ontem na primeira página três fotos de Gore e de sua mulher beijando-se calorosamente, com uma única legenda, "simplesmente não podem deixar de se beijar".
Além das fogosas cenas ante as câmaras junto com a mulher, o candidato democrata fala frequentemente sobre o orgulho de ser um "jovem avô" e leva os filhos para participar da campanha.
Uma mensagem enérgica, mesclada de moral, de Gore à opinião pública, faz a alegria de seu companheiro de chapa Joseph Lieberman que nunca escondeu suas opiniões sobre o comportamento de Clinton durante o clímax do caso Lewinsky.
Bush, que afirma para todos os ventos "não ser Clinton", não fica atrás. "As pessoas julgam um homem por quem ele convive e eu estou em boa companhia", diz enquanto abraça a mulher. Os dois estão casados há 23 anos.
O governador de Texas prefere dar entrevistas "junto à lareira à lenha", de sua luxuosa fazenda perto de Austin, junto das gêmeas de 18 anos. Evoca frequentemente as virtudes da fidelidade conjugal, afirmando que quem aspira a desempenhar funções presidenciais deve mostrar-se "digno".
Não perde tampouco oportunidade de criticar o adversário que, segundo ele, cita mais em seus discursos o ex-presidente republicano Ronald Reagan, um dos símbolos do conservadorismo americano, que o de Bill Clinton.
Neste sentido, os dois candidatos tomaram como alvo a indústria cinematográfica de Hollywood, acusada de transmitir mensagem perniciosa para a juventude.
Bush prometeu que se eleito vai questionar junto aos dirigentes de Hollywood "os produtos que contaminam o espírito de nossos filhos". Gore por sua vez insiste em que a indústria cinematográfica deve cessar de promover a violência entre os jovens.
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