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03/11/2000 - 21h37

Saiba passo a passo o que está acontecendo no Peru

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da Reuters
em Lima (Peru)

Leia abaixo a cronologia da crise política que o Peru atravessa desde que foi divulgada uma fita de vídeo que envolvia o chefe de inteligência Vladimiro Montesinos em atos de corrupção. Por dez anos Montesinos foi braço direito de Fujimori. Atualmente o ex-assessor presidencial está foragido.

14 de setembro

O parlamentar da oposição Fernando Olivera apresenta uma fita de vídeo que mostra Montesinos supostamente pagando suborno a um outro parlamentar oposicionista para que passe para o lado do governo.

15 de setembro

A oposição suspende o diálogo com o governo, intermediado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), e exige a demissão de Montesinos.

16 de setembro

Uma missão da OEA qualifica as denúncias contra Montesinos como "muito graves" e pede que ele perca suas funções públicas. Fujimori anuncia que convocará eleições antecipadas e que não concorrerá. Além disso, diz que extinguirá o Serviço de Inteligência Nacional (SIN).

19 de setembro

Fujimori nega problemas com as Forças Armadas e garante que dirigirá o processo de transição até 28 de julho de 2001.

20 de setembro

A OEA diz que enviará uma missão ao Peru para examinar a crise. As Forças Armadas acatam decisão de Fujimori de realizar novas eleições e oferecem seu apoio.

23 de setembro

O primeiro-ministro peruano, Federico Salas, pede asilo político no Panamá para Montesinos.

24 de setembro

Montesinos sai do Peru rumo ao Panamá. O Panamá lhe dá "asilo territorial" (refúgio temporário), seguindo recomendação de vários países latino-americanos, dos EUA e da OEA, que alertam para o perigo de um golpe de Estado.

25 de setembro

O governo aceita a renúncia de Montesinos e elogia sua participação na luta contra a guerrilha e contra o narcotráfico, além de seu papel no acordo de paz com o Equador. A oposição critica o documento.

26 de setembro

A oposição peruana e organizações de direitos humanos iniciam uma campanha para impedir o asilo de Montesinos.

27 de setembro

A denúncia de corrupção contra Montesinos é arquivada.

28 de setembro

A OEA aprova o projeto de antecipação das eleições. A oposição inicia uma série de protestos contra o governo na tentativa de pressionar Fujimori a renunciar.

5 de outubro

Congresso peruano aprova redução do mandato de Fujimori até julho de 2001.

22 de outubro

O Panamá recusa o pedido de asilo de Montesinos, que abandona o país e volta ao Peru. O governo propõe à oposição, como condição para as eleições de 2001, o debate de uma lei de anistia para militares e funcionários acusados de violar os direitos humanos ou de ligação com o narcotráfico.

23 de outubro

Montesinos chega a uma base militar ao sul de Lima (capital do Peru), em um avião particular. O primeiro vice-presidente do Peru, Francisco Tudela, renuncia em protesto à proposta do governo de anistiar militares.

25 de outubro

Fujimori lidera operação de busca a Montesinos, esclarecendo que a ordem é encontrar seu ex-braço direito e não prendê-lo.

28 de outubro

Fujimori troca o chefe das Forças Armadas do Peru e muda os comandantes do Exército, da Força Aérea e da Marinha, cuja lealdade havia sido questionada.

29 de outubro

Cerca de 60 soldados militares se rebelam contra a decisão do presidente de mudar o controle das Forças Armadas. Eles dominam por quase um dia a cidade mineira de Toquepala, no Sul do Peru.

31 de outubro

O Exército peruano consegue capturar a maioria dos soldados rebelados no Sul do país. Momentos depois o líder do grupo é preso também.

2 de novembro

O governo de Fujimori resolve investigar as contas do fugitivo Montesinos depois que a Suíça informou a existência de US$ 50 milhões (R$ 96 milhões) em seu nome em contas bancárias.

3 de novembro

A Suíça bloqueia os US$ 50 milhões vinculados a Montesinos para que seja feita uma investigação sobre possível lavagem de dinheiro. A procuradora-geral da República, Blanca Nélida Colán, que, segundo analistas, protegia Montesinos, renuncia.


Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori

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Eleonora de Lucena, Clóvis Rossi e Marcio Aith sobre o tema

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