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06/11/2000
-
18h07
da Reuters
em Waterloo
Al Gore parece estar em paz no final da campanha que pode levá-lo à Presidência ou encerrar seus 24 anos de carreira política.
O candidato democrata não demonstrou desespero nos últimos dias, mas sim coragem, energia e determinação.
Também há o sentimento de que Gore, eleito para um cargo público pela primeira vez em seu Estado, Tennesse, em 1976, está pronto para aceitar a decisão de amanhã nas urnas, na mais apertada eleição presidencial em 40 anos.
``Ele se sente confiante'', disse Carter Eskeu, estrategista de Gore, ressaltando também a serenidade do candidato para aguentar o que vier, derrota ou vitória.
Da Filadélfia a Los Angeles, Gore disse às multidões: ``Isso não é sobre mim. Não é sobre meu oponente, George Bush. É sobre vocês e seus filhos e sobre o tipo de futuro que desejam''.
Num comício realizado sábado em Pittsburgh, Gore mais uma vez admitiu que não pode concorrer com Bush no quesito personalidade.
``Se vocês me confiarem a Presidência, não serei sempre o político mais animado'', disse Gore. ``Ah, você é bom!'', devolveu um simpatizante.
``Yeah, yeah'', Gore rebateu, antes de completar: ``Mas trabalharei duro por vocês todos os dias''. A multidão entrou em delírio.
Gore, 52, usou uma variação dessa postura desde que aceitou a indicação do partido em agosto de 1999. Declarou-se independente _um homem que manteve distância do ainda popular e do ainda metido em escândalos Bill Clinton.
Desde então, vem defendendo suas posições: a necessidade da manutenção do vigor econômico para possibilitar avanços em outras áreas, da melhoria da educação à expansão do seguro social.
Também criticou o plano de Bush de corte de impostos para ricos, dizendo que isso poderia provocar gastos com déficit, aumentar as taxas de juros e minar a prosperidade.
As pesquisas, porém, têm frustrado Gore. Elas mostram que muitos eleitores concordam com várias de suas idéias, mas acham que Bush é mais confiável e agradável.
No sábado, durante café da manhã com lideranças afro-americanas em Memphis, Tennesse, Gore refletia sobre sua personalidade.
``Vocês me conhecem. Conhecem meu coração'', disse. ``Vocês sabem que Deus vê o lado de dentro, não o de fora.''
``Vocês sabem que não importa se meu casaco é da moda, a cor da minha malha, o tipo de gravata que uso. Vocês não se importam com expressões faciais, ou com a maneira de falar ao microfone'', disse.
Gore recusou-se a comentar a divulgação do caso da prisão de Bush em 1976 por dirigir alcoolizado. Disse que as eleições deveriam ficar centradas em outros temas.
Greg Simon, da equipe de Gore, disse. ``Nos nove anos em que o conheço, nunca o vi tratando uma eleição como uma questão de seu futuro pessoal, mas sim do futuro da nação. Ele vive em um mundo político.''
``Ele se sente na direção certa, na hora certa e no ritmo certo'', disse Simon. ``Mas, se perder, acho que ficará em paz.'' No sábado, Gore demonstrava otimismo sobre a vitória. ``Pode escrever'', afirmou.
O democrata também disse que estará de volta a Washington na sexta-feira, para participar do jantar de encerramento da temporada de futebol americano de seu filho, Albert III. Seja qual for o resultado das urnas.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
Gore demonstra tranquilidade no final da campanha
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em Waterloo
Al Gore parece estar em paz no final da campanha que pode levá-lo à Presidência ou encerrar seus 24 anos de carreira política.
O candidato democrata não demonstrou desespero nos últimos dias, mas sim coragem, energia e determinação.
Também há o sentimento de que Gore, eleito para um cargo público pela primeira vez em seu Estado, Tennesse, em 1976, está pronto para aceitar a decisão de amanhã nas urnas, na mais apertada eleição presidencial em 40 anos.
``Ele se sente confiante'', disse Carter Eskeu, estrategista de Gore, ressaltando também a serenidade do candidato para aguentar o que vier, derrota ou vitória.
Da Filadélfia a Los Angeles, Gore disse às multidões: ``Isso não é sobre mim. Não é sobre meu oponente, George Bush. É sobre vocês e seus filhos e sobre o tipo de futuro que desejam''.
Num comício realizado sábado em Pittsburgh, Gore mais uma vez admitiu que não pode concorrer com Bush no quesito personalidade.
``Se vocês me confiarem a Presidência, não serei sempre o político mais animado'', disse Gore. ``Ah, você é bom!'', devolveu um simpatizante.
``Yeah, yeah'', Gore rebateu, antes de completar: ``Mas trabalharei duro por vocês todos os dias''. A multidão entrou em delírio.
Gore, 52, usou uma variação dessa postura desde que aceitou a indicação do partido em agosto de 1999. Declarou-se independente _um homem que manteve distância do ainda popular e do ainda metido em escândalos Bill Clinton.
Desde então, vem defendendo suas posições: a necessidade da manutenção do vigor econômico para possibilitar avanços em outras áreas, da melhoria da educação à expansão do seguro social.
Também criticou o plano de Bush de corte de impostos para ricos, dizendo que isso poderia provocar gastos com déficit, aumentar as taxas de juros e minar a prosperidade.
As pesquisas, porém, têm frustrado Gore. Elas mostram que muitos eleitores concordam com várias de suas idéias, mas acham que Bush é mais confiável e agradável.
No sábado, durante café da manhã com lideranças afro-americanas em Memphis, Tennesse, Gore refletia sobre sua personalidade.
``Vocês me conhecem. Conhecem meu coração'', disse. ``Vocês sabem que Deus vê o lado de dentro, não o de fora.''
``Vocês sabem que não importa se meu casaco é da moda, a cor da minha malha, o tipo de gravata que uso. Vocês não se importam com expressões faciais, ou com a maneira de falar ao microfone'', disse.
Gore recusou-se a comentar a divulgação do caso da prisão de Bush em 1976 por dirigir alcoolizado. Disse que as eleições deveriam ficar centradas em outros temas.
Greg Simon, da equipe de Gore, disse. ``Nos nove anos em que o conheço, nunca o vi tratando uma eleição como uma questão de seu futuro pessoal, mas sim do futuro da nação. Ele vive em um mundo político.''
``Ele se sente na direção certa, na hora certa e no ritmo certo'', disse Simon. ``Mas, se perder, acho que ficará em paz.'' No sábado, Gore demonstrava otimismo sobre a vitória. ``Pode escrever'', afirmou.
O democrata também disse que estará de volta a Washington na sexta-feira, para participar do jantar de encerramento da temporada de futebol americano de seu filho, Albert III. Seja qual for o resultado das urnas.
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