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06/11/2000 - 19h52

Intensificada procura do ex-assessor Montesinos em Lima

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da France Presse
em Lima

Grupos especiais da polícia e das Forças Armadas peruanas continuavam hoje em busca do ex-assessor presidencial Vladimiro Montesinos, que continua escondido em algum lugar de Lima, segundo a polícia.

A perseguição é feita paralelamente às ações legais que o governo prepara para determinar a procedência das multimilionárias contas que o ex-chefe dos serviços secretos possui na Suiça, por montantes entre US$ 48 e 50 milhões, que já estão bloqueadas.

A procura do foragido está sendo feita em áreas residenciais e nos subúrbios de Lima, onde acredita-se que ele está, acompanhado por dois oficiais da reserva do exército, umm técnico em televomunicações e um advogado, segundo autoridades.

Meios de imprensa opositores destacam que o ex-assessor de Fujimori provavelmente tentou fugir do país nestes últimos dias, mas que não conseguiu por causa da extrema vigilância nos aeroportos e nos postos de controle nos arredores da capital, disposta por ordem do presidente Alberto Fujimori.

O governo não diz absolutamente nada acerca do possível paradeiro de Montesinos, depois que na véspera o ministro da justiça, Alberto Bustamante, afirmou que a polícia "está próxima dele e o mantém localizado".

Bustamante disse, no entanto, que nem ele mesmo tinha idéia do paradeiro de Montesinos por causa "das normas de segurança e pelo estilo de trabalho do presidente Fujimori".

O mandatário se reuniu hoje com Bustamante e com o procurador especial designado para assumir a defesa dos interesses do Estado, José Ugaz.

Ugaz formalizou uma denúncia contra o ex-assessor para que num prazo breve um juiz penal dite a correspondente ordem de prisão.

Disse que foram apresentados pedidos ao Ministério Público para que inicie uma investigação de Montesinos pelo delito de enriquecimento ilícito e sobre sua situação tributária.

Também já foi apresentado outro pedido contra Montesinos sobre extorsão, porque há acusações de chantagem de empresários, pressionados a pagarem forte somas de dinheiro em troca de recebimento de favores judiciais do ex-assessor.

"Espero que, frente aos requerimentos ao Ministério Público, seja nomeada uma equipe especial de fiscais para que possa ser garantida uma investigação séria, rápida e imparcial", disse.

Segundo o procurador, há um amplo leque de delitos nos quais o ex-conselheiro presidencial poderia estar envolvido, como lavagem de dinheiro, narcotráfico, chantagem e extorsão, tráfico de armas e sonegação fiscal, entre outros.

Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori

 

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