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09/11/2000 - 09h54

Cuba zomba de confusão eleitoral norte-americana

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da Reuters
Havana (Cuba)

Cuba, acostumada a ser qualificada por Washington como ditadura, viu o feitiço virar contra o feiticeiro na quarta-feira quando zombou da confusão eleitoral nos EUA, descrevendo-a como prova das raízes "antidemocráticas" da política norte-americana.

Enfatizando o desdém de Havana pela corrida para a Casa Branca _ e seu desfecho agora complicado _ a TV estatal mostrou imagens do presidente Fidel Castro indo à praia no dia da eleição norte-americana, numa demonstração deliberada de desinteresse.

Numa alusão maliciosa ao baixo índice de comparecimento dos eleitores às urnas nos EUA _ pouco acima de 50% _, Castro, 74, disse a turistas, em tom de brincadeira: "Eu disse que, no dia das eleições americanas, faria a mesma coisa que a maioria da população americana: iria à praia".

Antes da eleição, Castro zombou dos candidatos Al Gore e George W. Bush, dizendo que são os mais "insípidos e enfadonhos" da história eleitoral dos EUA, e que não prevê uma aproximação política por parte de nenhum deles.

Cuba afirma que a democracia ocidental, e especialmente a americana, é a uma farsa devido ao baixo comparecimento dos eleitores às urnas e à influência dos doadores que ajudam a financiar as campanhas. Seu governo afirma que Cuba pratica a democracia real, com mais de 99% de comparecimento eleitoral às urnas e consultas às bases.

Mas críticos externos, liderados pelos EUA, qualificam o sistema unipartidário de Fidel Castro como repressivo e ditatorial. Os partidos oposicionistas são proibidos, ativistas oposicionistas muitas vezes são encarcerados, e críticos estrangeiros e dissidentes cubanos dizem que as eleições em Cuba não passam de mecanismos de confirmação burocrática de candidatos pró-governo.

 

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