Publicidade
Publicidade
10/11/2000
-
13h54
da France Presse
em Moscou
Autoridades russas fazem segredo sobre um suposto bilhete escrito por um oficial do submarino Kursk explicando a causa do acidente que levou a embarcação a ficar presa no fundo do mar de Barents (Norte da Rússia), segundo matéria publicada hoje pelo jornal "Izvestya".
O "documento secreto" seria um dos dois bilhetes escritos por Dmitry Kolesnikov, que sobreviveu durante algumas horas depois do acidente inicial, segundo um oficial da marinha russa que pediu para não ter seu nome revelado.
Detalhes do primeiro bilhete escrito por Kolesnikov, cujo corpo os mergulhadores retiraram do Kursk no dia 25 de outubro, já foram divulgados pela imprensa, contradizendo as informações governamentais de que os 118 tripulantes do submarino morreram no momento do desastre.
No segundo bilhete, Kolesnikov, que assumiu o comando da embarcação depois da morte do capitão e de outros oficiais de patente mais alta, não apenas descreveria o acidente, mas também explicaria o que teria afundado o submarino, segundo informaram fontes que preferiram ficar anônimas.
Entretanto, o primeiro-ministro Ilya Klebanov negou na última terça-feira (7) que qualquer documento contendo informações sobre as causas da catástrofe do Kursk tenha sido encontrado durante a operação de 18 dias. Hoje a Frota Norte (comando do Exército russo) disse hoje que não sabia sobre a existência de um segundo bilhete achado junto ao corpo de Kolesnikov.
A equipe de mergulhadores russos e noruegueses conseguiu recuperar somente 12 corpos dos destroços do submarino, antes que o mau tempo os impedisse de continuar. Os perigos oferecidos pela operação também os obrigaram a parar.
A revelação de que 23 marinheiros sobreviveram várias horas depois do misterioso acidente reacendeu a dor dos russos quando o bilhete de Kolesnikov foi encontrado mês passado.
Outra nota descoberta no submarino também foi divulgada na última quarta-feira (8), mas não dava nenhuma pista sobre a causa do acidente. Igor Spassky, chefe do departamento de pesquisa da operação Rubin, disse hoje à agência de notícias "Interfax" que os pesquisadores da marinha russa ainda não tem certeza sobre a autoria deste segundo bilhete.
A marinha russa ainda não publicou sua avaliação oficial da causa da tragédia, mas as autoridades continuam sustentando a teoria de que o Kursk teria batido em uma embarcação de outra nacionalidade.
Outra teoria sugere que o submarino bateu em uma embarcação da 2ª Guerra Mundial e afundou depois de uma explosão no compartimento de mísseis. A operação internacional para trazer o submarino à superfície deverá ser marcada para julho ou agosto do ano que vem, informou hoje Spassky em uma coletiva de imprensa em Saint Petersburg.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Análise: Kremlin tenta salvar um novo naufrágio, o da imagem política de Putin
Leia comentário de Clóvis Rossi
na Pensata
Suposto bilhete encontrado no Kursk esclarece causas de acidente
Publicidade
em Moscou
Autoridades russas fazem segredo sobre um suposto bilhete escrito por um oficial do submarino Kursk explicando a causa do acidente que levou a embarcação a ficar presa no fundo do mar de Barents (Norte da Rússia), segundo matéria publicada hoje pelo jornal "Izvestya".
O "documento secreto" seria um dos dois bilhetes escritos por Dmitry Kolesnikov, que sobreviveu durante algumas horas depois do acidente inicial, segundo um oficial da marinha russa que pediu para não ter seu nome revelado.
Detalhes do primeiro bilhete escrito por Kolesnikov, cujo corpo os mergulhadores retiraram do Kursk no dia 25 de outubro, já foram divulgados pela imprensa, contradizendo as informações governamentais de que os 118 tripulantes do submarino morreram no momento do desastre.
No segundo bilhete, Kolesnikov, que assumiu o comando da embarcação depois da morte do capitão e de outros oficiais de patente mais alta, não apenas descreveria o acidente, mas também explicaria o que teria afundado o submarino, segundo informaram fontes que preferiram ficar anônimas.
Entretanto, o primeiro-ministro Ilya Klebanov negou na última terça-feira (7) que qualquer documento contendo informações sobre as causas da catástrofe do Kursk tenha sido encontrado durante a operação de 18 dias. Hoje a Frota Norte (comando do Exército russo) disse hoje que não sabia sobre a existência de um segundo bilhete achado junto ao corpo de Kolesnikov.
A equipe de mergulhadores russos e noruegueses conseguiu recuperar somente 12 corpos dos destroços do submarino, antes que o mau tempo os impedisse de continuar. Os perigos oferecidos pela operação também os obrigaram a parar.
A revelação de que 23 marinheiros sobreviveram várias horas depois do misterioso acidente reacendeu a dor dos russos quando o bilhete de Kolesnikov foi encontrado mês passado.
Outra nota descoberta no submarino também foi divulgada na última quarta-feira (8), mas não dava nenhuma pista sobre a causa do acidente. Igor Spassky, chefe do departamento de pesquisa da operação Rubin, disse hoje à agência de notícias "Interfax" que os pesquisadores da marinha russa ainda não tem certeza sobre a autoria deste segundo bilhete.
A marinha russa ainda não publicou sua avaliação oficial da causa da tragédia, mas as autoridades continuam sustentando a teoria de que o Kursk teria batido em uma embarcação de outra nacionalidade.
Outra teoria sugere que o submarino bateu em uma embarcação da 2ª Guerra Mundial e afundou depois de uma explosão no compartimento de mísseis. A operação internacional para trazer o submarino à superfície deverá ser marcada para julho ou agosto do ano que vem, informou hoje Spassky em uma coletiva de imprensa em Saint Petersburg.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Análise: Kremlin tenta salvar um novo naufrágio, o da imagem política de Putin
Leia comentário de Clóvis Rossi
na Pensata
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice