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12/11/2000
-
17h48
da Reuters
em Berlim (Alemanha)
A Alemanha e a Áustria, dois países da Europa Central membros da União Européia (UE), receberam com bons olhos um relatório que afirma que seus vizinhos do Leste estão mais próximos de atender os pré-requisitos para ingressar no bloco.
Mas, com muitos de seus cidadãos temerosos de que a chegada de trabalhadores baratos poloneses, tchecos e húngaros os faria perder o emprego, os governos dos dois países tentam trilhar um caminho cauteloso para a remoção de suas barreiras.
A comissão executiva da UE publicou esta semana seu relatório anual sobre os 12 candidatos que desejam entrar para a comunidade de 15 nações, detalhando o que cada um deles ainda tem pela frente para conseguir esse objetivo.
O documento traz a perspectiva do ingresso de novos membros do Leste Europeu em dois anos _embora 2005 seja a data mais provável.
O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schroeder, elogiou as melhorias dos candidatos e disse que todos os que estiverem prontos até 2002 serão bem-vindos. Na verdade, porém, as autoridades da Alemanha acreditam que o processo levará mais tempo.
``É vital que informemos nossos cidadãos, para que tenham pouco a temer'', disse o ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, numa cidade da ex-Alemanha Oriental, onde os índices de desemprego chegam ao dobro da média nacional e muitos temem perder seus empregos para os poloneses.
Dizendo que a economia polonesa é eficiente e dinâmica, Fischer afirmou que a expansão da UE não eliminaria empregos, e criaria expansão em razão do livre comércio. ``Esse é o futuro, o futuro do emprego.''
A Alemanha, maior membro da UE, apóia fortemente a expansão do bloco para o Leste Europeu, região que é tradicionalmente um mercado para seus produtos.
Mas, assim como a Áustria, onde os olhos estão voltados às extensas fronteiras com a Eslovênia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, a Alemanha certamente exigirá um longo período de transição, durante o qual as regras que norteiam o mercado comum de trabalho não estarão em vigor.
A ansiedade com relação a esse assunto já tem surtido efeito na política interna austríaca e alemã. A expansão da UE foi um dos motivos que levaram à chegada à coalizão de governo na Áustria do Partido da Liberdade, de plataforma xenófoba antiimigração, liderado por Joerg Haider.
Na Alemanha, os conservadores de oposição, principalmente aqueles no rico e poderoso Estado sulista da Baviera, na fronteira tcheca, têm protestado contra o ingresso precipitado de novos membros, enquanto defendem formalmente a abertura das fronteiras.
A questão política da expansão para o Leste Europeu é mais delicada para o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, que para seu colega alemão Schroeder. Uma pesquisa feita em Viena esta semana mostrou que apenas 13 por cento da população apóia a entrada da Polônia no futuro próximo. ``Mudar os estereótipos negativos tem sido um longo e difícil processo'', disse a embaixadora polonesa na Áustria, Irena Lipovicz.
Embora tenha assinado um acordo de coalizão que coloca Viena de acordo com a expansão da UE, Haider e seus parceiros ainda se opõem abertamente a essa política. O governo de Schuessel nega estar se opondo à entrada dos países vizinhos na UE, mas se coloca a favor de um período transitório de ao menos cinco anos.
Alemanha e Áustria apóiam expansão da UE, mas com cautela
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da Reuters
em Berlim (Alemanha)
A Alemanha e a Áustria, dois países da Europa Central membros da União Européia (UE), receberam com bons olhos um relatório que afirma que seus vizinhos do Leste estão mais próximos de atender os pré-requisitos para ingressar no bloco.
Mas, com muitos de seus cidadãos temerosos de que a chegada de trabalhadores baratos poloneses, tchecos e húngaros os faria perder o emprego, os governos dos dois países tentam trilhar um caminho cauteloso para a remoção de suas barreiras.
A comissão executiva da UE publicou esta semana seu relatório anual sobre os 12 candidatos que desejam entrar para a comunidade de 15 nações, detalhando o que cada um deles ainda tem pela frente para conseguir esse objetivo.
O documento traz a perspectiva do ingresso de novos membros do Leste Europeu em dois anos _embora 2005 seja a data mais provável.
O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schroeder, elogiou as melhorias dos candidatos e disse que todos os que estiverem prontos até 2002 serão bem-vindos. Na verdade, porém, as autoridades da Alemanha acreditam que o processo levará mais tempo.
``É vital que informemos nossos cidadãos, para que tenham pouco a temer'', disse o ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, numa cidade da ex-Alemanha Oriental, onde os índices de desemprego chegam ao dobro da média nacional e muitos temem perder seus empregos para os poloneses.
Dizendo que a economia polonesa é eficiente e dinâmica, Fischer afirmou que a expansão da UE não eliminaria empregos, e criaria expansão em razão do livre comércio. ``Esse é o futuro, o futuro do emprego.''
A Alemanha, maior membro da UE, apóia fortemente a expansão do bloco para o Leste Europeu, região que é tradicionalmente um mercado para seus produtos.
Mas, assim como a Áustria, onde os olhos estão voltados às extensas fronteiras com a Eslovênia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, a Alemanha certamente exigirá um longo período de transição, durante o qual as regras que norteiam o mercado comum de trabalho não estarão em vigor.
A ansiedade com relação a esse assunto já tem surtido efeito na política interna austríaca e alemã. A expansão da UE foi um dos motivos que levaram à chegada à coalizão de governo na Áustria do Partido da Liberdade, de plataforma xenófoba antiimigração, liderado por Joerg Haider.
Na Alemanha, os conservadores de oposição, principalmente aqueles no rico e poderoso Estado sulista da Baviera, na fronteira tcheca, têm protestado contra o ingresso precipitado de novos membros, enquanto defendem formalmente a abertura das fronteiras.
A questão política da expansão para o Leste Europeu é mais delicada para o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, que para seu colega alemão Schroeder. Uma pesquisa feita em Viena esta semana mostrou que apenas 13 por cento da população apóia a entrada da Polônia no futuro próximo. ``Mudar os estereótipos negativos tem sido um longo e difícil processo'', disse a embaixadora polonesa na Áustria, Irena Lipovicz.
Embora tenha assinado um acordo de coalizão que coloca Viena de acordo com a expansão da UE, Haider e seus parceiros ainda se opõem abertamente a essa política. O governo de Schuessel nega estar se opondo à entrada dos países vizinhos na UE, mas se coloca a favor de um período transitório de ao menos cinco anos.
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