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12/11/2000
-
19h14
da Reuters
em Hunedoara (Romênia)
Pessoas cobertas de fuligem são uma imagem do passado em Hunedoara e, para os moradores da cidade romena que vivia da indústria do aço, a vida também parece ser algo do passado.
"Essa era a alma de nossa cidade", afirmou Constantina Jurescu, 41, que, até 18 meses atrás, trabalhava na Siderurgica, uma indústria enorme de 116 anos em torno da qual girava a cidade, localizada 400 quilômetros a nordeste de Bucareste, capital.
A fundição chegou a fazer as vigas mestras da Torre Eiffel, em Paris. Agora, metade de seus trabalhadores foi dispensada e a produção caiu para 10% das 4 milhões de toneladas produzidas durante a era comunista, quando o ditador Nicolae Ceausescu tentou transformar o país de um exportador de grãos em um gigante industrial.
Esses esforços deixaram o país profundamente endividado, altamente poluído e com uma paisagem dominada por destroços enferrujados do que foram indústrias.
As frustrações dos 22 milhões de romenos a respeito dessa realidade serão depositadas nas urnas no final deste mês. No dia 26 próximo, o país realiza sua segunda eleição geral desde a execução de Ceausescu e da mulher dele, Elena, em 1989.
E tudo indica que o governo não conseguirá se manter no poder.
"O voto será de protesto contra a coalizão que governa o país hoje", afirmou Adrian Nastase, ex-ministro das Relações Exteriores que pode se tornar premiê se, como sugerem as pesquisas, o Partido da Social Democracia (PDSR) vencer.
Nastase e o líder do PDSR, Ion Iliescu (ex-presidente do país), devem saber bem o que significa um voto de protesto, já que o mesmo eleitorado os expulsou do governo quatro anos atrás.
O partido deve vencer a coalizão de centro que sustenta no poder o primeiro-ministro Mugur Isarescu.
Romênia vai às urnas para protestar contra crise
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da Reuters
em Hunedoara (Romênia)
Pessoas cobertas de fuligem são uma imagem do passado em Hunedoara e, para os moradores da cidade romena que vivia da indústria do aço, a vida também parece ser algo do passado.
"Essa era a alma de nossa cidade", afirmou Constantina Jurescu, 41, que, até 18 meses atrás, trabalhava na Siderurgica, uma indústria enorme de 116 anos em torno da qual girava a cidade, localizada 400 quilômetros a nordeste de Bucareste, capital.
A fundição chegou a fazer as vigas mestras da Torre Eiffel, em Paris. Agora, metade de seus trabalhadores foi dispensada e a produção caiu para 10% das 4 milhões de toneladas produzidas durante a era comunista, quando o ditador Nicolae Ceausescu tentou transformar o país de um exportador de grãos em um gigante industrial.
Esses esforços deixaram o país profundamente endividado, altamente poluído e com uma paisagem dominada por destroços enferrujados do que foram indústrias.
As frustrações dos 22 milhões de romenos a respeito dessa realidade serão depositadas nas urnas no final deste mês. No dia 26 próximo, o país realiza sua segunda eleição geral desde a execução de Ceausescu e da mulher dele, Elena, em 1989.
E tudo indica que o governo não conseguirá se manter no poder.
"O voto será de protesto contra a coalizão que governa o país hoje", afirmou Adrian Nastase, ex-ministro das Relações Exteriores que pode se tornar premiê se, como sugerem as pesquisas, o Partido da Social Democracia (PDSR) vencer.
Nastase e o líder do PDSR, Ion Iliescu (ex-presidente do país), devem saber bem o que significa um voto de protesto, já que o mesmo eleitorado os expulsou do governo quatro anos atrás.
O partido deve vencer a coalizão de centro que sustenta no poder o primeiro-ministro Mugur Isarescu.
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