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13/11/2000
-
14h20
da France Presse
em Bandar Seri Begawan (Brunei, na Ásia)
O pequeno e rico sultanato de Brunei vai receber amanhã os principais líderes mundiais para a abertura da cúpula anual do Asia-Pacific Economic Cooperation Forum (Apec), formado por 21 presidentes do mundo inteiro.
Participarão do encontro os líderes norte-americano Bill Clinton, russo Vladimir Putin e chinês Jiang Zemin.
Desde sexta-feira (10) , Bandar Seri Begawan, uma cidade aprazível onde vivem 52 mil pessoas, foi invadida por milhares de funcionários, especialistas e empresários das 21 economias que integram o Apec, entre as quais figuram o Chile, Peru e México. Também chegaram ao local mais de 1.700 jornalistas, a maioria estrangeiros.
Nos 5.270 km2 de Brunei, vivem 336 mil habitantes. O país localizado ao Noroeste da ilha de Bornéu, que tem 75% do seu território coberto de florestas tropicais, pretende ganhar reconhecimento internacional com a cúpula da Apec.
É o maior evento já realizado no país, segundo o "Borneo Bulletin", um jornal local escrito em inglês.
"O problema de Brunei é que todo o mundo acredita que é um pequeno Estado
do Oriente Médio porque tem um sultão e petróleo", lamentou o xeque Jamaluddin, diretor do gabinete de Turismo. "Se fica próximo de Dubais, então está no meio da Ásia", acrescentou.
Estima-se que o custo da organização do evento esteja em torno de US$ 34 milhões. Cerca de 4.000 mil policiais e soldados cuidam discretamente da segurança dos participantes.
"Não há nenhum risco de sequestro aqui", afirma Jamaluddin, referindo-se
"aos que aconteceram nas Filipinas.
"Brunei é uma oásis de calma numa região muito problemática", resumiu um empresário norte-americano que viaja para Bandar Seri Begawan.
As várias manifestações contra a globalização que aconteceram nas reuniões dos três últimos anos em Seattle, Washington e Praga têm ínfimas possibilidade de se repetirem em Brunei.
Os chanceleres e ministros do Comércio da Apec terminarão hoje sua reunião e na quarta-feira (15) e quinta-feira (16) realizarão o encontro anual presidencial, do qual também participarão o mexicano Ernesto Zedillo, o peruano Alberto Fujimori e o chileno Ricardo Lagos.
A capital de Brunei está em festa: centenas de bandeiras e cartazes de
boas-vindas aos delegados da Apec no aeroporto, as desertas avenidas e em cada tenda do pequeno centro da cidade. Alguns restaurantes oferecem menu "especial Apec" e o símbolo da organização está espalhado em vários hotéis.
Nas mesquitas do país, cuja religião oficial é o islamismo e a maioria da população é de origem malaia (65%), os fiéis recitaram na sexta-feira (10) preces especiais para que cúpula tenha "êxito", relatou a imprensa local.
"Esta cúpula é a ocasião para mostrar que Brunei não é somente o lugar onde mora o homem mais rico do mundo', afirmou Serinah Sulaiman, uma contadora de 28 anos.
Ainda que o sultão Hassanal Bolkiah tenha perdido o título para o fundador da Microsoft, Bill Gates, a família real continua sendo onipresente na vida política e econômica do país.
O sultão, educado na Inglaterra e fanático por pólo, substituiu seu pai no poder em 1967, acumulando os cargos do primeiro-ministro e ministro da Defesa.
Há dois anos que também é ministro das Finanças, depois que seu irmão renunciou, o príncipe Jefri Bolkiah, acusado de mau uso das verbas públicas. Enriquecido pelo petróleo e pelo gás, que representam 80% das exportações do país, o sultanato oferece educação e saúde grátis a seus habitantes, que pagam poucos impostos.
Entretanto, um aumento do desemprego e um déficit fiscal crônico, tem tornado a situação um pouco tensa em Brunei nos últimos anos.
A Apec é formada pela Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Filipinas, Nova Guiné, Peru, Rússia, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietnã.
Brunei recebe principais líderes mundiais
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em Bandar Seri Begawan (Brunei, na Ásia)
O pequeno e rico sultanato de Brunei vai receber amanhã os principais líderes mundiais para a abertura da cúpula anual do Asia-Pacific Economic Cooperation Forum (Apec), formado por 21 presidentes do mundo inteiro.
Participarão do encontro os líderes norte-americano Bill Clinton, russo Vladimir Putin e chinês Jiang Zemin.
Desde sexta-feira (10) , Bandar Seri Begawan, uma cidade aprazível onde vivem 52 mil pessoas, foi invadida por milhares de funcionários, especialistas e empresários das 21 economias que integram o Apec, entre as quais figuram o Chile, Peru e México. Também chegaram ao local mais de 1.700 jornalistas, a maioria estrangeiros.
Nos 5.270 km2 de Brunei, vivem 336 mil habitantes. O país localizado ao Noroeste da ilha de Bornéu, que tem 75% do seu território coberto de florestas tropicais, pretende ganhar reconhecimento internacional com a cúpula da Apec.
É o maior evento já realizado no país, segundo o "Borneo Bulletin", um jornal local escrito em inglês.
"O problema de Brunei é que todo o mundo acredita que é um pequeno Estado
do Oriente Médio porque tem um sultão e petróleo", lamentou o xeque Jamaluddin, diretor do gabinete de Turismo. "Se fica próximo de Dubais, então está no meio da Ásia", acrescentou.
Estima-se que o custo da organização do evento esteja em torno de US$ 34 milhões. Cerca de 4.000 mil policiais e soldados cuidam discretamente da segurança dos participantes.
"Não há nenhum risco de sequestro aqui", afirma Jamaluddin, referindo-se
"aos que aconteceram nas Filipinas.
"Brunei é uma oásis de calma numa região muito problemática", resumiu um empresário norte-americano que viaja para Bandar Seri Begawan.
As várias manifestações contra a globalização que aconteceram nas reuniões dos três últimos anos em Seattle, Washington e Praga têm ínfimas possibilidade de se repetirem em Brunei.
Os chanceleres e ministros do Comércio da Apec terminarão hoje sua reunião e na quarta-feira (15) e quinta-feira (16) realizarão o encontro anual presidencial, do qual também participarão o mexicano Ernesto Zedillo, o peruano Alberto Fujimori e o chileno Ricardo Lagos.
A capital de Brunei está em festa: centenas de bandeiras e cartazes de
boas-vindas aos delegados da Apec no aeroporto, as desertas avenidas e em cada tenda do pequeno centro da cidade. Alguns restaurantes oferecem menu "especial Apec" e o símbolo da organização está espalhado em vários hotéis.
Nas mesquitas do país, cuja religião oficial é o islamismo e a maioria da população é de origem malaia (65%), os fiéis recitaram na sexta-feira (10) preces especiais para que cúpula tenha "êxito", relatou a imprensa local.
"Esta cúpula é a ocasião para mostrar que Brunei não é somente o lugar onde mora o homem mais rico do mundo', afirmou Serinah Sulaiman, uma contadora de 28 anos.
Ainda que o sultão Hassanal Bolkiah tenha perdido o título para o fundador da Microsoft, Bill Gates, a família real continua sendo onipresente na vida política e econômica do país.
O sultão, educado na Inglaterra e fanático por pólo, substituiu seu pai no poder em 1967, acumulando os cargos do primeiro-ministro e ministro da Defesa.
Há dois anos que também é ministro das Finanças, depois que seu irmão renunciou, o príncipe Jefri Bolkiah, acusado de mau uso das verbas públicas. Enriquecido pelo petróleo e pelo gás, que representam 80% das exportações do país, o sultanato oferece educação e saúde grátis a seus habitantes, que pagam poucos impostos.
Entretanto, um aumento do desemprego e um déficit fiscal crônico, tem tornado a situação um pouco tensa em Brunei nos últimos anos.
A Apec é formada pela Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Filipinas, Nova Guiné, Peru, Rússia, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietnã.
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