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13/11/2000 - 15h33

Ministro da Justiça peruano nega ligação de Escobar com Fujimori

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da Reuters
em Lima

O ministro peruano da Justiça, Alberto Bustamante, qualificou de "descabida" a denúncia sobre uma suposta doação de US$ 1 milhão de um narcotraficante colombiano para a primeira campanha presidencial de Alberto Fujimori.

O irmão do chefão das drogas colombiano, Pablo Escobar, disse no fim de semana à revista Cambio, de Bogotá, que o ex-assessor de Inteligência peruano, Vladimir Montesinos, negociou no fim de 1989 a doação milionária para Fujimori, garantindo em troca facilitar os negócios do cartel de Medellín no Peru.

Roberto Escobar disse ao semanário que Fujimori conversou por telefone "algumas vezes" com seu irmão Pablo, e que Montesinos visitou Escobar em 1987 em sua residência.

Esta é mais uma grave acusação envolvendo Montesinos, que está no centro da pior crise política que Fujimori vem sofrendo em seus 10 anos no poder. É a primeira que liga o ex-assessor diretamente ao líder peruano.

A denúncia de Roberto Escobar, no entanto, levantou dúvidas, já que Montesinos começou a trabalhar para Fujimori depois que este subiu ao poder, em 1990.

Bustamante disse a uma emissora de televisão local que havia se reunido na tarde de ontem com Fujimori no Palácio do Governo para conversar sobre a denúncia de Escobar, irmão do narcotraficante que morreu em 1993, cravado de balas pela polícia enquanto fugia pelos telhados de Medellín.

"Temos que lembrar que até 1990, e inclui-se 1987, quando supostamente ocorreu a negociação, o presidente Fujimori não tinha em vista ser candidato à presidência. Essa é uma acusação totalmente desqualificada", disse Bustamante na noite de ontem ao programa Panorama.

"Na época (da denúncia), o presidente nem mesmo conhecia Montesinos. Creio que todos estes elementos qualificam a denúncia como descabida", acrescentou Bustamante.

Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori
 

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