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14/11/2000
-
22h29
da Reuters
em Lima
A caçada pelo ex-chefe de Inteligência do Peru, Vladimiro Montesinos, teve hoje outra reviravolta depois que o governo encontrou celas secretas, suspeitas de serem câmaras de tortura, na sede do serviço de Inteligência do país, semanas depois que autoridades negaram a existência das instalações.
A oposição peruana chamou o primeiro-ministro do país, Federico Salas, de "ridículo" depois que ele encontrou as celas atrás de uma parede da temida sede do Serviço de Inteligência Nacional (SIN). A agência está sendo desmantelada depois de denúncias levaram à demissão de Montesinos em setembro.
Salas disse no mês passado que as celas não existiam e concedeu acesso aos repórteres para visitarem as instalações do quartel-general da agência.
Hoje ele disse que as câmaras existiam, mas "que não era possível verificar se elas foram usadas para prática de tortura".
Montesinos, que está foragido das autoridades peruanas, é acusado por assassinato, tortura e lavagem de dinheiro.
O povo peruano suspeita a tempos que parte do trabalho de Montesinos consistia em torturar pessoas nas câmaras secretas. Estas suspeitas parecem ter sido confirmadas pelo caso de Leonor la Rosa, um ex-funcionário do serviço de Inteligência, que teve os dedos e os pés queimados com um soldador por seus colegas em uma das câmaras em 1997. Ele foi acusado de divulgar informações secretas.
``Salas está sendo ridículo. Ele disse que não existiam câmaras de tortura. Agora ele diz que elas existem, mas que não eram para tortura'', disse o parlamentar da oposição Jorge del Castillo.
Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori
Peru encontra celas secretas que podem ter sido usadas para tortura
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A caçada pelo ex-chefe de Inteligência do Peru, Vladimiro Montesinos, teve hoje outra reviravolta depois que o governo encontrou celas secretas, suspeitas de serem câmaras de tortura, na sede do serviço de Inteligência do país, semanas depois que autoridades negaram a existência das instalações.
A oposição peruana chamou o primeiro-ministro do país, Federico Salas, de "ridículo" depois que ele encontrou as celas atrás de uma parede da temida sede do Serviço de Inteligência Nacional (SIN). A agência está sendo desmantelada depois de denúncias levaram à demissão de Montesinos em setembro.
Salas disse no mês passado que as celas não existiam e concedeu acesso aos repórteres para visitarem as instalações do quartel-general da agência.
Hoje ele disse que as câmaras existiam, mas "que não era possível verificar se elas foram usadas para prática de tortura".
Montesinos, que está foragido das autoridades peruanas, é acusado por assassinato, tortura e lavagem de dinheiro.
O povo peruano suspeita a tempos que parte do trabalho de Montesinos consistia em torturar pessoas nas câmaras secretas. Estas suspeitas parecem ter sido confirmadas pelo caso de Leonor la Rosa, um ex-funcionário do serviço de Inteligência, que teve os dedos e os pés queimados com um soldador por seus colegas em uma das câmaras em 1997. Ele foi acusado de divulgar informações secretas.
``Salas está sendo ridículo. Ele disse que não existiam câmaras de tortura. Agora ele diz que elas existem, mas que não eram para tortura'', disse o parlamentar da oposição Jorge del Castillo.
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