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16/11/2000
-
13h28
da France Presse
no Panamá
A 10ª Cúpula Ibero-americana, dedicada às questões da infância e da adolescência, começará hoje no Panamá. O evento conta com a presença de 23 chefes de estado e governo e acontece cercado de medidas de segurança.
A reunião deverá ser aberta de noite no Centro de Convenções Atlapa da capital panamenha pelo presidente cubano, Fidel Castro, que presidiu a 9ª Cúpula de Havana em 1999, e pela anfitriã Mireya Moscoso.
Logo depois, os governantes irão se reunir no Edifício da Administração do Canal do Panamá, cuja soberania foi detida pelos EUA ao longo do século 20 e voltou às mãos do pequeno país centro-americano no final do ano passado.
Cerca de 2.000 policiais e agentes de segurança, apoiados por helicópteros e guarda-costas, começaram a se posicionar em lugares estratégicos da cidade. Enquanto isso, técnicos e funcionários lutam contra o relógio para aprontar a sala de conferência onde se reunirão os governantes e providenciar linhas telefônicas para cerca de 1.200 jornalistas.
Os presidentes de 19 países latino-americanos, assim como os chefes de Estado e de governo da Espanha e Portugal, ficarão reunidos por menos de duas horas durante a manhã de sábado (18). Depois se dedicarão a atividades protocolares e a tirar uma foto oficial para encerra a cúpula às 17h (20h de Brasília), segundo o programa oficial.
No final da reunião, os governantes divulgarão a Declaração do Panamá. O documento, segundo informaram os meios diplomáticos, fará uma convocação para que os Estados Unidos suspendam o embargo econômico ao governo de Fidel Castro, vigente desde os primeiros anos da década de 60.
A Declaração do Panamá também deve reafirmar o compromisso dos governantes em promover e defender a democracia, o Estado de direito e o respeito aos princípios da soberania, da integridade territorial, da não-intervenção e da não-ameaça do uso da força nas relações internacionais.
O documento terá vários parágrafos dedicados a milhões de crianças e adolescente latino-americanos que vivem na pobreza e expostos a drogas e aos abusos de todo tipo, segundo estudo de organizações ligadas às Nações Unidas.
Vários ONG's (Organizações Não-Governamentais) expressaram sua preocupação em que a cúpula dedicada às crianças e adolescentes não se limite a palavras. "Tomara que a Cúpula não se transforme somente em uma foto oficial e uma declaração levada pelo vento", afirmou o diretor da ONG Casa Alianza, Bruce Harris, que trabalha com meninos de ruas.
O governo espanhol, por sua vez, tenta introduzir na Declaração uma condenação explícita à organização separatista basca ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco), que nos últimos meses retomou os atentados na Espanha.
Como sempre acontece nas reuniões, o presidente cubano Fidel Castro, que dirige o único regime socialista das Américas, será foco das atenções dos 1.200 jornalistas credenciados para o encontro.
O presidente peruano, Alberto Fujimori, envolvido em uma grave crise política há dois meses, também promete chamar a atenção. Segundo informações não-oficiais divulgadas nas últimas horas, ele estaria prestes a renunciar.
O presidente colombiano, Andrés Pastrana, que confirmou presença na reunião no Panamá, deve ser questionado sobre o rompimento da negociação do seu governo com as guerrilhas esquerdistas. O presidente de Venezuela, Hugo Chávez, que venceu os partidos tradicionais do seu país levantando a bandeira da "revolução bolivariana", está também entre os mais esperados da Cúpula do Panamá.
O presidente espanhol, José María Aznar, e o rei da Espanha, Juan Carlos, também prometem chamar a atenção da imprensa. O governo de Moscoso decidiu na última hora, depois de ter sido duramente criticado pela oposição e pela imprensa local, adquirir vários veículos blindados de luxo, para dar proteção aos governantes que correm risco de sofrer atentados.
Cúpula Ibero-americana sobre a infância começa amanhã
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no Panamá
A 10ª Cúpula Ibero-americana, dedicada às questões da infância e da adolescência, começará hoje no Panamá. O evento conta com a presença de 23 chefes de estado e governo e acontece cercado de medidas de segurança.
A reunião deverá ser aberta de noite no Centro de Convenções Atlapa da capital panamenha pelo presidente cubano, Fidel Castro, que presidiu a 9ª Cúpula de Havana em 1999, e pela anfitriã Mireya Moscoso.
Logo depois, os governantes irão se reunir no Edifício da Administração do Canal do Panamá, cuja soberania foi detida pelos EUA ao longo do século 20 e voltou às mãos do pequeno país centro-americano no final do ano passado.
Cerca de 2.000 policiais e agentes de segurança, apoiados por helicópteros e guarda-costas, começaram a se posicionar em lugares estratégicos da cidade. Enquanto isso, técnicos e funcionários lutam contra o relógio para aprontar a sala de conferência onde se reunirão os governantes e providenciar linhas telefônicas para cerca de 1.200 jornalistas.
Os presidentes de 19 países latino-americanos, assim como os chefes de Estado e de governo da Espanha e Portugal, ficarão reunidos por menos de duas horas durante a manhã de sábado (18). Depois se dedicarão a atividades protocolares e a tirar uma foto oficial para encerra a cúpula às 17h (20h de Brasília), segundo o programa oficial.
No final da reunião, os governantes divulgarão a Declaração do Panamá. O documento, segundo informaram os meios diplomáticos, fará uma convocação para que os Estados Unidos suspendam o embargo econômico ao governo de Fidel Castro, vigente desde os primeiros anos da década de 60.
A Declaração do Panamá também deve reafirmar o compromisso dos governantes em promover e defender a democracia, o Estado de direito e o respeito aos princípios da soberania, da integridade territorial, da não-intervenção e da não-ameaça do uso da força nas relações internacionais.
O documento terá vários parágrafos dedicados a milhões de crianças e adolescente latino-americanos que vivem na pobreza e expostos a drogas e aos abusos de todo tipo, segundo estudo de organizações ligadas às Nações Unidas.
Vários ONG's (Organizações Não-Governamentais) expressaram sua preocupação em que a cúpula dedicada às crianças e adolescentes não se limite a palavras. "Tomara que a Cúpula não se transforme somente em uma foto oficial e uma declaração levada pelo vento", afirmou o diretor da ONG Casa Alianza, Bruce Harris, que trabalha com meninos de ruas.
O governo espanhol, por sua vez, tenta introduzir na Declaração uma condenação explícita à organização separatista basca ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco), que nos últimos meses retomou os atentados na Espanha.
Como sempre acontece nas reuniões, o presidente cubano Fidel Castro, que dirige o único regime socialista das Américas, será foco das atenções dos 1.200 jornalistas credenciados para o encontro.
O presidente peruano, Alberto Fujimori, envolvido em uma grave crise política há dois meses, também promete chamar a atenção. Segundo informações não-oficiais divulgadas nas últimas horas, ele estaria prestes a renunciar.
O presidente colombiano, Andrés Pastrana, que confirmou presença na reunião no Panamá, deve ser questionado sobre o rompimento da negociação do seu governo com as guerrilhas esquerdistas. O presidente de Venezuela, Hugo Chávez, que venceu os partidos tradicionais do seu país levantando a bandeira da "revolução bolivariana", está também entre os mais esperados da Cúpula do Panamá.
O presidente espanhol, José María Aznar, e o rei da Espanha, Juan Carlos, também prometem chamar a atenção da imprensa. O governo de Moscoso decidiu na última hora, depois de ter sido duramente criticado pela oposição e pela imprensa local, adquirir vários veículos blindados de luxo, para dar proteção aos governantes que correm risco de sofrer atentados.
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