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20/11/2000
-
20h27
da AP
em Lima
"Tóquio, 19 de novembro de 2000
Senhor doutor Valentín Paniagua, presidente do Congresso da República
Com toda a minha consideração
Em primeiro lugar, desejo expressar ao senhor minhas felicitações por sua recente eleição como presidente do Congresso da República.
Sou o primeiro a reconhecer que há um novo cenário político no país e, uma das expressões recentes, é uma nova força no Parlamento.
Sou consciente, de qualquer forma, das posições e interesses do poder do Estado que poderia conduzir à uma confrontação de poderes, apesar da minha iniciativa de interromper o mandato presidencial e convocar um a nova eleição, no cumprimento estrito da promessa que fiz em minha mensagem divulgada em setembro e dos acordos alcançados pelo governo e pela oposição durante os diálogos promovidos pela OEA (Organização dos Estados Americanos).
Ao longo desses últimos dez anos, e como é conhecido pelo país inteiro, apesar dos erros que reconheço, atuei sem interesses políticos, muito menos preocupado com a popularidade, circunstâncias que impediram o êxito da execução do programa econômico antiinflacionário, o processo de pacificação interna e, consequentemente, alcançar a paz definitiva com o Equador e o Chile, entre outros planos fundamentais de meu governo.
Jamais pensei em todas essas oportunidades, mas, sim, nos sagrados e permanentes interesses da República. Atuei, apesar da resistência oferecida pelo negativismo, a demagogia, o chauvinismo inconsciente e interesses pessoais ou de grupos. Nada disso me deteve.
Nessa linha de princípios, prescreveu-se a interrupção de meu mandato e a convocação de eleições gerais para abril de 2001, objetivos já cumpridos.
Entretanto, ainda não foi recuperada a estabilidade política necessária para levar a um bom final esse período de transição que culminará com a eleição de um novo governo.
Guardo a esperança de que, sob sua honorável presidência, esta estabilidade possa ser alcançada em breve.
Volto, então, a interrogar-me sobre a conveniência para o país da minha presença e participação nesse processo de transição, e cheguei à conclusão de que devo renunciar formalmente à Presidência da República, situação que contempla nossa Constituição para, deste modo, abrir passagem para uma etapa de distensão política, que permita uma transição ordenada e algo, não menos importante, preservar a solidez de nossa economia.
Formulo, pois, para o senhor presidente do Congresso, minha renúncia formal à Presidência da República, de acordo com o artigo 113, inciso 3 da Constituição Política do Peru.
Faço votos pelo êxito de sua gestão, porque eliminada a suposta causa de desavenças e desencontros entre o governo e a oposição, e que todos possam buscar com seriedade e patriotismo a forma mais adequada para garantir ao Peru e seu povo, um futuro de verdadeira democracia, o que significa um sistema político que traduza o bem-estar e desenvolvimento para a maioria dos peruanos.
Atenciosamente
Alberto Fujimori"
Leia íntegra da carta de renúncia de Fujimori
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em Lima
"Tóquio, 19 de novembro de 2000
Senhor doutor Valentín Paniagua, presidente do Congresso da República
Com toda a minha consideração
Em primeiro lugar, desejo expressar ao senhor minhas felicitações por sua recente eleição como presidente do Congresso da República.
Sou o primeiro a reconhecer que há um novo cenário político no país e, uma das expressões recentes, é uma nova força no Parlamento.
Sou consciente, de qualquer forma, das posições e interesses do poder do Estado que poderia conduzir à uma confrontação de poderes, apesar da minha iniciativa de interromper o mandato presidencial e convocar um a nova eleição, no cumprimento estrito da promessa que fiz em minha mensagem divulgada em setembro e dos acordos alcançados pelo governo e pela oposição durante os diálogos promovidos pela OEA (Organização dos Estados Americanos).
Ao longo desses últimos dez anos, e como é conhecido pelo país inteiro, apesar dos erros que reconheço, atuei sem interesses políticos, muito menos preocupado com a popularidade, circunstâncias que impediram o êxito da execução do programa econômico antiinflacionário, o processo de pacificação interna e, consequentemente, alcançar a paz definitiva com o Equador e o Chile, entre outros planos fundamentais de meu governo.
Jamais pensei em todas essas oportunidades, mas, sim, nos sagrados e permanentes interesses da República. Atuei, apesar da resistência oferecida pelo negativismo, a demagogia, o chauvinismo inconsciente e interesses pessoais ou de grupos. Nada disso me deteve.
Nessa linha de princípios, prescreveu-se a interrupção de meu mandato e a convocação de eleições gerais para abril de 2001, objetivos já cumpridos.
Entretanto, ainda não foi recuperada a estabilidade política necessária para levar a um bom final esse período de transição que culminará com a eleição de um novo governo.
Guardo a esperança de que, sob sua honorável presidência, esta estabilidade possa ser alcançada em breve.
Volto, então, a interrogar-me sobre a conveniência para o país da minha presença e participação nesse processo de transição, e cheguei à conclusão de que devo renunciar formalmente à Presidência da República, situação que contempla nossa Constituição para, deste modo, abrir passagem para uma etapa de distensão política, que permita uma transição ordenada e algo, não menos importante, preservar a solidez de nossa economia.
Formulo, pois, para o senhor presidente do Congresso, minha renúncia formal à Presidência da República, de acordo com o artigo 113, inciso 3 da Constituição Política do Peru.
Faço votos pelo êxito de sua gestão, porque eliminada a suposta causa de desavenças e desencontros entre o governo e a oposição, e que todos possam buscar com seriedade e patriotismo a forma mais adequada para garantir ao Peru e seu povo, um futuro de verdadeira democracia, o que significa um sistema político que traduza o bem-estar e desenvolvimento para a maioria dos peruanos.
Atenciosamente
Alberto Fujimori"
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