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21/11/2000 - 23h08

Líder de oposição pode ser nomeado para a presidência do Peru

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da Reuters
em Lima

O líder de oposição e presidente do congresso peruano, Valentin Paniagua, tornou-se hoje o mais provável nome a ser indicado para a presidência do país, enquanto parlamentares debatiam se declaravam o ex-presidente Alberto Fujimori ``moralmente incompatível'' para ocupar o cargo.

O congresso deve escolher Paniagua como presidente interino do Peru para cumprir um mandato que tem por objetivo conduzir um governo de transição, depois da renúncia de Fujimori e seus dois vice-presidentes, até as próximas eleições presidenciais, marcadas para 8 de abril.

O parlamento aceitou hoje a renúncia do primeiro vice-presidente do país, que havia abdicado um mês antes, Francisco Tudela. Ele seria o primeiro da fila de possíveis nomes a serem escolhidos para ocupar a presidência do Peru.

Com a aceitação da renúncia de Tudela, Paniagua passa ser o próximo nome para a sucessão presidencial do país. Se Paniagua assumir o cargo, será a primeira vez em uma década que a oposição ocuparia o poder no Peru. Em maio, durante as polêmicas eleições que levaram Fujimori à presidência pela terceira vez consecutiva, Paniagua disse que foi trapaceado.

Os parlamentares do país ficaram horas debatendo para decidirem em uma votação se Fujimori passará a ser o primeiro presidente na história do Peru a ser declarado como ``moralmente incompatível'' para assumir a chefia do governo do país.

Isso poderia manchar permanentemente o passado de Fujimori, no qual ele seria lembrado por ter acabado com as guerrilhas e com a hiperinflação do Peru, dois triunfos indiscutíveis enquanto permaneceu por uma década no poder do país.

Em vez de ser lembrado por estes feitos, Fujimori vai ficar marcado na história como o presidente cujo chefe da Inteligência, Vladimiro Montesinos, acumulou uma fortuna de US$ 58 milhões em dinheiro, cujo governo foi acusado por práticas de tortura, assassinatos, abusos aos direitos humanos e fraudes eleitorais e que, finalmente, fugiu quando a pressão tornou-se muito forte.

Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori

 

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