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22/11/2000 - 12h19

CNN cria comissão para rever cobertura de eleição nos EUA

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da Reuters
em Washington

A rede CNN criou ontem uma comissão consultora independente para avaliar sua cobertura da eleição presidencial norte-americana, depois que ela e as outras grandes redes de TV declararam duas vezes um vencedor para logo depois se retratarem.

Em uma das eleições presidenciais mais acirradas da história dos EUA, a CNN e as outras grandes redes duas vezes projetaram o vencedor do Estado da Flórida e duas vezes desmentiram suas previsões. Hoje, duas semanas depois, o resultado ainda é incerto.

A CNN anunciou ter indicado Joan Konner, reitora emérita da Escola de Jornalismo da Universidade Columbia, James Risser, jornalista que recebeu o Prêmio Pulitzer duas vezes, e Ben Wattenberg, membro sênior do Instituto de Empreendimento Americano, para examinar os procedimentos em que baseou suas projeções na noite da eleição.

A comissão também vai analisar o trabalho do consórcio Voter News Service, administrado conjuntamente pelas quatro grandes redes e a agência de notícias Associated Press (AP).

Tom Johnson, presidente e executivo-chefe do CNN News Group, disse que a comissão vai ajudar a recomendar medidas preventivas para impedir a ocorrência de problemas semelhantes no futuro.

O deputado Billy Tauzin, presidente do Subcomitê de Telecomunicações Comerciais da Câmara, disse na semana passada que em dezembro ou janeiro vai conduzir audiências no Congresso sobre possíveis vieses jornalísticos na cobertura televisiva da noite eleitoral.

Segundo o deputado, "caberá às redes e ao Voter News Service" provar que a cobertura da noite eleitoral não foi intencionalmente dirigida com determinado objetivo.

A televisão não foi a única a fazer projeções prematuras na noite da eleição. Grandes jornais como "The New York Post", "The Chicago Sun-Times" e "The Miami Herald", em suas primeiras edições após a eleição, proclamaram a vitória de Bush.

Menos de uma hora após o fechamento das urnas na Flórida, as redes de televisão ABC, CBS, CNN e NBC declararam o vice-presidente, Al Gore, vencedor na Flórida. Mais tarde, porém, se retrataram, e na madrugada da quarta-feira (8) atribuíram a vitória ao republicano George W. Bush.

Duas horas mais tarde, quando mais votos já tinham sido contados e a diferença entre Bush e Gore diminuía, as redes reviram suas projeções mais uma vez e disseram que a corrida na Flórida estava apertada demais para que se pudesse declarar um vencedor. Elas atribuíram a retratação a dados pouco confiáveis obtidos das pesquisas de boca-de-urna.


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