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22/11/2000 - 22h48

Pérez de Cuéllar enfrentará difícil processo de transição

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da France Presse
em Lima

O novo primeiro-ministro do Peru, Javier Pérez de Cuéllar, que foi durante dez anos secretário-geral das Nações Unidas, será posto à prova nas tensas relações políticas de seu país durante o governo de transição de Valentín Paniagua.

Quando o presidente anunciou Pérez de Cuéllar, de 80 anos, como seu chefe de gabinete ministerial, muitos entenderam este gesto como uma compensação, já que no segundo governo da Ação Popular, partido de Paniagua, a nomeação dele como embaixador em 1980 foi vetada.

Os líderes da Ação Popular do antigo Senado neste ano disseram que nunca perdoaram Pérez de Cuéllar por ter sido a pessoa que, em outubro de 1968, leu no Palácio de Governo a resolução que nomeou o general Juan Velasco Alvarado como presidente, depois de destituir o presidente Fernando Belaúnde, fundador deste partido.

Pérez de Cuéllar foi reconhecido em nível mundial por suas virtudes pessoais a favor da conciliação de partes envolvidas em conflito, como as que enfrentou durante sua gestão na ONU na guerra entre Irã e Iraque, a guerra civil salvadorenha e outras nas quais teve participação indireta.

O novo primeiro-ministro do Peru nasceu em 19 de janeiro de 1920, numa família de classe média alta de Lima e foi educado em colégio católico. É casado com Marcela Temple, com quem não tem filhos. No primeiro casamento, teve Francisco e Cristina, que lhe deram seis netos.

Em sua estréia política no Peru, o diplomata, que é considerado pela população como "um dos peruanos mais ilustres das últimas décadas", enfrentará o setor fujimorista no Congresso, que tem a ferida aberta pela destituição do ex-presidente, envolvido em escândalos.

Advogado, com doutorado honoris causa de quase 40 universidades do Peru e do mundo, ganhador de prêmios como o Príncipe de Astúrias à cooperação Ibero-americana (1987), Jawaharial Nehru Award for International Understanding de Nova Delhi, entre muitos outros, Pérez de Cuéllar acumula condecorações de mais de 30 países.

Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori
 

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