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23/11/2000
-
14h20
da France Presse
em Tóquio
O paradeiro do ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000) era desconhecido hoje no Japão, dois dias depois de ser destituído por "incapacidade moral permanente" e depois de abandonar o luxuoso hotel de Tóquio, onde se hospedou durante seis dias enquanto seu país atravessava uma séria crise política.
O embaixador peruano em Tóquio, Víctor Aritomi Shinto, casado com uma irmã de Fujimori, apresentou sua renúncia ao Governo peruano ontem à noite, informou hoje o canal de televisão local NHK, citando uma fonte da chancelaria japonesa.
O embaixador interino do Peru no Japão é atualmente Juan Aurich, ex-número dois da representação diplomática em Tóquio, adiantou NHK.
A Embaixada do Peru, onde mora o embaixador, permaneceu fechada durante todo o dia em razão de um feriado nacional. Alguns jornalistas locais e estrangeiros montaram guarda na entrada -protegida por altos muros- até a noite, esperando averiguar onde Fujimori se hospeda atualmente.
"O embaixador não está aqui, saiu. Não há ninguém. Não há nenhum funcionário", disse uma empregada peruana que trabalha na residência do embaixador, situada no bairro residencial de Higashi (zona oeste de Tóquio), atendendo ao telefone. "Não sei onde está Fujimori. Não posso dizer nada", disse.
O Governo japonês congratulou-se esta quinta-feira com a posse do presidente do Congresso, o oposicionista Valentín Paniagua, como presidente interino do Peru, após a renúncia dos dois vice-presidentes peruanos.
Em um comunicado, o Governo japonês afirmou que sua política em relação ao Peru "permanece basicamente sem mudanças" e que 'espera que a estabilidade política e a democracia sejam reforçadas constantemente sob o novo presidente".
"O Japão continua apoiando a democratização, assim como a promoção do desenvolvimento econômico e social na República do Peru', adiantou o comunicado, firmado pelo secretário de imprensa da Chancelaria japonesa, Ryuichi Yamazaki.
Também desejou que a "transição da administração seja feita de uma maneira pacífica e sem obstáculos por meio de eleições livres e justas baseadas na Constituição".
Fujimori, de 62 anos, filho de imigrantes de Kuamamoto (Sul do Japão), chegou na sexta-feira da semana passada a Tóquio supostamente apenas por algumas horas para uma conexão aérea. Tinha partido na noite anterior de Brunei, onde participou no encontro de cúpula do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), e seu destino original era o Panamá, onde participaria na X Cúpula Ibero-americana.
Depois de mais de seis dias de isolamento, Fujimori quebrou o silêncio ao conceder na terça-feira à noite uma improvisada entrevista à imprensa no jardim de seu hotel, o luxuoso The New Otani, onde disse que desejava "regularizar sua estada no Japão, embora sem pedir asilo político.
Paradeiro de Fujimori em Tóquio é desconhecido
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em Tóquio
O paradeiro do ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000) era desconhecido hoje no Japão, dois dias depois de ser destituído por "incapacidade moral permanente" e depois de abandonar o luxuoso hotel de Tóquio, onde se hospedou durante seis dias enquanto seu país atravessava uma séria crise política.
O embaixador peruano em Tóquio, Víctor Aritomi Shinto, casado com uma irmã de Fujimori, apresentou sua renúncia ao Governo peruano ontem à noite, informou hoje o canal de televisão local NHK, citando uma fonte da chancelaria japonesa.
O embaixador interino do Peru no Japão é atualmente Juan Aurich, ex-número dois da representação diplomática em Tóquio, adiantou NHK.
A Embaixada do Peru, onde mora o embaixador, permaneceu fechada durante todo o dia em razão de um feriado nacional. Alguns jornalistas locais e estrangeiros montaram guarda na entrada -protegida por altos muros- até a noite, esperando averiguar onde Fujimori se hospeda atualmente.
"O embaixador não está aqui, saiu. Não há ninguém. Não há nenhum funcionário", disse uma empregada peruana que trabalha na residência do embaixador, situada no bairro residencial de Higashi (zona oeste de Tóquio), atendendo ao telefone. "Não sei onde está Fujimori. Não posso dizer nada", disse.
O Governo japonês congratulou-se esta quinta-feira com a posse do presidente do Congresso, o oposicionista Valentín Paniagua, como presidente interino do Peru, após a renúncia dos dois vice-presidentes peruanos.
Em um comunicado, o Governo japonês afirmou que sua política em relação ao Peru "permanece basicamente sem mudanças" e que 'espera que a estabilidade política e a democracia sejam reforçadas constantemente sob o novo presidente".
"O Japão continua apoiando a democratização, assim como a promoção do desenvolvimento econômico e social na República do Peru', adiantou o comunicado, firmado pelo secretário de imprensa da Chancelaria japonesa, Ryuichi Yamazaki.
Também desejou que a "transição da administração seja feita de uma maneira pacífica e sem obstáculos por meio de eleições livres e justas baseadas na Constituição".
Fujimori, de 62 anos, filho de imigrantes de Kuamamoto (Sul do Japão), chegou na sexta-feira da semana passada a Tóquio supostamente apenas por algumas horas para uma conexão aérea. Tinha partido na noite anterior de Brunei, onde participou no encontro de cúpula do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), e seu destino original era o Panamá, onde participaria na X Cúpula Ibero-americana.
Depois de mais de seis dias de isolamento, Fujimori quebrou o silêncio ao conceder na terça-feira à noite uma improvisada entrevista à imprensa no jardim de seu hotel, o luxuoso The New Otani, onde disse que desejava "regularizar sua estada no Japão, embora sem pedir asilo político.
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