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23/11/2000 - 18h49

Romênia vai às urnas no domingo sob clima de pessimismo

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da Reuters
em Bucareste

Os romenos irão às urnas no domingo (26) revoltados com o atual governo do país, o que deve resultar na volta ao poder do ex-presidente Ion Iliescu, de tendência esquerdista.

Após dez anos de reformas fracassadas, queda no nível de vida, aumento da corrupção, desemprego e pobreza, o clima é de pessimismo nesse país de 22 milhões de habitantes.

``Eu tenho um bom salário de cerca de 3 milhões de leus romenos (US$ 120 dólares). Mas é difícil sobreviver quando se possui apenas uma fonte de renda, duas crianças e um marido desempregado desde 1997'', afirmou a cabeleireira Stela Radu, 32.

Os eleitores devem tirar do poder o governo de centro a fim de recolocar no cargo Iliescu, derrotado nas eleições realizadas há quatro anos nesse país que ainda tenta encontrar seu rumo depois da queda do ditador comunista Nicolae Ceausescu, em 1989.

Todas as pesquisas de opinião mostram Iliescu, 70, ex-membro do governo comunista e o primeiro presidente da era pós-comunista, e o Partido da Social Democracia (PDSR), da qual é membro, em primeiro lugar para o primeiro turno das eleições, que se realiza no domingo.

Com cerca de 20 mil candidatos de 80 partidos buscando uma das 467 cadeiras das Câmaras Alta e Baixa do Parlamento, o panorama político na Romênia vem sendo descrito como a democracia fora de controle.

Mesmo diante desse grande número de legendas, porém, as pesquisas mostram que o PDSR deverá abocanhar cerca de 40% do eleitorado, o que o tornaria o maior partido do Parlamento.

Segundo analistas, a vitória do PDSR, no entanto, poderá significar um retrocesso em diversos sentidos. ``Meu palpite é de que a vitória do PDSR terá um impacto negativo sobre as reformas'', disse o economista Alan Smith, da escola de Estudos sobre a Europa do Leste e Eslava da Universidade de Londres.

Iliescu, ainda, não deve conseguir os 50% mais um dos votos para vencer a corrida presidencial já no primeiro turno. Assim, no dia 10 de dezembro, o país deve voltar às urnas para decidir quem será seu próximo presidente.
 

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