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25/11/2000
-
10h57
da Reuters
em Zagreb (Croácia)
Kosovo não foi mencionada no projeto de declaração que resultou da cúpula entre líderes dos Bálcãs e da UE (União Européia), mas dois incidentes violentos lançaram uma mensagem contundente sobre o que pode ocorrer caso a região seja esquecida.
Um homem foi assassinado na quarta-feira em um ataque a bomba contra a casa do representante do governo sérvio em Kosovo, e quatro policiais sérvios foram mortos em choques com guerrilheiros albaneses ocorridos fora do território da província.
Zoran Djindjic, aliado de Vojislav Kostunica, o presidente reformista que assumiu o poder na Iugoslávia recentemente com o apoio das potências ocidentais, advertiu que a situação de Kosovo poderia desembocar em uma "guerra de verdade".
Com a queda do presidente Slobodan Milosevic no mês passado, o Ocidente esperava conseguir colocar fim à violência que vem tentando conter há mais de uma década na região.
Mas, mesmo antes da cúpula que ocorreu em Zagreb (capital da Croácia) na sexta-feira e que discutiu a cooperação regional, um importante intelectual de Kosovo ressaltou que a questão da província não iria simplesmente desaparecer no ar.
"Acontecimentos históricos vêm ocorrendo. A cúpula poderá prever como serão os Estados no futuro? Poderá prever qual será o mapa político do sul da Europa do Leste amanhã?", escreveu o editor Veton Surroi no jornal croata "Jutarnji List".
E a cúpula parece não ter nenhuma proposta exequível para resolver o problema de Kosovo, atualmente sob administração de organismos internacionais.
Qualquer indício de independência para a região é considerada uma ameaça pela Iugoslávia. Por outro lado, negar tal prospecto parece a fórmula correta para provocar a retomada dos movimentos guerrilheiros na província.
E esse tipo de questão, no mais, parece irritar alguns no Ocidente. "Se eles (os kosovares) continuarem perguntando sobre seu futuro, deveríamos dizer-lhes: ´Aqui está seu futuro -nada irá acontecer nos próximos cinco anos, pelo menos`", disse uma das autoridades ocidentais que desejariam que o problema de Kosovo simplesmente deixasse de existir.
Kosovo lança "nuvens negras" sobre cúpula nos Bálcãs
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em Zagreb (Croácia)
Kosovo não foi mencionada no projeto de declaração que resultou da cúpula entre líderes dos Bálcãs e da UE (União Européia), mas dois incidentes violentos lançaram uma mensagem contundente sobre o que pode ocorrer caso a região seja esquecida.
Um homem foi assassinado na quarta-feira em um ataque a bomba contra a casa do representante do governo sérvio em Kosovo, e quatro policiais sérvios foram mortos em choques com guerrilheiros albaneses ocorridos fora do território da província.
Zoran Djindjic, aliado de Vojislav Kostunica, o presidente reformista que assumiu o poder na Iugoslávia recentemente com o apoio das potências ocidentais, advertiu que a situação de Kosovo poderia desembocar em uma "guerra de verdade".
Com a queda do presidente Slobodan Milosevic no mês passado, o Ocidente esperava conseguir colocar fim à violência que vem tentando conter há mais de uma década na região.
Mas, mesmo antes da cúpula que ocorreu em Zagreb (capital da Croácia) na sexta-feira e que discutiu a cooperação regional, um importante intelectual de Kosovo ressaltou que a questão da província não iria simplesmente desaparecer no ar.
"Acontecimentos históricos vêm ocorrendo. A cúpula poderá prever como serão os Estados no futuro? Poderá prever qual será o mapa político do sul da Europa do Leste amanhã?", escreveu o editor Veton Surroi no jornal croata "Jutarnji List".
E a cúpula parece não ter nenhuma proposta exequível para resolver o problema de Kosovo, atualmente sob administração de organismos internacionais.
Qualquer indício de independência para a região é considerada uma ameaça pela Iugoslávia. Por outro lado, negar tal prospecto parece a fórmula correta para provocar a retomada dos movimentos guerrilheiros na província.
E esse tipo de questão, no mais, parece irritar alguns no Ocidente. "Se eles (os kosovares) continuarem perguntando sobre seu futuro, deveríamos dizer-lhes: ´Aqui está seu futuro -nada irá acontecer nos próximos cinco anos, pelo menos`", disse uma das autoridades ocidentais que desejariam que o problema de Kosovo simplesmente deixasse de existir.
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