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26/11/2000
-
08h24
OTÁVIO DIAS
enviado especial ao Peru
Para a ativista peruana Sofía Macher, o presidente Fernando Henrique Cardoso deveria fazer um "exame de consciência" sobre o apoio dado a Alberto Fujimori após as eleições de abril último, amplamente denunciadas como fraudulentas para garantir ao então presidente peruano um terceiro mandato.
"Cardoso foi omisso diante de tudo o que estava sofrendo esse país, que estava sendo destruído por gângsteres", disse a socióloga Macher, 49, à Folha.
"Ele não atuou de acordo com o que foram seus pensamentos quando era sociólogo. Nós, que estudamos seus textos na universidade, nos sentimos traídos."
Para a socióloga, FHC "privilegiou sua estratégia regional de ser o grande líder da América do Sul à custa de conviver com um autoritário e um delinquente". "Espero que ele e o povo brasileiro reflitam sobre isso."
Macher se referiu à posição do governo brasileiro de não apoiar o eventual estabelecimento de sanções a Fujimori diante das evidências de fraudes nas eleições.
As sanções, que deveriam ocorrer no âmbito da OEA (Organização dos Estados Americanos), chegaram a ser discutidas entre os membros do órgão e apoiadas pelos Estados Unidos.
Mas o Brasil foi contrário, sob o argumento de que não se deveria interferir na política interna peruana.
"O Brasil defendeu até o último momento a posição de Fujimori de que não deveria ser enviado para cá nenhum tipo de missão para impedir a destruição de nossa democracia", afirmou ela. "Mas Cardoso teve de se submeter à potência dos EUA, que exigiram o envio de uma missão da OEA."
Apesar dos esforços brasileiros em favor de Fujimori, as eleições foram antecipadas para abril de 2001 e o presidente peruano caiu na semana passada.
Clique aqui para ler especial sobre o governo Fujimori
Leia os textos dos colunistas
Eleonora de Lucena, Clóvis Rossi e Marcio Aith sobre o tema
"FHC foi omisso diante do que o Peru sofreu" , diz ativista peruana
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enviado especial ao Peru
Para a ativista peruana Sofía Macher, o presidente Fernando Henrique Cardoso deveria fazer um "exame de consciência" sobre o apoio dado a Alberto Fujimori após as eleições de abril último, amplamente denunciadas como fraudulentas para garantir ao então presidente peruano um terceiro mandato.
"Cardoso foi omisso diante de tudo o que estava sofrendo esse país, que estava sendo destruído por gângsteres", disse a socióloga Macher, 49, à Folha.
"Ele não atuou de acordo com o que foram seus pensamentos quando era sociólogo. Nós, que estudamos seus textos na universidade, nos sentimos traídos."
Para a socióloga, FHC "privilegiou sua estratégia regional de ser o grande líder da América do Sul à custa de conviver com um autoritário e um delinquente". "Espero que ele e o povo brasileiro reflitam sobre isso."
Macher se referiu à posição do governo brasileiro de não apoiar o eventual estabelecimento de sanções a Fujimori diante das evidências de fraudes nas eleições.
As sanções, que deveriam ocorrer no âmbito da OEA (Organização dos Estados Americanos), chegaram a ser discutidas entre os membros do órgão e apoiadas pelos Estados Unidos.
Mas o Brasil foi contrário, sob o argumento de que não se deveria interferir na política interna peruana.
"O Brasil defendeu até o último momento a posição de Fujimori de que não deveria ser enviado para cá nenhum tipo de missão para impedir a destruição de nossa democracia", afirmou ela. "Mas Cardoso teve de se submeter à potência dos EUA, que exigiram o envio de uma missão da OEA."
Apesar dos esforços brasileiros em favor de Fujimori, as eleições foram antecipadas para abril de 2001 e o presidente peruano caiu na semana passada.
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Eleonora de Lucena, Clóvis Rossi e Marcio Aith sobre o tema
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