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06/12/2000 - 21h33

Parlamentares negros da Flórida querem reforma eleitoral

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da Reuters
em Tallahassee (EUA)

Integrantes negros do Legislativo da Flórida pediram hoje reformas no sistema de votação no Estado em meio às alegações de que centenas de votos de eleitores das minorias foram jogados fora.

Segundo os parlamentares, vários eleitores negros teriam ainda sofrido constrangimentos e deixado de votar nas eleições do dia 7 de novembro.

Apesar de terem comparecido às urnas num número que foi considerado um recorde histórico, votos de negros foram propositalmente descartados por causa de máquinas de contagem de votos ultrapassadas.

Muitos eleitores que votaram pela primeira vez foram impedidos de fazê-lo quando funcionários do distrito eleitoral não conseguiram confirmar suas qualificações, custando possivelmente a eleição do democrata Al Gore na Flórida, disseram membros do Legislativo.

O vice-presidente Al Gore e o candidato republicano George W. Bush estão disputando uma batalha pela Presidência na Justiça, depois de acusações de irregularidades em uma recontagem crucial na Flórida.

"Nós estamos aqui hoje para tomar uma posição firme para os milhares de eleitores negros na Flórida. Nós estamos aqui para dizer, em alto e bom tom, com o discurso mais duro possível, que os nossos votos precisam ser contados. Os nossos votos não poderão ser ignorados", disse a representante do Estado de Miami, Frederica Wilson.

A convenção negra, que é composta por 22 integrantes dos 160 membros do legislativo, irá apoiar uma legislação para padronizar os procedimentos de votação em todo o Estado, incluindo a substituição de máquinas antigas de votação em distritos com predominância negra.

O reverendo Jesse Jackson, cuja coalizão ``Rainbow Push'' apoiou um processo apresentado ontem ao condado de Leon, alegando violação dos direitos civis que impediram a contagem de votos de eleitores negros no condado de Duval, disse que a questão vai além da interpretação dos cartões com furos picotados.

Jackson disse que 27.000 votos no condado, que inclui a Jacksonville, não foram contados na noite da eleição, incluindo os 16.000 nas cidades negras vizinhas no interior e os 6.000 chamados de ``subvotos'', quando o eleitor deixou de escolher um candidato para presidente para votar em outros nomes embaixo da cédula de pessoas que ocuparão cargos de menor importância.

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