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07/12/2000 - 17h03

Vaticano justifica encontro do papa com Joerg Haider

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da Reuters
em Roma

O Vaticano defendeu-se hoje das críticas detonadas pelo anúncio de um encontro, na próxima semana, entre o papa João Paulo 2º e o líder da direita austríaco Joerg Haider, afirmando que a Igreja Católica tinha suas portas abertas para todos.

Haider, ainda o principal nome por trás do Partido da Liberdade, de extrema direita, deve se reunir com o papa no dia 16 de dezembro a fim de presenteá-lo com uma árvore de Natal trazida da Província austríaca da Caríntia, da qual é governador.

"Não acredito que o povo italiano, que ama a liberdade e foi educado na tradição da hospitalidade e da abertura, se oporia a isso", afirmou o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano. "A Santa Sé está aberta para todos. Ninguém deve se surpreender com isso", disse.

A árvore deve ficar em um local de honra da praça de São Pedro durante as festas natalinas.

Haider ficou conhecido em todo o mundo por suas declarações polêmicas sobre o regime nazista, pelas quais mais tarde ele se desculpou. Quando seu partido ingressou no governo austríaco, em fevereiro, a União Européia impôs sanções políticas contra a Áustria. As sanções foram suspensas em setembro.

Israel, no mês passado, afirmou que a reunião entre o papa e o direitista era "um grande desapontamento". Políticos de esquerda da Itália prometeram realizar um protesto durante o evento.

Mas Sodano afirmou que não cabia ao Vaticano julgar Haider, que é católico, mesmo se não concordar com as opiniões dele.

 

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